ABNT lança documento com recomendações sobre os pilares ESG alinhado ao modelo implementado pela FIEC
A decisão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) de lançar a prática Recomendada 2030 – Ambiental, social e governança (ESG) – Conceitos, diretrizes e modelo de avaliação para organizações, traz luz a um tema de inesgotáveis debates. Mas, antes, é preciso contextualizarmos a circunstância.
A cerimônia ocorrida, em dezembro do ano passado, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) se concretiza em uma norma inédita e é fruto do amplo trabalho liderado pela ABNT na Organização Internacional de Normalização – ISO, que alinha os principais conceitos e princípios por meio de 42 indicadores de sustentabilidade divididos nos pilares ESG, sendo 14 ambientais, 15 sociais e 13 de governança.
Como sabemos, a sigla, em inglês, traduz os modelos de gestão pautados pelo respeito às regras de proteção ao meio ambiente, além das práticas sociais e de governança tornando, dessa maneira, as empresas muito mais competitivas, visto que os exemplos de ESG, necessariamente, trazem indicadores econômicos favoráveis à iniciativa privada.
A Norma é aplicável, portanto, a todos os tipos de organizações e também estabelece um modelo sustentável de avaliação e direcionamento, composto por escala de cinco níveis evolutivos, que permite à organização identificar seu estágio de maturidade, em relação aos indicadores baseados nos pilares ESG já citados, além de estabelecer metas de evolução. Em consulta recente junto as empresas, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) constatou que 49% das indústrias já contam com o ESG integrado à sua estratégia e que 32% estão em fase de planejamento dessa integração.
É importante destacarmos o fato de que a Prática Recomendada 2030 lançada pela ABNT vai totalmente ao encontro dos valores que a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) tem dado o merecido destaque ao tema e objetiva acelerar a materialização da sustentabilidade no cenário econômico cearense.
Para orientar as indústrias que tenham o interesse em se adequar ao que o mercado demanda, a FIEC criou um núcleo ESG em sua sede, em Fortaleza, a área corporativa nasceu com o propósito de contribuir para a disseminação de uma cultura de sustentabilidade no seio da indústria local, apoiando políticas voltadas para a redução dos impactos ambientais nos processos operacionais das indústrias, na realização de ações que valorizem o capital humano que nelas trabalham e no desenvolvimento de programas que fortaleçam as estruturas de governança corporativa dessas mesmas indústrias.
“ Para a nossa satisfação, 14 empresas já aderiram ao programa de certificação do Selo ESG da FIEC, cujo objetivo é fornecer ao mercado a avaliação e a validação dessas práticas nas empresas industriais cearenses, guiando-as à sustentabilidade, em alinhamento com as melhores práticas globais. Embora felizes, temos a convicção de que podemos lançar esforços para que esse número cresça de forma progressiva, ”, finalizou a Coordenadora do Núcleo ESG-FIEC, Alciléia Farias.