[Discurso] Jorge Parente Frota Júnior

A CAPES E A TECNOLOGIA INDUSTRIAL
Jorge Parente Frota Jr. *
É de grande significado para o Nordeste, em especial para o Ceará, a distinção feita pelo Ministro da Educação, Paulo Renato de Sousa, em nomear um cearense para representar o empresariado brasileiro da indústria na qualidade de Membro Efetivo do Conselho Superior da CAPES. Por fidelidade às responsabilidades inerentes ao mandato, de representação nacional, manifestome na perspectiva da realidade brasileira, todavia sem perder o enfoque regional.
São evidentes os laços entre os avanços tecnológicos, originados nos Centros de Pesquisa, muitos ligados às Universidades, e seus reflexos em ganhos de produtividades nas empresas, que as leva a serem competitivas no mercado externo. O Brasil ainda não dispõe de marca de reconhecimento internacional.
Necessita ter. Não uma, mas várias. Para chegar até lá é necessário reconhecer que tecnologia e inserção internacional são faces complementares de uma mesma realidade, nela estando também presente a gestão.
De outra parte, o mesmo cenário faz emergir a questão dos desníveis. No mundo existe uma forte assimetria econômica. Poucos países são extremamente ricos; alguns apresentam nítido potencial de crescimento; inúmeros são extremamente pobres.
No Brasil essa assimetria se expressa nas desigualdades entre as regiões, muito se fala e pouco se executa no sentido de diminuir o fosso que separa as regiões desenvolvidas daquelas em desenvolvimento. O Sudeste e o Sul apresentam o dobro da renda do Nordeste e absorvem mais de 80% dos recursos para bolsas de ensino e pesquisa em pós graduação. É natural que seja assim, pelo capital humano qnalificado Te dispõem. Entretanto, a arrancada para o desenvolvimento das regiões menos favorecidas pressupõe que esse modelo seja reajustado. Impõe-se intensificar a formação de pessoal qualificado onde maior é a sua carência.
Entendo ser esse o papel que a CAPES tem condições de assumir. Tornar-se um veículo de inserção da tecnologia no meio empresarial, através da inovação oriunda do conhecimento científico da comunidade acadêmica, com
maior participação das empresas brasileiras no mercado externo. Mesmo onde são menores os indicadores econômicos e sociais o desafio poderá ser vencido.
Uma aliança entre o meio acadêmico e o meio empresarial poderá conduzir à consecução desse objetivo.
Engajamento pessoal, foco na indústria e visão de futuro. São estes os elementos motivadores do meu mandato como Membro do Conselho Superior da CAPES, coerente com as idéias aqui expostas.

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