[Discurso] Jorge Parente Frota Júnior

DISCURSO DO PRESIDENTE DA FIEC, DR. JORGE PARENTE FROTA JÚNIOR, POR OCASIÃO DO LANÇAMENTO DO PROJETO “OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NO CEARÁ”.
Fortaleza, 10 de dezembro de 2001

Boa tarde a todos. Queria saudar a presença do Ministro Sérgio Amaral, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Exmo. Senhor Vice-Governador Beni Veras; o Senhor representante do Prefeito Municipal de Fortaleza, Doutor João Melo, Secretário de Desenvolvimento Econômico; o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Raimundo Viana; Secretário Carlos Matos, da Agricultura Irrigada; Doutor Arnaldo Menezes, representando Doutor Byron Queiroz, Presidente do Banco do Nordeste; meu companheiro Sérgio Alcântara; queria saudar os demais secretários presentes, na pessoa da Doutora Mônica Clark, Secretária de Planejamento do Estado do Ceará e os demais diretores da FIEC, na pessoa do nosso Vice-Presidente Humberto Fontenele. Minhas senhoras e meus senhores, seqüenciando esse evento de grande magnitude para a economia cearense, promovido pelo Centro Industrial do Ceará e apoiado pela Federação das Indústrias, nós temos hoje a grande satisfação de contarmos aqui na Casa com o Ministro Sérgio Amaral, o Ministro Sérgio Amaral, que eu já tive oportunidade de ouvir lá na Confederação Nacional da Indústria – CNI, que vem, com um esforço extraordinário, para realmente alavancar as exportações no Brasil. Nós temos assistido nos últimos anos um certo pronunciamento do Governo Federal, dizendo que o Brasil precisa exportar, “exportar ou morrer”, mas na verdade existem muitos entraves para que as empresas tenham crescimento nas exportações brasileiras, existem barreiras dos outros países e que somente com um esforço denodado como o que o Ministro Sérgio Amaral está exercendo no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nós acreditamos que viremos a superar essas grandes dificuldades, para que nós tenhamos realmente uma posição de destaque e de expressão do Brasil no cenário da economia internacional. Nós mesmos, Ministro Sérgio Amaral, aqui no Ceará, a partir do ano passado, com os esforços que fizemos para desenvolver as exportações, conseguimos, no ano passado, crescer as exportações do Ceará em 33,4%, 2000 em relação a 1999, e o Ceará apresentou o segundo maior crescimento industrial do Brasil no ano passado, isso foi um esforço conjugado, um esforço compartilhado do Governo do Estado do Ceará, com as nossas entidades de classe, a FIEC e o CIC juntos, o SEBRAE, que é nosso parceiro, o Banco do Nordeste, o financiamento de mais de 70% do setor produtivo do nosso Estado do Ceará vem do Banco do Nordeste, é um esforço muito grande, mas nós, para esse ano de 2001, tínhamos estimado um crescimento de 20% das nossas exportações, para mantermos o crescimento e eliminarmos a diferença que existia no cenário, com o comprometimento das exportações do Ceará em relação ao resto do Brasil, infelizmente Ministro, nós não vamos atingir os 20% esse ano, nós poderemos até superar os 20%, mas nos números acumulados que temos do Centro Industrial de Negócios aqui da FIEC, nós, até outubro - não temos o fechamento de novembro ainda - fechamos o mês com 7% a mais apenas, entretanto, esse número poderia ser de 25% e nós estaríamos aqui comemorando, não fora o desempenho negativo do maior setor exportador da economia do Ceará, que é a castanha de caju, que tradicionalmente, é um setor que exporta em torno de US$ 150 milhões/ano e por uma conjuntura adversa de competitividade internacional, em relação a custo de produção com a Índia e com o Vietnã e por uma questão de não termos uma situação creditícia favorável ao setor da castanha de caju, nós estamos com um negativo, em relação ao ano passado, de 37%. Nós, nesse sentido Ministro, sabendo do seu esforço, estamos entregando a sua assessoria, hoje, aqui na FIEC, dois documentos, um, pedindo que, nesse seu esforço e nessa sua dedicação, de fato demonstrada em todas as ocasiões para melhorar as exportações brasileiras, o Senhor, com o seu prestigio, consiga que o Banco Central ou o Ministério da Fazenda alterem as regras do jogo em relação ao financiamento para exportação, especificamente para a castanha de caju, que é um setor da atividade econômica do Ceará que contribui com dois grandes fatores dos maiores problemas que todo mundo atravessa hoje, que são: a geração de empregos, porque a castanha de caju é altamente intensiva de mão-de-obra, eu diria para o Senhor que trabalham no setor da castanha de caju no Ceará mais de 200 mil pessoas, se nós considerarmos toda a cadeia produtiva da castanha e também altamente importante porque gera divisas para o nosso país e para o Estado do Ceará, estamos atravessando esse problema, que, acredito, seja conjuntural e nós tivermos êxito nessa reivindicação, nessa solicitação, com certeza nós superaremos em parte essa adversidade da castanha de caju. Estamos entregando também um outro documento a S. Exª, Ministro, relativo a uma sugestão que, a exemplo da bem sucedida campanha que foi feita, de alavancar recursos do FGTS para a PETROBRAS através de ações, que o Ministério procure destinar, se for possível, como vai se encerrar agora no final do ano a programação exercida pela Câmara do Fundo de Garantia, que estabelece a aplicação dos recursos do Fundo de Garantia, nós esperamos que a partir de 2002, se pudéssemos ter a aplicação de parte dos recursos do Fundo de Garantia também para financiar o setor de exportação, até mesmo com uma iniciativa semelhante ao que foi feito em relação a PETROBRAS, é um documento que estamos entregando, sabemos da dificuldade, sabemos que o Ministro conta, de fato, com alguns problemas nas outras esferas, o plano de sustentação da inflação do Ministério da Fazenda é um empecilho para se conseguir liberação de algumas linhas diferenciadas, mas nós acreditamos que estamos contribuindo para que, compartilhadamente, tenhamos resolvido parte dos problemas que estamos enfrentando aqui no Ceará. De outra parte, Ministro, para não me alongar muito, no evento do CIC o Senhor vai ouvir o meu companheiro Sérgio Alcântara expor as oportunidades de negócios para o Ceará. Eu quero também Ministro, enaltecer a posição que o Senhor vem exercendo de apoiar o turismo, nós, aqui nesta Casa, trouxemos para cá toda a cadeia do turismo do Estado do Ceará, aqui funciona o Fórum do Turismo, onde se reúnem quinzenalmente todas as pessoas ligadas ao turismo. O Secretário do Desenvolvimento Econômico, Raimundo Viana, que até bem pouco tempo atrás acumulava a pasta do turismo, é testemunha do esforço que nós estamos fazendo aqui para apoiar o turismo, porque além do Fórum, funciona aqui dentro o Convencion Bureau, que é uma atividade de apoio ao turismo. Entendemos que o turismo alavanca 54 atividades do setor industrial, a partir da construção dos hotéis, os materiais e componentes da construção dos hotéis, afora a alimentação, a bebida, enfim, toda a circulação e riqueza que o turista que vem para cá exerce no seu pagamento de produtos e mercadorias, ele também está estimulando o crescimento do setor industrial do Ceará. Temos também, através do Centro Internacional de Negócios, Ministro, realizado aqui vários cursos de comércio exterior, presentemente, com término previsto para o próximo dia 14, estamos realizando um curso de treinamento e capacitação para os pequenos e médios empresários voltados para o comércio exterior, é um esforço muito grande, repito para o Senhor, é um esforço compartilhado, temos parceiros como o Banco do Nordeste, como o SEBRAE, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, enfim, todo o trade turístico do Estado do Ceará chega junto conosco e nós esperamos que esse problema momentâneo da castanha de caju não venha a arrefecer essa projeção que fizemos, de chegar, terminando o ano de 2003, aos US$ 2 bilhões de exportações. O Banco do Nordeste projeta, o Senhor ouviu pela manhã, lá no Passaré, US$ 10 bilhões de exportações nordestinas até o ano de 2006, queira Deus que o Ceará, mantendo o nível dele de 12% das exportações do Nordeste, que é o que nós atingimos, e com esse crescimento diferenciado que esperamos continuar tendo, chegue aos US$ 2 bilhões de exportações no Estado do Ceará. Agradeço mais uma vez a presença do Ministro, a maneira como ele vem tratando as exportações e espero que, de fato, a questão do crédito prêmio nas exportações, a questão da tributação, que é injusta para o setor exportador, que com o esforço que o Ministro Sérgio Amaral está fazendo, com as junções junto ao Ministério da Fazenda, nós tenhamos superado esses entraves e essas barreiras que existem, para que consigamos exportar cada vez mais na economia do Ceará, para a melhoria do balanço de pagamento do Brasil. Eu queria parabenizar mais uma vez ao Sérgio Alcântara pela iniciativa da realização desse encontro de oportunidades de negócios para a economia cearense, que tem o apoio da FIEC, agradecer ao Ministro a sua presença, eu sei que ele veio rapidamente ao Ceará, mas queria que o Ministro realmente examinasse com muito carinho essas propostas que estamos fazendo. Muito obrigado a todos.

