Indústria segue em retração, mas com perspectiva de elevação da demanda
O 1º semestre de 2016 se encerra com indicadores confirmando os rebatimentos da crise econômica brasileira sobre o segmento industrial cearense. A produção e o emprego permanecem em queda e a utilização da capacidade instalada segue abaixo do desejado pelo setor. Por outro lado, os estoques estão sendo mantidos em níveis compatíveis com a atual situação, de falta de demanda.
Os principais fatores para o persistente quadro de dificuldades da indústria, relatados pelos próprios empresários do setor, são, nesta ordem, a excessiva carga tributária, a demanda insuficiente e as expressivas taxas de juros. Em relação às expectativas para os próximos meses, o empresariado acredita em recuperação de parte da demanda e também no aumento das compras de matérias-primas, mas segue pessimista sobre melhorias no emprego, no investimento e nas exportações. Esse comportamento, naturalmente, pode ser explicado pelas incertezas que ainda existem sobre a retomada da economia nacional, ao menos no curto prazo.
Essas foram as principais conclusões da pesquisa Sondagem Industrial realizada pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria – CNI.