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Centro Internacional de Negócios da FIEC aponta alta de 12% nas exportações cearenses do primeiro semestre

13/07/2021 - 14h07

As exportações cearenses registraram o valor de US$239,3 milhões em junho de 2021, o que corresponde a um crescimento de 61,5%, se observado o mesmo mês do ano anterior. Se comparado com o resultado de maio desse ano, percebe-se um aumento de 35%. No que se refere ao acumulado do ano, o valor em exportações foi de US$1,071 bilhão, ou seja, um aumento de 12,7% se comparado com os seis primeiros meses do ano anterior. As informações são do estudo Ceará em Comex, elaborado e divulgado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará.

As importações cearenses apresentaram um desempenho negativo no mês de junho, registrando US$260 milhões e uma diminuição de 14,4% em relação ao mês de maio de 2021. Se comparado com o realizado em junho de 2020, observa-se um aumento de 80%. O realizado de US$ 1,54 bilhões em importações permitiu um crescimento de 27,7% no acumulado desse ano.

Os resultados do 1º semestre de 2021 geraram um saldo negativo de US$ 468 milhões na balança comercial do Ceará. A participação da pauta exportadora cearense na balança comercial do Nordeste é de 11,33% e no âmbito nacional se mantém em 0,79%. As importações cearenses representam nos âmbitos regional e nacional 14,4% e 1,55%, respectivamente, quando analisados os resultados de 2021.

EXPORTAÇÕES CEARENSES
Com aumento de 8,4%, as exportações de São Gonçalo do Amarante corresponderam a 50,4% do total vendido pelo Ceará e registraram o montante de US$ 574 milhões em exportações em 2021. O resultado positivo se deu, principalmente, em consequência do aumento das vendas de produtos siderúrgicos, considerando que o município engloba o polo siderúrgico do estado, que é responsável pelos principais produtos da pauta exportadora cearense.

Fortaleza obteve um desempenho positivo de 141,1%, somando em exportações o valor de US$138,7 milhões. Os principais produtos exportados pela capital foram combustíveis, cocos e seus produtos, castanhas de caju, minérios de ferro e cera de carnaúba.

Com exportações no valor de US$ 99 milhões, o município de Caucaia apresentou aumento de 18,5%, e aparece em terceiro lugar no ranking dos municípios exportadores cearenses. Sobral apresentou resultados positivos nas exportações em consequência da recuperação das vendas do setor calçadista para o exterior e registrou uma variação positiva de 12,1% no ano, realizando o valor de US$ 57,3 milhões em vendas para o exterior.

As exportações de Maracanaú subiram 51,1% e registraram o montante US$ 52,7 milhões. Os principais produtos fornecidos para o exterior foram couros, produtos à base de ferro e aço e tecidos de algodão. O município do Aquiraz apresentou queda de 21%, somando apenas US$ 25,3 milhões. Os produtos à base de coco e de castanha de caju são os principais itens vendidos ao exterior pelo município, em especial para os Estados Unidos, Holanda e Canadá.

Já o município de Icapuí mantém grande destaque e crescimento de 31,9%. O município registrou exportações no valor de US$ 23,2 milhões em decorrência, principalmente, da venda de produtos da fruticultura, em especial melões e bananas. O município de Itapipoca registrou aumento de 39,7% no período de análise e montante de US$ 20,6 milhões em exportações. O município vende para o exterior, principalmente, sucos de frutas e
calçados.

Já o município do Eusébio exportou o montante de US$ 18,7 milhões e registrou uma queda de 11,6% no resultado dos primeiros seis meses de 2021. O principal produto exportado pelo município foi a cera de carnaúba que tem como principais destinos a China e Alemanha. Com aumento de 34,5%, Uruburetama aparece no ranking dos principais municípios exportadores de 2021 e registra US$ 14,4 milhões em exportações. Os principais produtos exportados pelo município são calçados e suas partes e tiveram os Estados Unidos como principal comprador. No total, 57 municípios cearenses realizaram operações de exportação entre janeiro e junho de 2021.

O estado aumentou em 85,3% as exportações destinadas para os Estados Unidos, somando US$675,7 milhões em 2021. O país possui a maior representatividade no que se refere aos países de destino das exportações cearenses sendo responsável por comprar cerca de 63,1% do total vendido pelo Ceará para o exterior. Os principais produtos de interesse do país foram produtos chapas de aço, “Partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores, etc”, couro, castanha de caju e calçados.

Em segundo lugar no ranking dos principais países de destino das exportações cearense, o Canadá apresentou uma queda de 51,8% e comprou o equivalente a US$ 42 milhões em produtos, em especial em virtude da procura por produtos à base de ferro e aço, castanha de caju e água de coco. A Coreia do Sul dobrou a compra de produtos cearenses no período analisado e registrou o valor de US$ 41,6 milhões em compras no estado. O resultado positivo foi impulsionado pela procura de produtos do setor siderúrgico.

Aproveitando os benefícios tarifários previstos no acordo Mercosul, as exportações para a Argentina subiram 82,4% no 1º semestre de 2021. O valor de US$ 32,9 milhões contempla produtos como tecidos de algodão, partes de calçados e castanha de caju. O Ceará exportou cerca de US$ 26 milhões para o Chile, o que corresponde a 206,2% de aumento das vendas para o país no período analisado. Os principais produtos procurados pelo país foram “Partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores, etc.”, castanhas de caju e atum em
conserva.

