[Discurso] Jorge Parente Frota Júnior

DISCURSO DO PRESIDENTE DA FIEC, DR. JORGE PARENTE FROTA  JÚNIOR, POR OCASIÃO  DA ASSINATURA DO CONSÓRCIO DA CADEIA PRODUTIVA DO ESTADO DO CEARÁ – FIEC  -FECOMÉRCIO - SEBRAE.

Fortaleza, 06.11.2000.

Pedindo desculpas pelo pequeno atraso, em função da entrevista com a televisão que tem que ser precedida ai da entrevista coletiva. Nós queremos dar as boas vindas a todos aí da comunicação, que aqui vieram, atendendo ao nosso convite, conjunto das 3 Federações da Agricultura, da Indústria e do Comércio do Estado do Ceará para transmitir-lhes e, ao mesmo tempo, que seja dado seqüência para população, para sociedade, da nossa intenção da formação do Consórcio da Cadeira Produtiva do Estado do Ceará.

E em linhas gerais, nós vamos falar muito pouco e esperar as perguntas. Mas a idéia geral, como o nome tá dizendo, é uma integração das ações das 3 Federações: Agricultura, Indústria e Comércio; no sentido de dar aplicação aos recursos do Sistema S, que são recursos vindos da sociedade, para que nós retornemos esses recursos para a sociedade, em forma de capacitação e treinamento de forma compartilhada. E ao mesmo tempo com a maior racionalidade, proporcionando assim uma melhor, um melhor resultado com relação ao treinamento a serem realizados.

A importância fundamental será a interiorização dessa capacitação, já que a exclusão social do Ceará no interior é muito mais forte do que na capital. E procuraremos então, dentro dos elos da Cadeia Produtiva, centralizar os treinamentos dentro das vocações já previamente escolhidas e identificadas no interior do Estado do Ceará.

E esse cartaz aqui já diz tudo. Nós, no dia 27 próximo, deveremos realizar esse seminário, com todos os prefeitos. Procurando então, mostrar prá eles, que serão novos administradores da gestão municipal no nosso estado, essa ação que nós pretendemos fazer. Uma ação conjunta da iniciativa privada, representada pelas 3 federações e o setor governo em toda sua plenitude. Desde o setor municipal, o governo estadual e o governo federal.
De uma forma geral é essa a intenção. É uma ação compartilhada, usando uma melhor capilaridade das ações de treinamento, já que o treinamento e a capacitação é braço requerido pela competitividade que aliada a tecnologia tão requerida pelo mundo globalizado.

Então, em linhas gerais, seria isso ai. Eu passo então a palavra, seguindo o elo da Cadeia Produtiva. Estou falando em primeiro lugar, porque a  FIEC é a sede, o local onde estamos realizando o evento. Mas vamos procurar seguir o elo da Cadeia Produtiva que é a agricultura; o setor primário, que produz matéria-prima e insumos; o setor industrial que processa essa matéria-prima e esses insumos, visando transformar em produtos e valores para a sociedade. E, ao mesmo tempo que serão comercializados e serão distribuídos, chegarão à sociedade esses produtos, através do setor terciário que é a Federação do Comércio, aqui representa pelo companheiro Luís Gastão.

Então, passo a palavra ao nosso companheiro Torres de Melo, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Ceará.

(TORRES DE MELO)
Eu acho que nós nos deveríamos no alongar. Nós participamos em inúmeros conselhos, no SEBRAE, no Conselho Estadual do Trabalho, no COEMA. Em vários organismos colegiados, estão lá presentes as 3 federações. Infelizmente dado ao entendimento quase que, eu não diria igual, mas a compreensão do momento que nós vivemos no nosso país, os nossos pensamentos estão muito próximos. Então se existe essa convergência de idéias, se os nossos recursos, embora nós não possamos comparar com as federações maiores que estão aqui na minha direita. Elas têm que, na realidade são pequenas para as demandas da sociedade. E se nós unirmos os nossos esforços, obviamente nós vamos maximizar a utilização desses recursos, vamos ter uma maior racionalidade e vamos ter melhores resultados em conseqüência disso.

Eu não tenho nenhuma dúvida que a nossa federação, a mais modesta das três, será a grande beneficiada. Mas não será ela diretamente. Aqueles a quem ela procura servir que é o produtor rural, serão os grandes beneficiados desse processo.
Nós já havíamos levantado esse problema anteriormente, pensando não nas federações, mas na cadeia dos S. Nós chegamos a apresentar por escrito essa proposta, quando da instalação do segundo governo  do Dr. Tasso Jereissati.

Agora, nas nossas últimas conversas, essa idéia evoluiu para a cadeia dos F, a cadeia das Federações. E aqui é um ambiente aonde nós freqüentamos com maior. Eu acho que o número V’s é a grande federação que recebe a sociedade. E esse evento eu creio que, em homenagem a Federação das Indústrias, está se realizando aqui.

(LUIS GASTÃO)
Ficar prá falar por último é bom que sobra pouco o que falar. Mas como o Torres de Melo colocava,  - eu que já tou sentado no total do lado direito, eu só vejo meus companheiros do lado esquerdo. Não tem nenhum companheiro do lado direito -.

