Intercâmbio de Lideranças Setoriais reúne dirigentes de sindicatos da indústria química e farmacêutica de todo país em Fortaleza
A Federação das Indústrias do Ceará (FIEC) sediou nesta sexta-feira (29/7) o 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Química e Farmacêutica do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da FIEC e do Sebrae. O evento reuniu 15 presidentes de sindicatos de 11 estados brasileiros, além de dirigentes do Sindquímica-CE.
O objetivo do encontro era fortalecer a rede sindical da indústria química e farmacêutica, dando continuidade à troca de experiências iniciada no 1º Intercâmbio, realizado em dezembro de 2014 em São Paulo, e definindo temas prioritários e propostas de solução para que os sindicatos possam avançar na defesa dos interesses do setor.
O presidente Beto Studart abriu o encontro dando as boas-vindas aos participantes. Studart recordou sua atuação no segmento químico como empresário e líder de entidades classistas, como a Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas (AENDA). “É um mercado apaixonante, mas que também nos exige muito. Esse movimento associativo é fundamental para o sucesso do setor e das empresas. Enquanto presidente da AENDA descobri a importância disso. Hoje me vejo como presidente da Federação das Indústrias talvez por conta da minha mentalidade associativa”, afirmou.
A gerente executiva de Desenvolvimento Associativo da CNI, Camilla Cavalcanti, conduziu a reunião de trabalho e traçou um panorama do programa no Sistema Indústria. Segundo ela, o modelo do programa evoluiu desde que foi criado m 2007 e hoje ele possibilita uma maior flexibilidade para a atuação dos sindicatos. “O intuito do programa é apoiar os sindicatos em ações mais estruturantes, para torná-los mais sustentáveis e representativos”, sintetizou.
Um dos destaques da programação da reunião foi a apresentação de boas práticas do Sindquímica-CE, realizada pelo presidente Marcos Soares. Formado por 98 associados, o sindicato é um dos mais atuantes do setor no Brasil e coordena um projeto inovador que é o condomínio industrial químico de Guaiúba, que abrigará 28 indústrias e demanda investimentos de cerca de R$ 100 milhões. O projeto foi alvo de elogios por parte dos presidentes de outros sindicatos.
Após a apresentação de Marcos Soares, foi feita uma revisão dos desafios e propostas de soluções definidas no 1º Intercâmbio e inclusão de novas. Entre os principais desafios apontados estão entraves legais, recessão econômica, crise política, burocracia, segurança jurídica, tributação, arrecadação, gestão, além de outras.
Visita
A programação do 2º Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria Química e Farmacêutica teve início na tarde da última quinta-feira (28/7) com uma visita às obras de construção da unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Ceará, cuja inauguração está prevista para setembro de 2016.
O presidente do Sindquímica-CE, Marcos Soares, o representante da presidência da Fiocruz Ceará, Luis Fernando Pessoa de Andrade, e o pesquisador em Biotecnologia da Fiocruz, Marcos Lorenzoni, recepcionaram a comitiva ao lado de gestores e assessores da FIEC.
Todos conheceram as futuras instalações do Centro de Formação, Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Oswaldo Cruz, ligado ao Ministério da Saúde, que funcionará em 11 hectares do Polo Industrial e Tecnológico de Saúde do Eusébio, e será umas da âncoras ao lado do Centro de Plataformas Vegetais da Fundação Oswaldo Cruz (Biomanguinhos), que será construído em 30 hectares do terreno ao lado. Tudo às margens da Lagoa da Precabura em um espaço sustentável com área de preservação ambiental
A Bio-Manguinhos vai produzir vacinas, entre elas, uma para o tratamento da doença de Gaucher a base de proteínas em célula vegetal (de raíz de cenoura), e outra para febre amarela inativada também a partir de vegetais. No entorno, funcionarão outras companhias da área de saúde que estão sendo atraídas pelo Estado por meio de benefícios fiscais.
Após a visita, na sede da FIEC, em Fortaleza, os empresários conheceram as vantagens competitivas do Ceará para atrair empresas ao Polo Industrial e Tecnológico de Saúde do Eusébio e conheceram a maquete eletrônica da Unidade, formada por blocos de Pesquisa, Gestão e Ensino, Infraestrutura, além de auditório e anfiteatro. O investimento inicial destinado aos empreendimentos pelo Ministério da Saúde à Fiocruz no Polo Industrial da Saúde é de R$ 180 milhões. As obras dos prédios e dos acessos não foram finalizadas.