Ceará registra crescimento de 56% no déficit comercial, que totalizou US$ 1,12 bilhão, e representou uma melhoria significativa em relação a 2022
O panorama do comércio exterior do Ceará em 2023 demonstra um cenário misto, marcado por desafios e algumas melhorias em relação ao ano anterior. Enquanto o Brasil celebrava recordes no comércio exterior com um saldo de US$ 98,8 bilhões e um total histórico de US$ 339,7 bilhões em exportações, o estado do Ceará enfrentava uma dinâmica mais complexa.
Os números foram apresentados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), na edição anual do Ceará em Comex. Este relatório, desenvolvido com base em dados atualizados do comércio exterior, tem como objetivo fornecer informações essenciais para empresários, pesquisadores e demais interessados no comércio internacional do Ceará.
As exportações do estado, que totalizaram US$ 2,03 bilhões, sofreram uma redução de 13,1% em relação ao ano anterior. Por outro lado, as importações também diminuíram, passando de US$ 4,9 bilhões em 2022 para US$ 3,16 bilhões em 2023, uma queda de 35,6%, resultando em um déficit comercial de US$ 1,12 bilhão que, no entanto, representa uma melhoria de 56% em relação a 2022.
No cenário nacional, o Ceará ocupou a 17ª posição em exportações, contribuindo com 0,6% do total das exportações brasileiras, uma leve diminuição em relação ao ano anterior. Em termos de importações, o estado representou 1,3% do total brasileiro. Regionalmente, manteve-se como o quarto maior exportador no Nordeste, com 8,2% das exportações da região, e uma posição similar nas importações, com 11,8% do total regional.
Os principais setores de exportação do Ceará em 2023 incluíram ferro fundido, ferro e aço, com exportações de US$ 1,08 bilhão, apesar de uma redução anual. O setor de calçados também foi significativo, embora tenha enfrentado uma queda de 8,8%. As frutas, incluindo melões e castanhas de caju, mostraram um desempenho positivo, com um aumento de 15,5% em relação a 2022.
Entre os itens importados, houve uma diminuição marcante nos combustíveis minerais, com uma queda de 61,9%, enquanto as importações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e produtos químicos orgânicos também foram expressivas, apesar de terem apresentado reduções.
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