Mas eu acho que é uma visão que nós estamos tendo e, com muita satisfação que eu posso presenciar, não só eu, mas toda diretoria da FECOMÉRCIO tá exultante com essa nova idéia, com esse novo comportamento que é de buscar, minorar os graves problemas que nós temos.

Nós sabemos que o nosso estado, apesar de todos o avanços, de todas as ações, ainda é um estado muito pobre. Nós sabemos que o nosso povo, ainda é um povo que precisa se alfabetizar, ainda temos um déficit, com relação a alfabetização muito grande. E principalmente os empregos que estão existindo no nosso estado, e que vão passar a existir no nosso estado, a partir desse novo milênio. São empregos que cada vez mais obrigarão que seus pretendentes tenham uma melhor qualificação profissional. Tenham uma melhor qualificação dentro do mercado.

E é com essa visão de que, sozinho, o governo do estado, nenhum ente tenha condição de transformar, mas só a união de toda a sociedade é que vai ter a condição de transformar, se transformar por si só, e melhorar todo esse povo, toda essa situação.

Há o início da Cadeia Produtiva, ela não visa ser uma finalidade. Nós não estamos visando com a união dessa cadeia sermos o fim disso tudo, mas, muito pelo contrário, de sermos um meio. O agente que vai fazer como o Jorge e o Torres de Melo já colocaram, fazer como os diversos organismos que nós fazemos parte. Quer diretamente pelas nossas federações, querem diretamente pela participação nossa em conselhos outros, mas que tudo isso possa se transformar em agente permanente de transformação, de mudança. E que nós possamos otimizar, não só os nossos recursos, mas também o nosso tempo, que é deveras precioso, prá que nós possamos, justamente colaborar com esse novo desenvolvimento, com esse novo papel que eu acho que toda sociedade tem que ter.

Então nós, com muita tranqüilidade, estamos fazendo parte desse momento que eu acho que realmente é um momento histórico na cidade, no nosso estado. E que temos recebido, - e como fiquei por último -, temos recebido já pedidos de outros estados. – Eu sei que o Jorge já foi sondado também e o próprio Torres de Melo -, de outros estados que estão querendo verificar o que que tá acontecendo aqui no Ceará, o que que é esse consórcio das Federações para que outros estados comecem algumas ações .

Nós sabemos que nós estamos inovando uma postura, uma forma de ação. Mas nós temos a tranqüilidade, que vamos poder, e pela convergência que nós temos, poder contribuir para isso. Eu acho que o demais é abrirmos prá vocês, agradecer a presença de todos, a imprensa aqui, para que a gente possa tirar alguma dúvida, ou responder alguma pergunta que nos sejam dirigidas.

JORNALISTA: Presidente!

JORGE PARENTE: Pois não!

JORNALISTA: O surgimento do...

JORGE PARENTE: Espera ai Fernando, espera aí, porque tá sendo gravado. É para que todos ouçam. Fernando Serpa se identifique por favor. É a gravação, tá gravando.

(FERNANDO SERPA)
Fernando Serpa da Rádio O POVO e Tribuna do Ceará.
Presidente. Esse consórcio da Cadeira Produtiva...

JORGE PARENTE: A pergunta é prá mim?
FERNANDO SERPA: É. Pode ser também dirigida aos outros.

(FERNANDO SERPA)
Surge no momento,  na sua opinião, onde também existe nesse instante um vácuo político em termos de mobilização social. Me refiro, portanto, ao próprio esvaziamento do Pacto de Cooperação nesse instante, que seria um momento adequado das três maiores entidades empresariais do estado ocupar esse espaço ao mesmo tempo em que força o próprio governo do Ceará a uma interlocução maior com essas federações?

(JORGE PARENTE)
Bom. Em primeiro lugar vou responder que não existe esvaziamento do Pacto de Cooperação. O que nós estamos fazendo aqui hoje é uma derivada do Pacto de Cooperação. Porque é exatamente dentro dessa linha de procurar compartilhar as ações em desenvolvimento do estado do Ceará.

(FERNANDO SERPA)
Além do que todos nós participamos do Pacto de Cooperação.

(JORGE PARENTE)
Somos participantes também. Então, em relação ao esvaziamento, o Pacto de Cooperação hoje está concebendo um fórum, o Pacto da Agropecuária, que funciona as terças-feiras lá do Banco do Brasil, o companheiro Torres de Melo dirige. Tem uma freqüência mais, de mais de 100 pessoas, - você às vezes está como jornalista -. Tem uma freqüência de mais, em média de quase 100 pessoas, todas as terças-feiras. Então o Pacto não está esvaziado. A filosofia do Pacto foi que norteou a criação disso aqui.

E segundo lugar é que na verdade não há cunho político nenhum. O que nós queremos é justamente dessa configuração moderna que existe hoje, de procurar interagir em sintonia no estado do Ceará, que também é um processo que foi criado, que foi desenvolvido através  do Pacto de Cooperação à essa sintonia. Fazer com que a gente procure atingir a sociedade, as ações que atingem a sociedade de forma compartilhada, setor empresarial, setor governamental.

