Empresas e Indústrias podem normatizar relatórios ESG em um padrão internacional
Se você tem uma empresa ou indústria, saiba que as informações relacionadas às práticas ESG são tão importantes quantos os relatórios financeiros e, por isso, podem viabilizar importantes investimentos futuros, inclusive os de instituições internacionais renomadas.
É o que os especialistas chamam de previsibilidade. Em outras palavras, quem disponibiliza o seu dinheiro em um projeto alheio quer a garantia absoluta de uma negociação sólida.
Até há alguns anos, a gestão transparente das empresas era o único quesito levado em consideração em um possível aporte financeiro. Em um tempo mais recente, todavia, as grandes multinacionais passaram a perceber que os temas afetos ao meio ambiente e à sociabilidade não poderiam mais estar alheios à cultura empresarial. Afinal, a preocupação com a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), além de outros recursos naturais, como por exemplo a água, precisam ter o protagonismo das próprias empresas e indústrias, como viabilidade econômica.
O tema levou a International Financial Standards Foundation (IFRS), instituição referência mundial em normas contábeis, a proposição de um padrão global para as divulgações de sustentabilidade por parte das empresas, no qual o documento servirá de parâmetro para divulgação voluntária por parte das organizações.
A ideia surgiu há quase dois anos e foi trabalhada com o Conselho internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB). Há boas expectativas, já que o Brasil estuda adotar a regra seguindo, dessa forma, as experiências adotadas no Canadá, Reino Unido, Cingapura, Nigéria, Chile, Egito, Quênia e África do Sul.
Se a iniciativa vier a ser colocada em prática, as negociações vão trazer muito mais segurança aos investidores internacionais, visto que eles constatarão, com facilidade, quais empresas e indústrias vão se adequar ao modelo ESG. Para isso, a adesão precisa ser aprovada pelo Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia ligada ao Ministério da Economia criada para fiscalizar a lisura no mercado financeiro e, assim, proporcionar negociações justas para os envolvidos.
Núcleo ESG da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC)
O Núcleo ESG da FIEC recebe a notícia da possibilidade da normatização dos relatórios sobre sustentabilidade em um padrão internacional, com as melhores expectativas possíveis.
Para a Coordenadora do Núcleo, Alcileia Farias, a constatação de boas práticas ESG só trazem benefícios para a iniciativa privada. “É muito salutar sabermos que a FIEC está em um nível de compatibilidade com uma das instituições internacionais mais respeitadas na área da contabilidade, que é a International Financial Standards Foundation (IFRS). Como ação, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará tem se notabilizado junto à sociedade cearense nas discussões sobre a temática ESG – o nosso núcleo é uma referência no país e, enquanto instituição, a FIEC tem propagado o incentivo aos nossos empreendedores sobre as práticas sustentáveis. O melhor exemplo foi a criação do Programa de Certificação do Selo ESG-FIEC, que prestigia as grandes iniciativas nessa área”, finalizou.