Ricardo Cavalcante e Cândido Albuquerque assinam termo de cooperação técnica de fomento à inovação industrial entre FIEC e UFC
Buscando estimular a inovação e o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico industrial, o Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, e o Reitor da Universidade Federal do Estado do Ceará (UFC), José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque, assinaram um Termo de Cooperação Técnica entre as Instituições na manhã desta sexta-feira (15/01), na sede da Casa da Indústria. A atividade potencializará o desenvolvimento tecnológico de ponta no Estado.
“O momento representa uma união de esforços em prol da sociedade e do desenvolvimento industrial da região. Antes, academia e indústria atuavam em separado. Agora, vamos dividir conhecimento, laboratórios, fazer essa ligação para trazer mais agilidade, promover inovações tecnológicas e desenvolvimento para o Ceará”, declarou Ricardo Cavalcante.
A parceria possibilitará a otimização de recursos, através do compartilhamento de espaços físicos, a exemplo do Centro Tecnológico da UFC, de conhecimento técnico, da pesquisa, extensão e do desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, além de práticas de estímulo à inovação e ao empreendedorismo inovador entre a UFC e a FIEC, e suas Casas (SESI Ceará, SENAI Ceará e IEL Ceará).
A colaboração promove ainda eixos importantes como "inovação aberta", "vitrines tecnológicas", "codesenvolvimento de startups" e "pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) de soluções para a indústria". A união das instituições também vai possibilitar um olhar mais atento à formação de novos profissionais, professores, além de um programa integrado de estágio.
A ação fará com que o Ceará esteja em igualdade de competitividade com outras regiões do mundo na fomentação tecnológica, como explicou o Reitor da UFC. “Hoje, o que diferencia o mundo são os países que produzem tecnologia, que empreendem e tem inovação e aqueles que não tem. Esse convênio possibilitará que os setores produtivos do Estado possam conhecer melhor o parque da UFC e a nossa pesquisa, que são fundamentais para os empresários empreenderem e inovarem”, disse Cândido Albuquerque informando que a difusão do conhecimento trará ganhos concretos às Indústrias.
Durante a assinatura do termo de cooperação, o Presidente da FIEC aproveitou a oportunidade para fazer a doação de 20 capacetes de respiração assistida (Elmo) para o Hospital Universitário Walter Cantídio. O produto foi o primeiro resultado da parceria e vem salvando vidas em todo o país através de tecnologia que permite ofertar oxigênio a uma pressão definida, ao redor da face, ao ser acomodado ao pescoço do paciente, permitindo descartar a necessidade de intubação.
A parceria tem como objetivo fortalecer a agenda de desenvolvimento industrial tecnológico cearense que, por meio do estímulo à inovação, possibilitará a transferência tecnológica necessária para impulsionar a produção industrial e o desenvolvimento econômico do Estado.
Além dos citados na notícia, estiveram entre os presentes: Glauco Lobo, Vice-reitor da UFC; Augusto Albuquerque, Pró-reitor de Relações Internacionais e de Desenvolvimento Institucional da UFC; Edgar Gadelha, Diretor Financeiro e Presidente do SINDCARNAÚBA; Sampaio Filho, Diretor de Inovação e Tecnologia da FIEC, Presidente do SIMEC e Líder do Observatório da Indústria; Paulo André Holanda, Diretor Regional do SENAI-CE; Veridiana Grotti, Superintendente do SESI-CE e Dana Nunes, Superintendente do IEL-CE.
Capacete Elmo – Parceria de Sucesso
Um dos maiores cases de sucesso nos últimos tempos no Brasil, o capacete Elmo, produzido em apenas 90 dias, é fruto de uma iniciativa conjunta entre a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará); Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP) e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap); da Universidade de Fortaleza (Unifor); e da Universidade Federal do Ceará (UFC). O capacete Elmo também contou com o apoio da Esmaltec e Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
Um de seus diferenciais é o baixo custo, que garante facilidade de produção em larga escala. O modelo segue um tipo adotado em países da Europa, como a Itália, que teve bons resultados, com redução da necessidade de aparelhos de ventilação mecânica.
O equipamento pode ainda ser desinfetado e reutilizado. O capacete prevê a utilização de um mecanismo de respiração artificial não-invasivo, sem necessidade de o paciente ser intubado, com maior segurança também para os profissionais de saúde. Ele é capaz de reduzir a necessidade de respiradores pulmonares artificiais, pois trata-se de uma oxigenoterapia do paciente que inala oxigênio puro e não re-inala o CO2 produzido, que tampouco é expelido no ambiente, evitando a contaminação dos demais.