O vácuo político que você se refere, para nós não existe esse vácuo. Nós não acreditamos dessa forma. O projeto não tem cunho político nenhum. O projeto é com o objetivo de fortalecer a sociedade sob o ponto de vista de que a capacitação vai ser proporcionada em todo o elo da Cadeia Produtiva. Quando o companheiro Torres de Melo diz que ele vai ser mais beneficiado, na verdade é porque os recursos do SENAR são menores. Mas se nós estamos procurando fortalecer a Cadeia Produtiva no sentido moderno, e qualquer elo da Cadeia Produtiva que seja frágil, ele quebrará toda a cadeia. Nós não estamos buscando isso ai e sim o fortalecimento da sociedade, através da capacitação. Se nós não tivermos uma mão-de-obra capacitada, dentro dos requisitos da modernidade que exige a produtividade cada vez maior para competir, nós não teremos uma sociedade justa pelo menos, menos injusta do que nós temos hoje.

Então o sentido é esse, não há cunho político nenhum. Houve uma interpretação prévia da imprensa que poderia haver isso. Mas, queremos dizer prá vocês que de minha parte eu diria que nas próximas eleições de 2002, eu acredito que um de nós três aqui será candidato a nada. Então não tem cunho político nenhum.

INTEGRANTE DA  PLATÉIA: Eu queria Jorge...

JORGE PARENTE: Eu?

INTEGRANTE DA  PLATÉIA: Há um compromisso que tem (...)?

(JORGE PARENTE)
Não. Não existe compromisso porque nós não temos interesse político. Apenas o político sim, no sentido de procurar trabalhar melhor para a sociedade.

(INTEGRANTE DA  PLATÉIA)
Eu gostaria Jorge de, de... O Pacto é uma usina de idéias. As federações são entidades que executam os projetos. São portanto, na sua essência, duas coisas completamente diferentes. Nós jamais poderíamos substituir o Pacto da sua amplitude, que é de natureza geográfica, considerando os pactos diversos existentes no Cariri, na Ibiapaba, no Baturité. São sete pactos hoje regionais. E os pactos setoriais. Nós estamos nos propondo a execução de ações, coisas para as quais o Pacto não tem instrumentos capazes de realizar. Essa é a conotação.

O vazio de poder existiria talvez em outro estado, mais jamais se existiria no estado do Ceará, considerando a postura que nós sabemos do nosso governador. O governador não é daqueles dirigentes que se costuma ceder a sua autoridade. E nós, não estamos querendo colocá-la em jogo, nem antecipar a discussão política que seria de certa forma um ato irrefletido e pouco responsável.

(LUIS GASTÃO)
Eu só queria complementar, colocando que realmente não existe um cunho político. E eu particularmente posso afirmar, não tenho nenhuma pretensão política prá 2002 de ser candidato. Muito ao contrário, tenho um compromisso assumido com os meus diretores para mandato que só irá terminar em 2002, e só irá, o mandato só irá terminar em 2004. Então, eu tenho um compromisso com meus diretores de ficar à frente da Federação até o final do meu mandato e pretendo fazê-lo. Então não existe nenhum cunho político nisso.

E com relação a intermediação ou conversação com o governo do estado, ou com o governo municipal, ou com qualquer governo; por uma questão de justiça, eu tenho que colocar também que nunca nos faltou, nunca tivemos porta fechada dentro de nenhum âmbito do governo, quer estadual, quer federal, quer municipal.

Então não haveria necessidade de se formar um consórcio para que as partes se abrirem (sic) para se estabelecer o diálogo. Mas a união, o consórcio visa até, - eu diria até que uma posição nossa -, de consciência de nós termos uma responsabilidade maior. E que, por dirigirmos federações, nós temos essa responsabilidade e estamos tendo a coragem de, diante da sociedade, em forma conjunta, em forma transparente e aberta assumirmos uma responsabilidade que as federações é que cabem hoje.


(JORGE PARENTE)
E cabe também responder companheiro (...) Fernando, é que na verdade nós vamos, nós estamos dando mais um exemplo para o Brasil de uma referência do Ceará. Porque existe em alguns estados do Brasil, existe a disputa entre as federações. Essa ambiência que existe no Ceará, de sintonia e de convergência é raro na existência do Brasil. Então nós estamos dando mais um exemplo dessa sintonia e dessa convergência para o Brasil todo.

JORGE PARENTE: Mais alguma pergunta? Cadê o microfone?

JORNALISTA: Eu queria saber primeiro, em termos práticos...

JORGE PARENTE: O veículo por favor!

JORNALISTA: Rodrigo do jornal O POVO. Rodrigo de Almeida do Jornal O POVO.

(RODRIGO DE ALMEIDA)
Eu queria saber em termos práticos, como vai funcionar essa interiorização dessas ações da Cadeia. O senhores falaram muito da questão da necessidade dessa interiorização, por conta do aumento da gravidade da má distribuição de renda sobretudo no interior. Como é que isso vai funcionar? E de que modo essa Cadeia pode minimizar essa distribuição de riqueza do interior do Ceará?

(LUIS GASTÃO)
A nossa primeira ação vai ser exatamente com um seminário, no dia 27. Que nós vamos buscar nesse seminário. Chamarmos os 184 prefeitos eleitos e reeleitos no nosso estado prá discutirmos com eles, junto com vários outros líderes empresariais e políticas públicas.

Nós temos acompanhado através do Conselho Estadual do Trabalho, o desenvolvimento do Plano de Qualificação Profissional, do Plano de Geração de Emprego e Renda do Estado do Ceará. E nós temos a consciência de que geração de emprego e renda, ao passo de muito diferente de que todos acham que é uma política só do governo federal. Ela é uma política que ela inicia no município,  e  que ela deve ter sua raiz mais forte no município.

