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Jornal O Povo repercute estudo do CIN sobre relações comerciais do Ceará com EUA

20/09/2021 - 19h09

A Gerente do CIN, Karina Frota, concedeu entrevista para o jornal O Povo, analisando o estudo "Relações Comerciais - Estados Unidos", com dados referentes a agosto e ao acumulado do ano.

Confira a matéria na íntegra:

"Entre janeiro e agosto deste ano, Estado ostenta uma balança comercial favorável mais de meio bilhão de dólares e atinge marca histórica: 64,2% de tudo que foi exportado por cearenses, foi para os EUA

O comércio internacional tem representado, em 2021, uma área de conquistas significativas para a economia cearense. Ao atingir a marca de US$ 1,68 bilhão em exportação - volume inédito para o somatório dos meses de janeiro a agosto -, o Estado demarcou espaço como um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos no Brasil, segundo atesta um estudo produzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) a partir de dados do Ministério da Economia. Foram US$ 1,08 bilhão exportados e US$ 569,8 milhões importados, o que torna a relação favorável em US$ 512,1 milhões para os empresários cearenses.

Com o montante somado pelas vendas ao mercado norte-americano, o Ceará desponta como o 6º estado brasileiro de maior relação de exportação com os Estados Unidos. É cerca de 6% do total negociado entre Brasil e EUA e, entre 2020 e 2021, representou uma expansão de 128%.

"Essa relação comercial que existe com os Estados Unidos é tradicional e histórica, obviamente, aumentamos muito esse volume, que atingiu percentual máximo. No acumulado do ano, em 2021, das vendas internacionais do Ceará, 64,2% foram destinados aos Estados Unidos, o que é um volume extremamente considerável. Se a gente analisar que o Ceará exporta para 128 países, mas os EUA representam mais de 64,2% percebemos claramente uma concentração para o mercado norte-americano", comenta Karina Frota, gerente do CIN e presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos.

A concentração, no entanto, não é encarada de forma negativa, uma vez que o porte da economia americana não desperta incertezas ou dúvidas para os negócios cearenses. Tal confiança sustenta, inclusive, o interesse de ampliar mais ainda as relações internacionais com os parceiros de lá.

Karina destaca que a produção local é beneficiada pelos interesses dos americanos, uma vez que, além das placas de aço e materiais elétricos - detentores dos maiores volumes enviados pelo Ceará ao mercado norte-americano -, a pauta já tradicional como castanha de caju, água de coco e cera de carnaúba também tem maior volume destinado aos Estados Unidos.

*Ajuda de acordos bilaterais*
"Temos uma coisa muito interessante: no ano passado, essa relação BrasilxEstados Unidos foi motivada por conta de acordos comerciais que estavam em pauta de agenda há quase dois anos. Assinados antes da eleição do atual presidente Joe Biden, os acordos previam a diminuição ou até a abolição de algumas barreiras não-tarifárias - simplificação e extinção de procedimentos burocráticos - e boas práticas regulatórias, além de medidas anticorrupção. Isso ainda na gestão de Donald Trump", recorda, considerando que, "sem dúvida nenhuma esses acordos serviram de agentes de facilitação da relação bilateral."

Os termos dos acordos foram negociados entre o Itamaraty, o Ministério da Economia e o Representante Comercial dos EUA (USTR, da sigla em inglês). Assinados em outubro de 2020, a menos de 15 dias das eleições presidenciais do parceiro americano, as projeções da Organização Mundial do Comércio (OMC)eram de que as medidas de facilitação poderiam reduzir em até 13% os custos de exportação para os produtores, e a adoção de boas práticas regulatórias poderiam cortar em 20% as despesas para exportadores.

Na época, a oposição ao governo Trump assinou uma carta se dizendo contrária a qualquer acordo comercial com o Brasil sob o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), devido à má fama adquirida pelo presidente brasileiro por casos de desmatamento da Amazônia. Mas, como os tratados não envolviam a redução ou extinção de tarifas, selar os acordos dependia exclusivamente dos poderes executivos, e assim foi feito.

Entre os resultados já observados hoje na balança comercial cearense, há o aumento das exportações por municípios cearenses, com destaque para Ubaraja (crescimento de 1.992%) e Sobral (319%), além da manutenção do crescimento das principais cidades exportadoras: Fortaleza (9%), São Gonçalo do Amarante (31%) e Caucaia (24%).

No entanto, apesar dos números positivos e o cenário promissor, alguns gargalos persistem no setor que são motivo de atenção, segundo aponta Clarissa Gondim, CEO da Frota Aduaneira. O valor do frete que saltou quase 100% desde o ano passado, assim como a escassez de contêineres devido à concentração deles na China, prejudica o aumento da movimentação no Ceará, como em outras partes do mundo.

Esses entraves, inclusive, são o motivo que ela, assim como Karina Frota, aponta como complicadores para se atingir mercados tão cobiçados quanto o americano, como o chinês. A distância inviabiliza o envio devido à carestia e torna a China ainda inalcançável para muitos os empresários cearenses."

Clique AQUI e veja a matéria no portal O Povo.

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