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Energia em Pauta discute os impactos da pandemia para o setor de geração distruibuída

02/06/2020 - 19h06

O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia/CE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) realizaram nesta terça-feira (2/6) a 3ª edição do Energia em Pauta, com o tema “Futuro da Geração Distribuída Pós Pandemia”. O evento foi transmitido pela internet e contou com a participação online de mais de 170 pessoas. O consultou da FIEC, Jurandir Picanço, foi o mediador.

A abertura do evento ficou a cargo do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, que enalteceu o trabalho desenvolvido pelo Sindienergia, sindicato liderado pelo empresário Benildo Aguiar. "É um grupo que está sempre preocupado em trabalhar, em enfrentar as mudanças, em acompanhar e orientar sobre as alterações de legislação. Este ano não tem sido um ano fácil, mas precisamos estar unidos para que esse setor tão importante cresça. Não temos como voltar atrás, temos que procurar sempre novos caminhos para ir em frente", disse.

O Energia em Pauta também foi prestigiado pelo ex-presidente da FIEC, Beto Studart. "É fundamental discutirmos o futuro pós-pandemia. Achava que já tínhamos enfrentado desafios grandes demais nos últimos anos, mas este cenário imprevisível nos pegou de surpresa. Admiro o trabalho que o nosso amigo Ricardo Cavalcante está desenvolvendo para auxiliar os industriais cearenses neste momento", afirmou.

A programação oficial teve início com a palestra do coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim. Rolim apresentou números de geração distribuída no Ceará e fez um retrospecto sobre a revisão da resolução 482 e seus impactos. "Em termos de potência instalada, temos uma forte presença em Fortaleza, Eusébio e Juazeiro do Norte. Temos o Estado do Ceará bem povoado de paineis solares, mas estamos apenas iniciando", disse.

Em seguida, o CEO da Greener, Márcio Takata, falou sobre “Sistema de geração FV - Impactos com a variação cambial e logística”. Takata alertou que o setor ainda pode sofrer com a variação cambial. "A questão cambial é importante na formação de custos. Ainda temos uma parte significativa de empresas trabalhando com um estoque de equipamentos adquiridos antes da crise, a um câmbio reduzido, o que faz com que elas consigam manter preço competitivos. Torcemos para que isso permaneça, mas é algo que precisamos estar atentos", explicou.

Por fim, Ricardo Correia, diretor do Sindienergia/CE, falou sobre “Perspectiva de retomada do mercado de GD local pós pandemia”. Correia reforçou pontos que deve fazer a diferença no momento de retomada de negócios, como a capacidade de adaptação ao mundo digital e a importância de tecnologias agregadas aos equipmentos. "As empresas que trabalham com sistemas remotos de monitoramento solar e eólico conseguiram fazer a manutenção de seus clientes sem precisar ir pessoalmente ao local. Isso é uma tendência daqui pra frente", disse. 

O evento foi prestigiado pelo empresário Lauro Fiuza, pioneiro no setor. "A previsão é de que até 2050, 50% da energia do mundo será renovável. Acredito que nosso setor auxiliará, e muito, a retomada da economia pós-pandemia", afirmou.

Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuídas (ABGD) também marcou presença na programação.

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