Cabe ao município ter a sua locação, identificar sua vocação, trabalhar com essa vocação. Identificar suas demandas e fazer com que a sociedade municipal, ela possa ter agente para minorar e melhorar a situação de emprego nesse município.

Muitas vezes eles vão precisar de ajuda e de auxílio. E nessa hora nós vamos tá apoiando essas iniciativas, ajudando nessas iniciativas. E fazendo o elo de ligação também com as entidades que já existem nas suas diversas formas de atuação, para que aquela vocação identificada no município, prá aquele programa de geração de emprego e renda municipal ele possa ter eco, ele possa ter sustentabilidade, ele possa ter apoio,  nem sempre só de recursos financeiros, mas também de projetos, que possam se ajudar na concepção de novos projetos, que possa se apoiar na concepção de novas ações.

Nós já temos, no meu caso, no caso da FIEC, no caso da própria FAEC. Nós já temos algumas unidades prontas e que funcionam no interior. E que elas podem tá amanhã fazendo algum curso não direcionado no caso específico daquilo. Vou citar um exemplo: eu tenho uma unidade do SENAC em Iguatú, que amanhã poderá tá tendo curso, já abrigando curso na área rural, na área do SENAR. Poderá tá promovendo curso lá dentro, utilizando as instalações e sem necessidade de se iniciar e de se ter uma construção. E se tornar uma sede prá lá. Eu posso depois de amanhã tá lá no Aracati, numa sede do SESI que tem lá no Aracati promovendo alguma ação relacionada ao comércio naquelas unidades, ou seja, nós vamos buscar otimizar os nossos espaços, os nossos recursos e ações em conjuntos.

E na hora que você identifica as vocações do município, você vai identificar aquelas vocações relacionadas a agricultura, a indústria e ao comércio. Você vai ter que identificar a produção e incentivar a produção, a indústria de transformação e a comercialização daquele bem.

Então, a ligação do elo, ele vai tá sempre presente, e nós vamos buscar justamente que essa fonteficação seja feita, não só no âmbito das federações como o Jorge colocou, que de repente a FAEC é que recebe menos recursos. Mas nós vamos poder pagar municípios que estejam muito bem na área agrícola e precise de um encaminhamento, de um apoio maior na área industrial ou na área comercial. E a cadeia vai buscar fazer essas identificações e trabalhar em conjunto nessas ações.

JORNALISTA: (...) existe alguma meta estabelecida (..), na quantidade de cursos (...) ou...

(JORGE PARENTE)
A idéia. A idéia é a gente começar. E as ações que hoje já são dirigidas por essas 3 federações na capacitação e treinamento. Que possa haver essa convergência, essa sintonia. Todas as ações, a partir de 2001, das 3 federações, ou seja, o Sistema S, serão feitas de forma compartilhada. Essa é que é a idéia. De começar 2001 já dessa forma ai, as novas administrações municipais. Sintonizadas com as novas administrações municipais e sintonizadas também como o que o Gastão falou aí, com a vocação de cada região.

(TORRES DE MELO)
Eu queria citar um exemplo. Nós do SENAR, que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, não temos e nem pretendemos ter qualquer edificação para sede do SENAR. A sala de aula do SENAR é uma fazenda. Da metodologia que é utilizada que é aprender a fazer fazendo. E não vai se aprender a fazer fazendo na sala de aula com giz e quadro-negro.

No momento que nós precisamos de algumas instalações, por exemplo: o SENAC tem uma excelente estrutura para preparação de pessoal na área de informática. Os nossos sindicatos precisam que os seus funcionários se habilitem para prestar serviços aos seus associados. Então os treinamentos do nosso próprio pessoal poderá ser feito e patrocinado pelo SENAC. Esse é um dos exemplos. Agora o SENAR foi escolhido pela Secretaria de Assistência Social da Presidência e Assistência Social, para ser o implantador do Portal da Alvorada que é um programa, o antigo IDH 14 - que o nome ficou parecido com remédio, conforme o próprio Presidente da República. E mudaram para Portal da Alvorada -. E o SENAR é que vai tratar da implantação das primeiras 4 unidades nas micros regiões, compreendidas pelos municípios Farias Brito, Granjeiro, Caririaçú e Altaneiras. Ao identificar as necessidades, nós não teremos nenhuma dúvida em nos socorrermos daquilo que os companheiros das outras federações puderem suprir além daquilo que nós não tivermos condições de fazer.

E em conseqüência do que, já conversarmos por exemplo com o SEBRAE. Nesses 4 municípios nós pretendemos, com recursos da SUDENE e convênios que temos com a SUDENE, fazer a alfabetização de toda a demanda existente naqueles municípios. É um sonho!

Pretendemos fazer uma série de ações do Programa de Emprego e Renda. De modo que ao final de uma ação que se desenvolverá ao longo de 2 ou 3 anos, possamos comparar os indicativos anteriores com os indicativos após essa ação concentrada.

Você haverá de perguntar: isso tá pronto? Não. Está na cabeça de cada um de nós. O (...) nosso e as nossas equipes trabalhando agora conjuntamente haverão de encontrar.

