SENAI Ceará em parceria com SindPan, M. Dias Branco e Mulheres do Brasil forma última turma de confeiteiras de 2022
De mãos dadas, quinze novas confeiteiras se emocionaram ao recitar o trecho de uma clássica canção de Raul Seixas. “Sonho que se sonha só, é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. É o sentimento da Ellen, jovem de 24 anos, uma das quinze novas confeiteiras formadas pelo SENAI Ceará, em parceria com SindPan, M. Dias Branco e Mulheres do Brasil. “Quero começar o ano com a certeza de novos rumos. Com carteira de trabalho assinada”, disse.
O curso terminou nesta sexta-feira (06/01) depois de três meses de aulas ministradas na unidade do SENAI Jacarecanga. “O curso elaborado com muito profissionalismo, carinho e sensibilidade e, por todos esses motivos estamos com a prazerosa sensação do dever cumprido. Foi gratificante, por ter visto que as nossas alunas despertaram a autoestima e, a partir de agora, estão prontas para novos desafios”, contou a instrutora Lussandra Gurgel.
Para levar qualificação profissional, outras três instituições se mobilizaram. As farinhas e margarinas utilizadas nas aulas, por exemplo, foram doadas pelo grupo M. Dias Branco, além de kits de produtos de suas fábricas para as alunas do curso. “A parceria com o SENAI Ceará, reforça o nosso papel de Companhia que fomenta o empreendedorismo e profissionalização no setor alimentício. Essa iniciativa possibilita a recolocação no mercado de trabalho ou o empreendedorismo local. É gratificante participar de momentos como esse com 15 mulheres qualificadas e formadas e, agora, prontas para o mercado”, disse a analista de sustentabilidade do M. Dias Branco, Vitória Gadelha.
O Grupo Mulheres do Brasil participou de forma ativa. A entidade incentiva o empreendedorismo com ações em todos os estados do país e em mais de trinta países. “Esse foi um momento ímpar para que possamos valorizar cada vez mais a capacidade do ser humano. Dessa forma, reforçamos o compromisso do Grupo Mulheres do Brasil no fomento à criação, empreendedorismo e a geração de empregos, o que traz dignidade para as pessoas”, contou a líder fundadora do grupo Mulheres do Brasil, Annette de Castro.
Entre as voluntárias, Ruth Guedes destacou que foi um trabalho de amor e de sensibilidade com a causa social, e disse que se emocionou. Creuzimar Lima reforça: “Nós fizemos o cadastro das participantes e também a divulgação do curso em várias comunidades. Foi a forma que nós encontramos para estimulá-las de forma mais produtiva”, lembrou.
O Presidente eleito do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan) e Presidente da Rede Pão, Alex Martins, deixou claro que ações como essa são bem-vindas por mobilizarem o segmento econômico das padarias e confeitarias. “A conclusão desse curso nos traz muitas alegrias. Recebemos esse momento, portanto, com muito entusiasmo. O que posso afirmar é que, pela minha experiência, existem muitas vagas para pessoas que queiram se profissionalizar e, na condição de Presidente do SindPan, louvo a iniciativa do SENAI Ceará, ligado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará, (FIEC) por fomentar a promoção econômica e social para a coletividade”, finalizou.
Para a Gerente Executiva do SindPan, Sue Ellen Catunda, a expectativa é de crescimento do setor. “A gente acredita muito no potencial das pessoas, de modo que muitas vezes tudo que elas precisam é de apenas um incentivo para que os projetos pessoais saiam do papel e virem realidade. Portanto, estamos muito felizes por começar o ano proporcionando esse tipo de mobilização profissional”, disse.
Ao longo do ano de 2022, 200 pessoas foram qualificadas em 12 turmas da área de alimentos, nos cursos de confeiteiro, padeiro, pizzaiolo e salgadeiro. “Com essas iniciativas, nós tivemos a oportunidade de fazer parcerias que colaboraram com a missão do SENAI Ceará, de fortalecer a indústria e incentivar o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Nesse sentido, centenas de vagas foram ofertadas para pessoas de baixa renda de forma 100% gratuita, com o intuito de fomentar mão de obra para a indústria, bem como gerar empregabilidade e renda à população local através da qualificação profissional”, disse a Analista do Núcleo de Projetos Especiais do SENAI Ceará, Cláudia Mara de Vasconcelos.
Cláudia acrescentou ainda o papel social dos cursos. “Essas pessoas que ingressaram nos cursos estavam em situação de desemprego e, graças à união de forças entre SENAI Ceará, Sindicatos, Indústrias e instituições do terceiro setor, foi possível potencializarmos o papel da escola junto a esses alunos, fomentando a qualificação profissional e estimulando a formação de renda através do empreendedorismo, sobretudo resgatando a dignidade e a autoestima dessas pessoas, possibilitando assim o retorno ao mercado de trabalho”, concluiu.