Sindconfecções e Sindroupas reúnem parceiros e designer Italiano para produzir acessórios reaproveitando resíduos da indústria
Focados em contribuir para uma indústria mais voltada aos desafios da sustentabilidade, o Sindconfecções, o Sindroupas, o Instituto Idesco e a Fundação Marcos de Bruin deram o primeiro passo na estruturação de um núcleo produtivo utilizando aparas, retalhos e outros resíduos da indústria têxtil.
"Nessa etapa inicial, estamos promovendo a formação de pessoas e contribuindo para a geração de trabalho e renda, com a presença de Massimiliano de Lonti, de Milão, na Itália, especialista na fabricação de cintos, bolsas e outros acessórios", disse Daniel Gomes, presidente do Sindicato.
Durante toda essa semana, de 22 a 26 e de forma gratuita, pessoas da comunidade do Lagamar estão recebendo a primeira formação para a fabricação de produtos sustentáveis, de upcycling e design inovador.
Estima-se que, para a preparação de 1.500 bolsas de tamanho médio, por exemplo, são utilizados cerca de 900kg de pedaços de tecido. Isso, tomando-se como base o jeans. Além das aparas e retalhos, também é possível reaproveitar etiquetas e aviamentos produzindo peças com design exclusivo. Para a essa primeira turma de produção de cintos e pulseiras, foram entregues pela indústria cerca de 23kg de retalhos e pedaços de tecidos e napas.
"Iniciando uma produção em escala, esse aproveitamento deve chegar a mais de 200 kg mês", ressaltou o instrutor e e designer Massimiliano de Lonti. Para a formação, estão sendo priorizadas pessoas em situação de vulnerabilidade social.