JORNALISTA: Presidentes. Pegando o gancho... Ana Cristina do Diário do Nordeste.
Eu queria perguntar se vocês já fizeram uma estimativa orçamentária prá atuação do consórcio?

JORGE PARENTE: Prá quem é essa pergunta?

(ANA CRISTINA)
Pr’os três (RISOS). Pr’os três.  Se vocês já fizeram um plano de dinheiro, de recursos que vocês vão aplicar. Pelo menos uma estimativa e de onde viriam esses recursos.

(LUIS GASTÃO)
Olha, nós já temos os nossos orçamentos naturais. Nós já temos as nossas equipes, nós já vamos fazer com esse consórcio, ele trabalhe em função do que nós já temos, e temos já sinalizações de patrocinadores, de outras entidades que estão predispostas não só a apoiar, mas de patrocinar alguns eventos. E com certeza irão patrocinar alguns eventos a título, inclusive, de um organismo internacional como a OIT.

(ANA CRISTINA)
Isso já tem um custo anual? Vocês já fizeram um estudo, um levantamento?

(LUIS GASTÃO)
Não. Não. Não existe um orçamento próprio de destinação de recursos e ações para essas ações. Nós vamos trabalhar a princípio com nossos orçamentos e com os apoios dos patrocinadores que estão chegando até nós, estamos fazendo alguns projetos e (...)

Existem programas de qualificação profissional através de verbas do FAT, que existem  recursos para ações tipo a que vamos fazer em alguns casos. A OIT já nos manifestou apoio para ano que vem em ações que a própria OIT deverá nos auxiliar nessas ações aqui. E o próprio SEBRAE que irá participar. Lógico que temos os nossos próximos orçamentos, mas não existe um orçamento fechado, uma meta fechada de, do ano que vem, até porque  nós não esperamos trabalhar só com os nossos orçamentos, nós precisamos, poderemos, iremos trabalhar com orçamento inclusive de terceiros. O objetivo não é juntar recursos e botar numa sacola prá só ter fundos, mas principalmente trabalhar com idéias, trabalhar com sonhos e buscar que isso se torne realidade.

(JORGE PARENTE)
Cristina, a verdade é a seguinte. Já existem  os orçamentos previamente aprovados, tanto do SENAR, do SENAI, como do SENAC e nós vamos buscar é nessa sintonia, nessa complementariedade dar maior capilaridade, maior eficiência e racionalização à utilização desses orçamentos. E buscando parceiros como o Gastão falou. O SEBRAE também faz treinamento, você entende? O Banco do Nordeste realiza treinamento, o Conselho Estadual do Trabalho também procede seus treinamentos e, por sua vez, as prefeituras. E agora com essa agregação nova que o Gastão citou ai, que é a OIT, a Organização Internacional do Trabalho, que as três federações têm acerto também nisso. A gente vai procurar dar uma multiplicação ao resultado desses treinamentos. O objetivo fundamental é esse,  é dar uma multiplicação ao resultado dos treinamentos para que não haja a dispersão dos recursos.

(TORRES DE MELO)
Eu queria voltar a enfatizar o seguinte, os  trabalhos iniciais, o custo é o já existente. O que nós pretendemos é que as nossas filiadas, as nossas filiadas, os serviços SENAR, SENAC se conheçam tanto quanto nós nos conhecemos. A realidade é que nós estamos pertos e estamos distantes. Então a equipe do SENAR, do SENAI e do SENAC trabalharão juntos inicialmente para verificar quais são esses pontos de encontro de interface junto com o SEBRAE também, que não está aqui porque não compartilha, que não é do sistema sindical. Não poderia, portanto, está aqui. Mas nós somos os três conselheiros do SEBRAE, estamos lá freqüentemente nas reuniões, decidindo os rumos do próprio SEBRAE para o exercício de 2001, ao aprovarmos o orçamento que acontecerá até o final deste mês. Então, até na própria participação no orçamento do SEBRAE nós já trabalharemos olhando o futuro de trabalho conjunto.

JORNALISTA: Sheila Raquel do Jornal O Estado. Eu queria saber de vocês como é que tá sendo a receptividade do Governo do Estado a esse projeto. E como é que vocês esperam que seja também a receptividade dos novos prefeitos a esse projeto, né?

(JORGE PARENTE)
Espero com relação a esses prefeitos Sheila Raquel, é que todos os 184 estejam aqui no dia 27. Ai então a nossa mensagem será atendida. Agora, quanto ao Governo do Estado, estamos em sintonia com a Secretaria de Trabalho e Ação Social que o braço do estado que realiza esses treinamentos. E justamente como o Torres de Melo falou, além de sermos os três conselheiros do SEBRAE, somos também, os três, nós somos também conselheiros do Conselho  Estadual do Trabalho, nessa linha de sinalizar, de apoiar as ações de treinamento para a geração de emprego e renda do estado do Ceará.

(TORRES DE MELO)
Eu queria também, só para deixar claro, que algumas divergências entre nós, elas continuarão. Nós temos, agora mesmo nós estamos eu e o Jorge numa disputa com relação ao problema do leite. Ele representando o sistema industrial e nós o sistema primário. Ele com um preço e nós brigando pelo aumento do preço. Houve uma diminuição do preço a nível nacional. E nós discordamos e vamos brigar com o Jorge a nível nacional. Isso é uma briga e o Jorge por sua vez vai brigar com os supermercados que são filiados a FECOMÉRCIO. O que é esse, é uma grande incógnita, é o procedimento dos supermercados dado a sua capacidade hoje de barganha que é imensa. Muito mais fácil quando tratarmos com as padarias, agora nós tratamos com alguém que está com a filial fora do país ou com a matriz fora do Brasil. Então esses, esses ajustes e, naturalmente, serão feitos com maior naturalidade na medida em que a nossa briga será uma briga muito mais urbana do que rural.

