Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) lança programas na FIEC
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) foi palco, na manhã de hoje (23), com a presença do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Pereira, e do governador Camilo Santana, do lançamento de dois importantes programas com potencial para alavancar os negócios brasileiros nos próximos meses: o programa Brasil Mais Produtivo (PBMP) e o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). As iniciativas buscam aprimorar o processo produtivo das empresas atendidas e ampliar a entrada dos produtos cearenses no mercado internacional.
O presidente da FIEC, Beto Studart, abriu o evento lembrando que momentos de recessão são também momentos de oportunidades. “O PNCE propõe a possibilidade de inserção no mercado externo. Neste momento, ultrapassar fronteiras comerciais não pode ser uma via de mão única. Precisamos saber comprar e saber vender. Quanto mais capacidade tivermos, melhores oportunidades teremos de nos tornar competitivos. O processo de internacionalização não é simples e o governo federal tem um papel fundamental”, disse.
O ministro Marcos Pereira, afirmou que os últimos meses não apresentaram números favoráveis, mas já é possível sentir sinais de recuperação, com o retorno da confiança dos empresários. “Apesar disso, continua sendo um grande desafio encontrar novos caminhos de desenvolvimento, principalmente nesses tempos de ajuste fiscal e crédito reduzido. Para a indústria voltar a ter o protagonismo no crescimento do país, precisamos melhorar a sua competitividade”. Nesse sentido, a exportação seria uma alternativa quando o mercado interno se mostra recessivo.
O governador Camilo Santana falou do cenário propício para exportações no âmbito do estado, com o funcionamento da única Zona de Processamento de Exportações do país. Santana aproveitou a oportunidade para reforçar junto ao Ministério a importância da conclusão da transposição do rio São Francisco: "Um dos nossos maiores problemas é a seca, que castiga o povo cearense há anos e prejudica muito as nossas exportações, principalmente de frutas. Temos uma fruticultura muito forte que não está se desenvolvendo como poderia".
Após a solenidade de abertura da programação, empresários interessados em fazer o cadastro nos programas puderam contar com esclarecimentos e orientações de técnicos do Mdic, do Sebrae e do Senai.
Brasil Mais Produtivo
Até 2017, 150 empresas cearenses devem ser impactadas positivamente pelo programa, que prevê intervenções rápidas de baixo custo para aumentar a competitividade das indústrias. No Brasil, esse número salta para três mil empresas, totalizando um investimento de R$50 milhões. O objetivo é aumentar a produtividade em, no mínimo, 20%, focando na redução de sete desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. A primeira fase do programa prioriza os segmentos metalomecânico, calçados, alimentos e bebidas e confecções.
Cultura Exportadora
Já o PNCE oferece ao setor produtivo ferramentas de treinamento, capacitação, consultoria para adequação de produtos e identificação de mercados. Tem o objetivo de aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior e conta com três temas transversais para o direcionamento das empresas: financiamento, qualificação e gestão.