No Dia Mundial da Saúde Mental, IEL Ceará celebra um ano de apoio psicossocial aos alunos do Programa Jovem Aprendiz
Neste Dia Mundial da Saúde Mental, comemorado hoje (10/10), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) celebra o sucesso de uma iniciativa que vem impactando centenas de jovens do seu Programa Jovem Aprendiz. Por meio do programa, o IEL Ceará oferece, em parceria com a Praxis, um serviço de apoio psicossocial cujo principal objetivo é a promoção da saúde mental nessa fase tão importante da vida de qualquer profissional, que é o ingresso no mercado de trabalho. Esse serviço é um dos diferenciais do programa do IEL Ceará e completou um ano de existência em agosto, proporcionando a reflexão sobre assuntos que impactam diretamente no bem-estar dos aprendizes e no desenvolvimento de habilidades para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade.
O serviço promove oficinas temáticas mensais, cujos temas são definidos pelos próprios alunos. Eles participam de uma enquete, por meio de um formulário, e apontam os assuntos mais relevantes para o seu dia a dia. Neste mês de outubro, o tema escolhido foi assédio e violência contra a mulher e para discuti-lo o programa contou com convidados especiais da Procuradoria Especial da Mulher, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). A primeira oficina ocorreu na última quarta-feira (9/10) e teve a participação de 110 aprendizes dos cursos de assistente administrativo, assistente de microcrédito e operador de telemarketing, sendo 30 de maneira presencial, divididos em dois turnos, e outros 80 jovens online. Ao todo, o programa beneficia cerca de 600 alunos e os demais serão contemplados com a oficina ao longo do mês.
A equipe da Procuradoria que conduziu a primeira oficina era formada pela agente sociocultural Alice Brasil, a enfermeira Brenna Gadelha, as advogadas Anne Tavares e Alyne Prado, a assistente social Adriana Fortaleza e os psicólogos Lisa Tavares e Erlito Rabelo, que também integra a Praxis. Durante o bate-papo, os convidados falaram sobre a Lei Maria da Penha, explicaram os diferentes tipos de assédio e de violência doméstica e familiar e também abordaram formas de combater essas violências, mostrando como identificar comportamentos violentos e medidas para proteger a si mesma ou outras mulheres. O objetivo era conscientizar sobre a gravidade do problema dados os seus impactos na saúde mental e física das mulheres e fornecer informações sobre como construir uma cultura de respeito e igualdade, incluindo a importância de se envolver na prevenção de violências.
“Nós homens não sofremos essa violência diretamente, mas podemos sofrer indiretamente através de pessoas do nosso convívio. Além disso, temos a obrigação de combater a violência, seja incentivando a mulher a procurar ajuda, seja levando ela a um serviço especializado, se for necessário”, destacou o psicólogo Erlito Rabelo.
Na opinião da aprendiz Luiza da Costa Cavalcante, aluna do curso de Operador de Telemarketing, a oficina foi de grande importância para a turma. “Infelizmente, temos muitos jovens e familiares desses jovens que presenciam eventualmente uma situação de violência contra a mulher, mas não sabem como lidar com a situação. Os palestrantes levaram as informações de uma maneira didática, fluida e de fácil entendimento. Nós, como jovens e pessoas que trilham futuros, precisamos estar cientes e saber como nos portar diante de tais acontecimentos. Precisamos de informação, conhecimento e sensibilidade com um assunto tão atual, e os palestrantes, de maneira ímpar, conseguiram trazer isso”, disse.
Apoio psicossocial
Ao longo de pouco mais de um ano, as oficinas abordaram diversos temas relevantes como redes sociais, relações familiares, cuidados em saúde mental no trabalho, propósito de vida, prevenção e conscientização ao suicidio. “As oficinas impactam os jovens de forma preventiva e informativa. Todas as oficinas tem objetivo de informar, prevenir e cuidar da saúde mental destes jovens nos mais diversos âmbitos que fazem parte, como no trabalho, família e sociedade”, pontua Erlito.
A coordenadora do Programa Jovem Aprendiz do IEL Ceará, Ana Régia Lopes de Souza, explica que a ideia de proporcionar um ambiente de apoio psicossocial para os alunos é garantir que os jovens tenham um desenvolvimento pleno para que possam contribuir efetivamente com as empresas, com o mundo. “Entendemos que ao oferecer informações de qualidade, focando na prevenção, nesse ambiente seguro, de escuta acolhedora, estamos cuidando da saúde mental desses jovens e, consequentemente, do futuro do trabalho. Estamos muito felizes e orgulhosos do impacto que esse trabalho gera para os nossos jovens”, justifica.
Além das oficinas, o serviço disponibiliza também um plantão psicológico permanente, onde os jovens que estão passando por alguma situação difícil são atendidos por um psicólogo. Nessa conversa, regida pelo sigilo preconizado pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, o jovem pode encontrar uma escuta acolhedora, sem julgamento, e orientações individualizadas.
Para atender a todos os alunos do programa, o plantão psicológico é disponibilizado na modalidade on-line, em três dias da semana. “Esse trabalho também inclui a orientação dos jovens em relação à rede de apoio e aos serviços públicos disponíveis em cada município, a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial, Caps”, acrescenta Ana Régia.
Capacitação para o futuro
Muito mais que cumprir o que determina a Lei da Aprendizagem, o IEL Ceará prepara os jovens para os desafios reais do mundo do trabalho, contribuindo para o desenvolvimento de competências e habilidades exigidas pelas empresas. Lançado em 2021, o programa começou com uma pequena turma na modalidade presencial, em Fortaleza. Pouco a pouco, o programa foi avançando e hoje ultrapassa as fronteiras do Nordeste. O IEL Ceará é responsável pela capacitação teórica, que dura em torno de dois anos, e pela certificação dos alunos, enquanto as empresas dão a formação prática, no ambiente corporativo.