(LUIS FASTÃO)
Nós estamos brigando depois (...) pelos fundos constitucionais.

(TORRES DE MELO)
Pois é. Pois nos fundos constitucionais eu não concordo com a emenda do Deputado Mauro Benevides que inclui os fundos constitucionais no comércio dos fundos constitucionais. Primeiro porque comércio não é atividade produtiva. Ela é uma atividade de...
(RISOS)

(LUIS GASTÃO)
Quer dizer que o comércio não é o que?

(TORRES DE MELO)
Não é uma atividade produtiva. Ela é uma produção de prestação de serviços. A produção ocorre no campo e na indústria.

(JORGE PARENTE)
Ela é reprodutiva, a produção.

(TORRES DE MELO)
Ela é de serviço. São coisas diferentes.  A idéia do constituinte de 88, se pegarmos as atas, isso está muito claro. E além do mais o dinheiro é muito pouco, a emenda pede 10% do dinheiro do FNE por exemplo, para o comércio. O FNE não chega a 1 bilhão, prá facilitar as contas admitamos que chega a 1 bilhão. Só prá concluir, 10 estados da federação, agora com o Espirito Santo, 11. Vamos deixar 10 do Nordeste. 100 milhões divididos por 10 estados (...) daria 10 milhões prá capital de giro pr’o Nordeste. Qual é o significado? Então prejudicaria a indústria e ao setor primário e nenhum benefício traria para o comércio. E o Gastão naturalmente amanhã vai defender essa posição em Brasília junto comigo.

(LUIS GASTÃO)
Bom, eu não queria entrar nessa discussão, mas é. E acho que não há nem fórum no momento agora prá entrar. Aquilo que o Major Torres colocou muito bem, nós vamos ter divergências, nós vamos continuar com algumas divergências de posicionamento, na defesa, cada um, do setor que tem à frente. Mas, nem por isso nós vamos deixar de ter, ai sim, uma defesa muito mais intransigente do que ao nosso objetivo comum, que é colaborar com o desenvolvimento do nosso estado. Colaborar com o desenvolvimento do nosso estado em todas as suas instâncias e principalmente dentro do seu nome, mudando esse...
(FIM LADO A)

LADO B

(LUIS GASTÃO – Cont.)
Nós não estamos aqui, primeiro lançando nenhum planejamento de governo, nem um plano de governo. Nós estamos buscando uma ação das entidades produtoras que produzem no estado, da Cadeia Produtiva do estado, para melhorar e colaborar mais, que é o papel de todos nós, inclusive, estatutariamente. Como órgãos sindicais nós temos três níveis de representação sindical: a Confederação no ente nacional, as Federações no ente estadual, e os Sindicatos na defesa da categoria, e nos municipais. Então o que representa o estado, as três únicas federações que representam o estado, são as três que estão sentadas aqui na mesa. Por isso que a
Cadeia Produtiva ela visa a união dessas três federações.

Sabendo que nós vamos ter, como o Torres já colocou, algumas diferenças e algumas divergências, mas estas diferenças são pequenas diante do grande desafio que eu acho que nós temos.

(JORNALISTA)
Presidentes. No dia 27. Egídio Serpa do Jornal O POVO. No dia 27 os senhores disseram que pretendem reunir todos os prefeitos de Fortaleza.

JORGE PARENTE: Do Ceará.

(EGIDIO SERPA)
Perdão. Do estado do Ceará. A pergunta é a seguinte: serão bem recebidos e participarão dessa Cadeia Produtiva os prefeitos que botaram no bolso deles o dinheiro do FUNDEF?

(LUIS GASTÂO)
Olha, eu vou dizer aqui e acho que todos vão colocar. Nós temos defendido, eu particularmente tenho defendido, que os prefeitos que estão metendo a mão no FUNDEF, metendo a mão no FUNDEF, eles vão poder vir participar do seminário. Agora, na hora em que a utilização de recursos, a orientação de recursos forem destinadas a municípios e minha defesa será que essa orientação seja para as prefeituras que estejam agindo corretamente com a utilização de recursos. E que os municípios aonde tiverem prefeitos que estejam desviando verbas, quer do FUNDEF, quer da saúde, ou alguma coisa comprovadamente. Que esses municípios não recebem o apoio dessa Cadeia Produtiva. Esse é um posicionamento meu, não é da Cadeia, nós não discutimos isso entre a Cadeia, mas eu acho que antes de qualquer coisa nós temos que pautar pela coisa pública, pela melhor utilização dos recursos públicos e melhor gestão disso.

Nós tivemos ai o caso, no final do ano na eleição que se passou agora. Aonde nós tivemos o município de Caucaia como o município aonde teve manifestação de praticamente todos nós, e de todas as entidades de classe, com relação, solicitando ao povo de Caucaia de que não votasse naquele prefeito que tinha metido a mão nos fundos do FUNDEF, e que já tinha sido comprovadamente, tinha utilizado de forma incorreta esses recursos. E a população de Caucaia tá de parabéns hoje, porque elegeu um prefeito justamente, fez justiça com isso.

