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COTEMA fecha 2025 com análise estratégica da COP 30 e caminhos para a agenda climática no Ceará

15/12/2025 - 17h12

O Conselho Temático do Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (COTEMA) realizou, nesta quarta-feira (10/12), a oitava e última reunião de 2025. O encontro, na Casa da Indústria, reuniu representantes de diversos setores para uma avaliação abrangente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em novembro, em Belém (PA).

A reunião foi conduzida pelo presidente do COTEMA, Marcos Albuquerque, que reforçou a importância de ouvir quem acompanhou a Conferência presencialmente. Segundo ele, compreender os desdobramentos da COP por meio de relatos diretos era fundamental, especialmente diante da relevância dos temas para o setor industrial. “Convocamos duas pessoas que participaram do evento, o Daniel Fernandes, da Associação Caatinga, e a Alcileia Farias, do Núcleo ESG da FIEC, para que trouxessem um olhar vivido sobre o que ocorreu. Uma coisa é o que chega pela imprensa, outra é entender com quem esteve lá e acompanhou de perto as discussões sobre transição energética, preservação ambiental e proteção das florestas”, destacou.

A Coordenadora do Núcleo ESG da FIEC, Alcileia Farias, apresentou um panorama dos principais resultados e destacou pontos positivos, especialmente no campo da conservação ambiental. Para ela, apesar de acordos terem ficado aquém do esperado, oportunidades concretas surgiram e devem gerar efeitos já no início de 2026.

“O que vimos na COP foram grandes oportunidades. Mesmo que alguns tratados tenham avançado menos do que se esperava, saímos de lá com resultados reais. A Criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) foi um diferencial trazido pelo governo brasileiro logo nos primeiros dias, um fundo que garante recursos para reflorestamento e manutenção das florestas. Além disso, a Caatinga esteve fortemente presente nas discussões, com estados e organizações reforçando sua biodiversidade e sua importância para o povo nordestino. Trazemos a certeza de que, mesmo que pouco, há uma caixa disponível, com acordos assinados e a expectativa de editais a partir de janeiro”, afirmou.

Já o Diretor Executivo da Associação Caatinga, Daniel Fernandes, que também esteve na COP 30, detalhou avanços estruturantes e pontos de atenção no cenário global de enfrentamento às mudanças climáticas. Entre os destaques, mencionou a Carta de Belém e a criação de mecanismos de financiamento e monitoramento.

“Tivemos alguns avanços, como a implementação da Carta de Belém, que prevê ações de mitigação, triplicação de investimentos e indicadores concretos para medir o progresso, além do TFFF, que já reúne quase US$ 7 bilhões para remunerar países que conservam suas florestas”, explicou.

Ao mesmo tempo, Daniel apontou frustrações da COP, especialmente em temas estratégicos para o mundo e para o Brasil. “Faltou um roteiro claro para a transição energética e para reduzir o desmatamento a zero. São temas urgentes, mas difíceis diante de interesses geopolíticos e econômicos divergentes”, afirmou. Ele também destacou a participação da Associação Caatinga em painéis apoiados pela FIEC, como o que discutiu soluções baseadas na natureza. “Essas soluções contribuem para proteger a Caatinga e promover desenvolvimento sustentável, com exemplos que vão da criação de unidades de conservação à restauração florestal e às tecnologias sociais que geram renda no semiárido".

Daniel encerrou reforçando a parceria com o Sistema FIEC: “Esperamos que a Federação continue estimulando a transição energética no Ceará e promovendo ações que contribuam para conservar nossos recursos naturais, principalmente a Caatinga, que ocupa mais de 90% do território do Estado”.

A reunião contou com representantes da FIEC, como o Gerente de Desenvolvimento Sustentável, Joaquim Rolim, o gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia (UNITEC) do SENAI Ceará, Tarcísio Bastos, e da assessora dos Conselhos Temáticos, Leciane Lobo; além de sindicatos patronais, instituições acadêmicas, OAB Ceará, Funasa, empresas e consultorias. O encontro reforçou o papel do COTEMA como espaço de diálogo técnico e estratégico, integrando indústria, meio ambiente e sociedade civil em torno de uma agenda de desenvolvimento sustentável para o Ceará.

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Ambiental

6 Água potável e saneamento 7 Energia acessível e limpa 9 Indústria, inovação e infraestrutura 11 Cidades e comunidades sustentáveis 12 Consumo e produção responsáveis 13 Ação contra a mudança global do clima 14 Vida na água 15 Vida terrestre

Social

1 Erradicação da pobreza 2 Fome zero e agricultura sustentável 3 Saúde e bem-estar 4 Educação de qualidade 5 Igualdade de gênero 6 Água potável e saneamento 8 Trabalho decente e crescimento econômico 9 Indústria, inovação e infraestrutura 10 Redução das desigualdades 12 Consumo e produção responsáveis 16 Paz, justiça e instituições eficazes

Governança

5 Igualdade de gênero 8 Trabalho decente e crescimento econômico 9 Indústria, inovação e infraestrutura 11 Cidades e comunidades sustentáveis 12 Consumo e produção responsáveis 13 Ação contra a mudança global do clima 16 Paz, justiça e instituições eficazes 17 Parcerias e meios de implementação
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