Cerimonial.
... industrial do Estado, ao perfil de franco crescimento econômico, característicos das atuais gestões governamental e empresarial cearenses. Grandes obras caracterizam o Ceará dos novos tempos, onde mais empresas estão sendo atraídas para desenvolverem seus negócios no estado repleto de potencialidades e oportunidades.
Autoridades presentes, senhoras e senhores, boa tarde.
Em nome da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC e Centro Industrial do Ceará – CIC, sejam bem-vindos a esta reunião, que marca a segunda etapa do projeto “Oportunidades de Investimentos no Ceará”. Antes de darmos início a esta solenidade, peço encarecidamente aos presentes a gentileza de desligarem os seus celulares.
Convido a este palco para receberem as autoridades que farão parte da mesa, o Presidente da Federação das Indústrias do Estado Ceará – FIEC, Senhor Jorge Parente Frota Júnior e o Presidente do Centro Industrial do Ceará – CIC, Senhor Sérgio de Sousa Alcântara. Convido a tomar assento à mesa o Exmo. Senhor Vice-Governador do Estado do Ceará, Beni Veras; o Exmo. Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Embaixador Sérgio Amaral; o Exmo. Senhor Secretário de Desenvolvimento Econômico do Município de Fortaleza, João Alves de Melo, neste ato representando S. Exª. o Senhor Prefeito Juraci Magalhães; o Exmo. Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Raimundo José Marques Viana; Exmo. Senhor Secretário de Estado da Agricultura Irrigada, Carlos Matos Lima e o Senhor Superintendente de Supervisão Regional do Banco do Nordeste, Antônio Arnaldo de Menezes, neste ato representando o Presidente Byron Queiroz. Para proceder sua saudação aos presentes, convido a usar da palavra o Presidente da Federação das Indústrias do Estado Ceará, Senhor Jorge Parente Frota Júnior.

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