Ceará poderá abrigar Instituto de Tecnologia de Energia Renovável
O Ceará poderá contar com um Instituto de Tecnologia de Energia Renovável. O Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eronildo Braga Bezerra, disse que o Estado reúne as condições necessárias para abrigar o Instituto. Eronildo Bezerra participou de uma oficina sobre "Certificação em Energias Renováveis", promovida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, na manhã de quarta-feira, 3/2, na FIEC. O secretário Inácio Arruda garantiu que o Governo do Estado está trabalhando para garantir a vinda desse grande empreendimento para o Ceará.
O Inter irá funcionar como um centro de testes e demonstrações em energia eólica no Brasil e realizará testes em protótipos, desenvolvendo tecnologia e pesquisa aplicada, favorecendo a transferência de conhecimento e fomentando a formação de especialistas no setor de energias renováveis. De acordo com o estudo elaborado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE, estão previstos investimentos de R$ 404.591.577,00 milhões para instalação do Inter, incluindo as despesas com obras e construções; equipamentos; recursos humanos; administração, operação e manutenção.
A ideia é que o Inter seja uma instituição de caráter misto, com a presença da iniciativa privada. O MCTI já conta com um estudo detalhado para a implantação do Centro. Um grupo de trabalho será criado com a participação do MCTI, governo estadual, indústria e pesquisadores cearenses para formatar uma proposta final para o empreendimento.
Energias Renováveis no Brasil
Grande parte da matriz energética brasileira é oriunda de fontes renováveis, principalmente biocombustíveis, como a biomassa de cana e energia hidráulica, com 39,4% da produção nacional. No entanto, as energias não renováveis - petróleo e derivados e gás natural ainda configuram a maior parte da produção, com 60,6% do total.
De acordo com estudo apresentado pelo articulador do MCTI, Rafael Menezes, a previsão é que até 2024, a produção de energia eólica passe para 11,6% da matriz, com produção de 24 Gigawatts, tornando-se a terceira maior fonte de energia elétrica no País.
Até o final de 2015, a capacidade instalada no País somava 7,9 GW de geração de energia eólica, classificando o Brasil em 10º lugar no ranking mundial. "Somos o quarto País que mais aumentou capacidade de energia éolica no mundo", revela Rafael.
O Nordeste é a região brasileira que reúne as condições mais favoráveis para o desenvolvimento da energia eólica. "Os ventos do Nordeste são os melhores do mundo, fortes, unidirecionais e constantes", explica Rafael. Dos 7,9 GW produzidos no País, 1,7 GW estão no Sul e 6,2 GW no Nordeste onde são instalados grandes parques eólicos, principalmente no Rio Grande no Norte, Bahia e Ceará.
Contou com a presença do secretário da Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda; do secretário da Infraestrutura, Renato Rolim; do secretário executivo da Secitece, Gilvan Paiva; do reitor do IFCE, Virgílio Araripe; do presidente do Nutec, Francisco Magalhães; do diretor científico da Funcap, Luiz Drude; do consultor da Fiec, Jurandir Picanço e do superintendente do ITIC, Carlos Artur Sobreira, além de empresários e pesquisadores da UFC, Uece, IFCE e Unifor.