Então nós vamos está ao lado não só com relação ao FUNDEF, mas eu acredito com relação a toda mal versação (sic) de dinheiro público, nós vamos está contra a essas ações.

(JORGE PARENTE)
Egídio eu gostaria de complementar dizendo o seguinte: nós. A nossa indignação com esses maus administradores públicos do estado do Ceará que não dão, que não acompanham o exemplo de administração séria que vem sendo implementada nesse nosso estado. Já foi demonstrado em várias oportunidades, e no final do ano passado nós fizemos uma nota, no final do ano passado fizemos uma nota coletiva na primeira página de todos os jornais. – Foi no meio do ano?

LUIS GASTÂO: Foi nesse ano.

JORGE PARENTE: Foi no final do ano passado.

TORRES DE MELO: Assinado por todos nós.

(JORGE PARENTE)
Nós demonstramos, todos nós presidentes assinamos demonstrando nossa indignação. Agora nós não podemos, nesse primeiro momento, - só respondendo objetivamente a sua pergunta -, ser excludente. Porque uma exclusão prejudica a sociedade. Porque o principal objetivo é a capacitação e treinamento e a estratégia de encontrar política de trabalho e renda.

Então o cidadão lá daquele município, inclusive pode até não ter votado no prefeito, ele não pode ser prejudicado se nós fizermos essa exclusão.
Então, no primeiro momento nós não vamos fazer nenhuma exclusão. Agora, vamos procurar sim, olhar com maior intensidade e com linha de fiscalização maior para aquelas ações junto aqueles prefeitos que já estão apontados como desonestos em relação a questão dos recursos.

(TORRES DE MELO)
E eu quero apenas manifestar um certo cuidado que eu pelo menos já tenho na idade que eu tenho. E não querer me constituir juiz. O julgamento deve ficar a cargo dos tribunais e dos juizes. Não somos nós que, da população na hora de votar, a população como disse o Jorge, não pode ser penalizada duplamente. Porque o mau gestor, e em função disso, deixar de ter um atendimento de entidades da sociedade como são as nossas que se propõem a realizar essas ações em benefício coletivo e não do prefeito.

(FERNANDO SERPA)
Além desse seminário que vai ser realizado no dia 27. Qual é o outro. Vai ter uma reunião semanal, uma reunião quinzenal, como é o modus operandi?

(JORGE PARENTE)
Inicialmente combinamos que nós três vamos ter uma reunião mensal de avaliação – até o dia já foi definido, quarta-feira, não é isso? – As quartas-feiras, última quarta-feira do mês. E deveremos então já aí, e...

Volto a dizer que existe. Isso primeiro é um projeto. Tudo que existe aqui é intenção e projetos. Mas tudo tem que começar por uma primeira ação, né? O Chinês dizia que qualquer construção começa com o primeiro tijolo. Então nós começar com esse seminário. Essa reunião aqui é através da imprensa, dar informação à sociedade da nossa intenção. E através, depois do seminário essas ações serão conjugadas e com essas reuniões que nós temos. E depois, como o Torres de Melo falou, dando a oportunidade que os nossos representantes no interior, as nossas delegacias que o SENAI tem, que a FIEC tem, e o SENAI tem. Que com o nosso pessoal também há, tenha um entrosamento que nós temos. E também as nossas unidades móveis de treinamento, que o SENAC tem as dele, o SENAI tem também. Nós vamos procurar chegar à capilaridade, à sociedade, seja por mais distante o local que exista no estado do Ceará.

(JORNALISTA)
Tem mais alguém que vai fazer perguntas aos presidentes?

(FERNANDO SERPA)
Presidente,  gostaria que o senhor falasse um pouco também mais os senhores, a respeito dessa parceria com a universidade. Parece também que o consórcio vai induzir a própria universidade no sentido das vocações. E já há setores da universidade dizendo que esse não é o papel da indústria, nem do comércio, nem da agricultura. Ou seja, seria uma ingerência indevida junto a universidade.

(JORGE PARENTE)
Não. A nossa posição com a universidade não é essa não. Nós até temos dito que houve um avanço muito grande, o meu antecessor aqui, o presidente Fernando Cirino Gurgel dizia que havia no passado um divórcio pactuado entre o setor produtivo e a universidade, cada um caminhando. Eu até disse com o Torres de Melo que entende de Matemática, que existia antigamente duas retas paralelas e que os matemáticos dizem que só se encontram no infinito. Que hoje não existe mais essas linhas de retas paralelas, existem duas linhas, que nós temos a nossa linha do setor produtivo, que é diferente da linha da academia, da universidade, mas que são linhas não retas. Que essas linhas têm vários pontos de interseção e que nós até entramos num café da manhã aqui na quarta-feira passada, aqui mesmo na FIEC, nós demonstramos que esses pontos de interseção é que vão tornar o tecido prá ter o conjunto em prol da sociedade. Que interagindo com a universidade, que normalmente a universidade, pelo menos ainda no Ceará, a grande massa dos universitários está matriculada nas universidades públicas. Então são de cursos para um bem da sociedade tem que retornar também, retornar em serviço em demandas para a sociedade.

