IEL Ceará reúne empresas para apresentar oportunidades e incentivos à inovação
A inovação pode estar mais perto das empresas do que se imagina. Para apresentar soluções capazes de aproximar a inovação dos negócios cearenses, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) realizou um encontro na manhã desta terça-feira (16/5), na Casa da Indústria, reunindo representantes de importantes empresas, como Cimento Apodi, M Dias Branco, Mallory, Pague Menos, Durametal, Arco, Ceneged, Lunelli, entre outras. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o programa Inova Talentos, operacionalizado pelo IEL Ceará, e também puderam se informar sobre como é possível desenvolver projetos para inovação a partir dos incentivos fiscais concedidos pela Lei do Bem.
A gerente de Inovação e Pesquisas do IEL Ceará, Margaret Lins, abriu o encontro dando as boas vindas à plateia e destacando o grande leque de oportunidades que o Sistema FIEC disponibiliza para as empresas inovarem. “O Sistema FIEC é provedor de soluções que atendem às diversas necessidades das empresas. Estamos sempre olhando para o mercado e quando a empresa chega com alguma demanda que porventura não seja atendida pelo nosso portfólio, a gente desenvolve a solução na medida para o cliente”, afirmou.
Em seguida, Fábio Braga, especialista de Inovação do IEL Ceará e mestre em Propriedade Intelectual, conduziu uma apresentação conceitual sobre inovação, mostrando como é possível engajar os times para a inovação acontecer e os comportamentos que devem ser estimulados. A analista de Inovação do IEL Ceará, Rafaela Sobral, deu continuidade à programação explicando sobre o Inova Talentos, um programa do IEL Nacional em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), operacionalizado pelo IEL Ceará.
O programa conecta jovens com vivência acadêmica (graduados, mestres ou doutores) a empresas que querem executar projetos inovadores. A empresa submete ao programa o seu projeto de inovação, o projeto é avaliado e a partir do momento de sua aprovação o IEL Ceará inicia, em parceria com a empresa, o processo de seleção dos profissionais. Além do recrutamento e da seleção, o IEL Ceará é responsável pelo acompanhamento dos pesquisadores ao longo do desenvolvimento do projeto. As empresas também contam com o apoio do IEL Ceará em todo o processo de elaboração dos projetos e de contratação dos bolsistas. Além disso, os projetos e suas respectivas entregas são monitorados pelo Instituto.
Por fim, Rodrigo Miranda, diretor da consultoria GAC, falou sobre a Lei n.º 11.196/2005, conhecida como “Lei do Bem”, que criou a concessão de incentivos fiscais para pessoas jurídicas realizarem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. De acordo com dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2014 a Lei beneficiou oito empresas no Ceará e hoje 54 empresas já utilizam os benefícios da Lei do Bem para inovar. No entanto, essa quantidade corresponde a apenas 1,8% das empresas brasileiras beneficiadas, o que mostra que as empresas cearenses ainda têm muitas oportunidades a explorar.
“Uma coisa legal que a Lei do Bem traz é que a inovação pode ser para a empresa, ela não precisa ser para o mercado. E se o projeto não atinge os resultados esperados, a empresa não precisa devolver o subsídio. A Lei é uma forma do governo incentivar as empresas a se arriscarem, a testarem algo diferente, a buscarem adquirir conhecimento e a criarem tecnologia internamente. É uma forma de o governo compartilhar esse risco de inovação com a empresa. Essa Lei não é exclusividade do Brasil. Mais de 80 países possuem leis semelhantes de incentivo à inovação”, informou o consultor.