Futuras Cientistas: Observatório da Indústria - Ceará participa, pelo segundo ano, de programa que incentiva presença de mulheres na ciência
Pelo segundo ano seguido, o Observatório da Indústria - Ceará, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), é selecionado para fazer parte de uma importante iniciativa nacional que pretende incentivar a presença de meninas e mulheres nas áreas de Ciência, Tecnologia, Matemática e Engenharia (STEM). Por meio do programa Futuras Cientistas, desenvolvido pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), a instituição cearense tem contribuído na oferta de conhecimento a adolescentes da rede pública, promovendo inclusão social e equidade de gênero no campo científico.
Neste ano, assim como na edição 2024 da iniciativa, o Observatório da Indústria Ceará teve aprovado, entre diversas propostas inscritas por organizações de todo o Brasil, o projeto “Educação financeira na trilha do conhecimento”, cuja ideia é apresentar conceitos de finanças e produção científica às participantes.
Escolhidas pelo CETENE, seis estudantes do Ensino Médio de escolas localizadas em Fortaleza, Tamboril, Palmácia e Guaramiranga são contempladas na ação do Observatório. Até o fim deste mês, elas participarão de aulas e oficinas sobre conteúdos de economia, educação financeira, orçamento e gastos pessoais, investimentos, finanças comportamentais, iniciação científica e entre outros temas.
Além disso, as alunas têm a oportunidade de conhecer a trajetória de mulheres na ciência e no ambiente corporativo, assistindo, inclusive, a palestras com as profissionais do Observatório da Indústria Ceará.
“Nosso corpo de profissionais é majoritariamente feminino. Por isso, quisemos mostrar também como é importante ter essas mulheres no Observatório da Indústria, que é um espaço de tecnologia, inteligência de dados e informação, e mostrar como elas chegaram até ali”, explica Ohanna Fraga, Especialista em Inteligência Competitiva do Observatório da Indústria Ceará e uma das mentoras do projeto.
Segundo ela, a presença do Observatório em duas edições seguidas do Futuras Cientistas é uma validação do trabalho realizado e uma prova da relevância do conhecimento desenvolvido dentro da instituição para a sociedade.
“Para nós, como organização, também é muito importante participar de projetos de responsabilidade social como esse. Muitas dessas meninas não têm noção de onde elas podem chegar, e a gente apresenta aqui a história de mulheres que vieram de realidades completamente distintas, muitas vezes não favorecidas, e que chegaram a uma graduação, um mestrado e um doutorado, e hoje trabalham aqui”, afirma Ohanna.
Para Samile, Mariana, Gabrielle, Renata, Elisabete e Ana Luiza - as seis estudantes participantes do projeto da FIEC - a ciência parecia apenas objeto de estudo nos livros da escola. Aos 16 anos de idade, elas se inscreveram no projeto por incentivo de professoras, com o intuito de aprender noções de educação financeira. Após entrarem no programa, no entanto, as adolescentes passaram a ver na ciência não apenas uma carreira, mas uma oportunidade de transformação social.
“Nós estávamos muito limitadas a um tipo de ciência, que era a do colégio. Mas aqui nos mostraram que ciência não é só laboratório e não é só para homens. Quando chegamos em um ambiente como o Observatório, em que a maioria das pessoas trabalhando são mulheres, foi uma inspiração muito grande”, disse Gabrielle Máximo, estudante do município de Guaramiranga.