A Holanda apresentou um crescimento de 3,2% e comprou o equivalente a US$ 24,4 milhões em produtos, em especial em virtude da procura por melões, melanciais, castanhas e calçados. A Colômbia apresentou um resultado positivo aumentando as compras do Ceará em 57,9% no início desse ano. Os calçados, produtos à base de ferro e aço e “Rolhas, outras tampas e acessórios para embalagem, de metais comum” foram os principais artigos cearenses enviados para o país, que registrou o montando de US$ 23,4 milhões em importações. O Ceará aumentou suas exportações para a Itália em 49,9% no acumulado desse ano. Grande compradora de calçados, couros e quartzitos, o país registrou US$ 19,8 milhões em compras de produtos do estado.

A Alemanha apresentou queda de 14,6%, registrando US$ 15,8 milhões em compras de produtos cearenses, em especial de cera de carnaúba, couros e calçados. Outro país que apresentou destaque no início desse ano foi o Reino Unido, com crescimento de 25,8% nas aquisições de produtos do Ceará, somando US$ 14 milhões. As frutas mais procuradas foram melões, melancias e bananas. Além desses itens, os calçados também aparecem entre os principais produtos destinados para o parceiro.

Em 2021, o Ceará exportou para 123 países diferentes, o que corresponde a uma queda de 6,1% na variedade dos destinos da exportação do estado. O modal marítimo é a principal escolha dos exportadores cearenses para enviar seus produtos para o exterior. O destaque ficou com as exportações pelo modal rodoviário que quase dobraram em comparação ao período analisado. Os principais produtos exportados por essa via foram os calçados e suas partes. Apesar da baixa representatividade, o modal aéreo pode ser uma solução para cargas
que precisam ser entregues com maior brevidade. O tipo de carga embarcada por esse modal corresponde a calçados, couro e rolhas.

IMPORTAÇÕES CEARENSES
Fortaleza foi a principal cidade importadora do Ceará e representa 28,3% do total comprado pelo estado no exterior em 2021. A capital registrou US$ 436,4 milhões em aquisições de produtos no exterior, o que corresponde a um aumento de 3,6%, se comparado com o mesmo período do ano anterior. Os produtos mais demandados foram trigos, hulha betuminosa e óleo de palma.

Em segundo lugar no ranking dos principais municípios importadores está São Gonçalo do Amarante. O município importou US$ 306,8 milhões nesse ano, o que representou um aumento de 17% se comprado com o resultado do ano anterior. O “gás natural liquefeito” e a hulha betuminosa foram os principais produtos procurado pelo município no exterior. Além desses, tijolos e peixes congelados também foram demandados no mercado internacional.

O município de Caucaia obteve no acumulado do ano um aumento de 91,7% nas importações, totalizando US$ 260,2 milhões, em especial diante da procura por fibras de carbono e produtos à base de ferro e aço. Aquiraz obteve um crescimento de 18% nas compras no exterior. Os valores do município foram impactados em virtude da procura de partes e peças destinadas ao setor automotivo, provenientes principalmente da Dinamarca e China. No total, foram contabilizados US$ 163 milhões em importações pelo município.

O setor de “Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais” prevalece como o principal setor procurado no exterior no início de 2021, apesar da queda de 0,5%. O setor apresentou uma procura de US$ 390,8 milhões, nos quais os principais produtos foram “Gás natural liquefeito” e “Hulha betuminosa, não aglomerada”.

Grande destaque no ranking dos principais setores importados pelo Ceará, “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes; aparelhos de gravação ou de reprodução de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios” registraram um crescimento de 121,8% e importações no valor de US$ 240 milhões. Os principais produtos procurados no exterior que fazem parte do setor foram “Células solares em módulos ou painéis” com crescimento de 1377%.

Os cereais, tradicionais na pauta importadora considerando que o estado é um grande polo industrial de panificação, confeitaria e massas, apresentou crescimento de 17,2% e registrou o valor de US$126,7 milhões em importações. Proveniente principalmente da Argentina e Uruguai, o principal produto procurado no exterior foram “Outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura”, que corresponde a quase que a totalidade das compras do setor no exterior e que passou a ocupar o segundo lugar no ranking dos produtos importados pelo estado.

O setor de “Ferro fundido, ferro e aço” cresceu 210% e realizou US$ 125 milhões em importações. O principal produto importado do grupo corresponde a “Outros produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos, em rolos, simplesmente laminados a quente, de espessura inferior a 3 mm” proveniente da Ucrânia e Rússia.

A China forneceu 28,8% do valor total demandado pelo Ceará por produtos no mercado internacional. Grande fornecedora de equipamentos para geração de energia fotovoltaica, partes e peças automotivas e produtos da indústria química, como glifosato e picloram, o Ceará comprou US$ 443,8 milhões em produtos, o que corresponde a um crescimento de 80,7%.

As compras nos Estados Unidos somaram US$ 390,3 milhões, o que corresponde a uma diminuição de 2,1% em 2021, se comparado com o mesmo período do ano anterior. O país foi responsável por fornecer 25,3% do valor total comprado no exterior pelo Ceará. Parceiro de longa data, o país é o principal fornecedor de combustíveis minerais e vegetais, fibras de carbono e resinas epoxídas. A Argentina, principal fornecedora de trigo e alho para o estado, registrou US$ 113,5 milhões nas vendas para o Ceará e um aumento de 6%.

Clique AQUI e acesse o estudo na íntegra.

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