Projeto Meninas em Ação encerra programação com visita ao Museu da Indústria e entrega de certificados a alunas das escolas SESI SENAI
O projeto Meninas em Ação chegou ao fim nesta quinta-feira (05/10) com quarenta jovens estudantes das Escolas SESI SENAI e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) qualificadas e empoderadas para ocupar posições de destaque no setor de energias renováveis. Após dois dias de atividades voltadas à promoção da equidade de gênero no segmento, a ação foi encerrada com uma visita ao Museu da Indústria, equipamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), e a entrega de certificados às participantes.
A iniciativa faz parte da Ação Coletiva Integradas, que nasceu da união entre a Rede de Mulheres na Energia Solar (MESol) e o projeto Profissionais do Futuro - realizado pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) GmbH, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Institutos Federais.
As alunas, que integram os cursos de Energias Renováveis da Escola SESI/SENAI da Barra do Ceará e do IFCE de Maracanaú, receberam a certificação das mãos da Gerente da Unidade de Educação do SENAI Ceará, Sônia Parente.
“Para o SENAI, é muito importante reforçar essa ambiência e fomentar o envolvimento das mulheres em todos os segmentos tecnológicos, aqui com destaque para a área de energias renováveis”, destacou. “Com parcerias como a do GIZ, do MEC e do Instituto Federal, o SENAI consegue mostrar para a indústria e para a sociedade que estamos prontos para atuar cada vez mais e com foco muito forte no gênero e atendimento a mulheres e meninas”, acrescentou.
Durante o evento, a Diretora do Profissionais do Futuro pela GIZ, Julia Giebler Santos, parabenizou as participantes e agradeceu às instituições parceiras por abraçarem o projeto. “Estamos muito felizes. Para nós, a causa de como ter meninas no setor de energias é muito importante, e agradeço muito por esses dois dias, pela presença e o interesse nessa ação”.
O encerramento também contou com a presença da Secretária-Executiva de Políticas para Mulheres do Ceará, Liliane Araújo, que destacou a relevância do projeto para combater a divisão sexual do trabalho e incentivar a inclusão de meninas e mulheres em mercados tradicionalmente ocupados por homens.
“Temos mulheres na ciência, na tecnologia, na engenharia, na mecânica. Nós podemos estar onde quisermos. Vocês serão inspiração para que mais mulheres ocupem espaços que sempre foram nossos, mas que, por conta de uma sociedade patriarcal, muitas vezes não pudemos ocupar”, pontuou.
A estudante Theodora Teles, aluna da Escola SESI/SENAI da Barra do Ceará, conta que a experiência de integrar o projeto mudou sua visão sobre a participação das mulheres no setor de energias renováveis. “Depois desse evento, eu entendi que, se você tiver interesse, vale a pena correr atrás e tentar, porque é uma área que vem crescendo muito e tem várias oportunidades”.
Desafios
Além da visita ao Museu da Indústria, na qual a programação do segundo dia do Meninas em Ação foi marcada por desafios práticos, realizados na unidade do SENAI Ceará da Barra do Ceará. As alunas tiveram duas missões que envolviam placas fotovoltaicas e práticas ligadas à instalação de painéis de energia solar: calcular os ângulos formados pela direção e pela inclinação ideais para instalação das placas em telhados de residências e a medição de valores relacionados às correntes elétricas geradas pelos módulos.
Segundo a Consultora da GIZ, Fabiana Dias, os desafios são uma imersão na rotina de trabalho que simula a realidade de forma efetiva.
“A ideia das atividades é de que elas tenham um pouco da experiência prática, como é o dia a dia da instalação de placas solares. Isso aumenta a energia e o interesse delas pela profissão e pela busca de espaço no mercado de trabalho, pois a maioria delas já cursa Energias Renováveis. Mais do que isso, elas fortalecem a crença no próprio projeto de vida, de que é possível transformar e fazer, de que há caminhos”, afirma.