E hoje eu posso dizer que existe já vários pontos de interseção, foi demonstrado aqui na quarta-feira passada, aqui neste mesmo auditório. Que a universidade mudou, Elas têm vários pontos, cursos voltados para as novas demandas,  e procurando além disso -  é o que nós vamos procurar também em 2001 - , fazer um avanço nisso Fernando. É de que nós vamos procurar ter também no universitário ações de cidadania extracurricular, para que além de formar um técnico necessário pela demanda requerida pelo mercado, seja formado um cidadão que ele conheça também mais a fundo que ele não fique no encabulo (sic)  da universidade e conheça a realidade que nós convivemos hoje no Ceará moderno, e no Ceará também pobre e o Ceará injusto que ainda tem. Mas que o universitário saia da universidade conhecendo mais e procurando também a vivenciar experiência dentro dessa nova configuração do Ceará de hoje. Não existe esse distanciamento da universidade com o nosso projeto não.

(TORRES DE MELO)
Eu gostaria Fernando. Nós estivemos aqui no café da manhã na quarta-feira e estavam presentes vários reitores. Estava presente o Prof. Roberto,  o Dr. Teodoro, da Universidade da Uva (JORGE PARENTE: o representante da UECE), o representante da UECE. E só não estava presente. Não tinha nenhuma pessoa da URCA. As demais universidades estavam aqui presentes.

Obviamente, talvez num corpo docente da universidade não haverá unanimidade, até porque seria muito ruim prá nós se existisse essa unanimidade. Mas pelo menos do ponto de vista dos reitores os depoimentos que nós ouvimos aqui foram todos eles favoráveis a um aumento desse entrosamento. Inclusive foi levantado aqui pelo Lima Matos, coadjuvado por mim, um projeto de um maior significado que foi iniciado em 1999 que foi pautado na biotecnologia e da união de todos os laboratórios não só de nossas universidades, mas das universidades do Nordeste.  Projeto que estava a cargo da FUNCAP, aonde existia inclusive uma comunicação via informática entre esses diversos laboratórios e a complementação de equipamentos que aqui não, queríamos que tivéssemos  e que existisse na Universidade de Pernambuco. Então esse trabalho que estava como uma proposta quase que acabada, infelizmente ele foi sobrestado e houve um acordo que deveríamos voltar  a encaminhar esse projeto com o apoio, eu creio que agora com o apoio do consórcio,  e não apenas das duas federações que estavam presentes.

Ficou também claro prá nós da Federação da Agricultura que a universidade não pode ficar restrita, inclusive,  somente a formação do futuro profissional doutor. Hoje nós estamos com as duas universidades com a UECE e com a UFC formando produtores rurais que tenham o 2º grau e cursos de extensão da própria universidade, que esse é um curso seqüencial. Nós estamos fazendo curso em Limoeiro e outro aqui em Fortaleza, cada um com 50 proprietários rurais, os produtores rurais e alguns técnicos para que aprimorem o seu conhecimento com vistas como aumento da produção e da produtividade e, obviamente, dos seus ganhos e dos seus melhores resultados financeiros.

Então eu acho que esse distanciamento não existe. Um professor, certa feita, num artigo de jornal O POVO fez criticas arcebas (sic) a  iniciativa que o CIC tomou à época, com o que eu creio que não recebeu o apoio dos seus colegas. Eu creio que isso é tudo.

Eu quero lembrar o fato que o Jorge lembrou no café da manhã e eu tive o desprazer de ler o artigo muito mordaz e pouco educado para,  pelo menos para quem quer dá uma contribuição despretensiosa e gratuita, como é o nosso caso.

(LUIS GASTÃO)
Só colaborando eu queria colocar que as três federações participaram. Eu não tive presente, mas o Sérgio Porto era vice-presidente e estava presente  que ele teve que participar dos encontros com as universidades.


(TORRES DE MELO)
Realmente é porque a sua presença é tão marcante que eu não lhe vendo eu não vejo a Federação do Comércio (RISOS GERAL).

(LUIS GASTÂO)
Mas temos participado e temos várias parcerias com as universidades também, inclusive com a Universidade Federal e dentre outras que vêm buscando. Acredito que isso vai ser intensificado muito agora a partir da Cadeia, também a partir da Cadeia.

(JORGE PARENTE)
Alguma outra pergunta? Então vamos encerrar. Eu queria mais uma vez agradecer a presença de todos os senhores e convidá-los para o dia 27. Dar divulgação prévia para que sobretudo naquelas linhas dos jornais que vão para o interior. Porque esse evento que busca uma estratégia para proporcionar melhores políticas de capacitação, visando o emprego e a renda no estado do Ceará. Eu quero agradecer ao Gastão e ao Torres de Melo, esses dois companheiros que nós estão sintonizados.

E quero dizer mais uma vez com relação a uma pergunta que foi feita aí, que nós não consultamos o Governo do Estado prá fazer esse consórcio não. Porque nós estamos fazendo um trabalho em prol do desenvolvimento da Sociedade do Estado do Ceará. Então se Governo do Estado é de uma linha moderna, nós então vamos fazer em parceria também com o Governo Estadual, Municipal e Federal.

Nós estamos agora assinando aqui formalmente, na presença dos senhores, a formação da Cadeia Produtiva do Estado do Ceará.

Obrigado a todos. Boa noite!

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