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De janeiro a novembro, exportações cearenses crescem 0,6% em relação à 2019

10/12/2019 - 16h12

No mês de novembro, as exportações cearenses totalizaram US$ 158,8 milhões, valor 30% inferior ao resultado do mês anterior. Durante o período de janeiro-novembro, as exportações acumularam o valor de US$ 2,08 bilhões, crescendo 0,6% em relação a 2018. As importações, por outro lado, observaram um crescimento mensal de 7,7%, atingindo o 3º maior valor mensal do ano, em torno de US$ 212,6 milhões. O acumulado do ano deu-se em US$ 2,2 bilhões, valor 7,5% menor do que ao acumulado do mesmo período do ano anterior. Deste modo, o saldo comercial, quando comparado com o saldo comercial de 2018, para o mesmo período, contraiu-se para negativos US$ 105,5 milhões, aproximando-se em 64,3% de uma balança comercial positiva. A análise é do estudo Ceará em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O Ceará mantém-se na 14º posição no ranking dos estados exportadores do país. Apenas dez estados brasileiros apresentaram resultado positivo no acumulado do ano. Entretanto, o resultado do Ceará foi o menor entre os estados com performance positiva em suas exportações.

Entre os municípios do estado, São Gonçalo do Amarante, por conta do grande volume das exportações de ferro e aço, manteve-se na primeira posição do ranking, mesmo apresentando uma leve queda em seu desempenho no período, cerca de 8,7%, se comparado com 2018. Apenas o município foi responsável por mais de 53,5% de todo o valor exportado pelo estado chegando a ultrapassar a marca de US$ 1,10 bilhão em 2019. Logo em seguida, Caucaia registrou o maior crescimento entre os municípios destacados, cerca de 135,7%, exportando US$ 179 milhões, aproximadamente. Entre os municípios em destaque, Eusébio apresentou a segunda maior alta, 44,3%, ao exportar US$ 36,2 milhões. A capital cearense, Fortaleza, encontra-se em 3º lugar no ranking somando US$ 140,5 milhões em exportações, com crescimento de 10,1%.

Mesmo contabilizando quedas nas suas performances exportadoras, o setor de ferro e aço e o setor calçadista mantém-se no topo do ranking. Com quedas de 8,3% e 7,8%, nesta ordem, quando comparados aos resultados do mesmo período do ano anterior, os setores de ferro e aço e o setor calçadista, respectivamente, exportaram US$ 1,12 bilhão e US$ 213,8 milhões. O destaque desta vez está para o setor de máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes, o qual cresceu 162,8% em relação ao resultado do ano anterior. O valor exportado entre o período de janeiro-novembro para este setor foi de US$ 164,5 milhões.

Com um novo aumento no número de produtos exportados entre outubro e novembro, o estado cearense soma 1457 diferentes tipos de produtos destinados a outros países. Entre os artigos exportados, as placas em liga de aço permanecem sendo as líderes no ranking de exportação, com US$ 969,9 milhões. As pás eólicas impulsionaram sobremaneira o grupo de equipamentos elétrico nos últimos anos continua sendo o item com maior crescimento em valor vendido ao exterior, dentre os produtos destacados. Desse modo, os componentes eólicos são o 2° item mais vendido, seguido pelas castanhas de caju sem casca, que estão em 3° e totalizaram US$ 88,8 milhões. Nota-se que pautas importantes da indústria cearense voltaram a crescer em relação ao mesmo período do ano anterior. Produtos como peixes e crustáceos e ceras vegetais exibiram crescimentos superiores à casa dos 30%, revelando um fortalecimento da produção local.

No período observado, as vendas para os Estados Unidos elevaram-se em 15,1%, fazendo do país norte-americano o líder em consumo dos produtos cearenses, com total de US$ 913,4 milhões e participação de 43,8% no total exportado pelo estado. México e Coreia do Sul estão em 2° e 3° no ranking. Por sua vez, a Itália, 4° colocada, é o destino que mais elevou seu consumo em importações cearenses, na ordem de 164,6%, totalizando US$ 119,9 milhões, quando analisamos o desempenho dos principais parceiros comerciais do Ceará. As exportações para a China cresceram 42,8% atingindo mais de US$ 46,8 milhões, sendo o melhor resultado desde 2015. Podemos observar que países que são destinos mais tradicionais das exportações do estado, como a Argentina e Alemanha, vem perdendo representatividade nesse ano.

O Ceará permanece como o 13º estado importador do país, com uma representatividade de 1,33% no acumulado de 2019. Já no âmbito regional, o estado cearense está em 4º colocado do Nordeste e representação de 13,7% do total importado pela região.

Entre os municípios cearenses, a capital cearense permanece liderando o ranking de importações, com US$ 708,2 milhões e uma participação de 32,4% no total das compras do exterior. O acréscimo do valor importado por Fortaleza em relação ao ano passado foi de 43,2%. Vale ressaltar que a participação do município obteve um salto de mais de 10 pontos percentuais em relação a 2018. Em contrapartida, o valor importado por São Gonçalo do Amarante decresceu em 23,6%, totalizando US$ 688,7 milhões. O município, outrora líder em importações reduziu também sua participação no total do Ceará. Em 3° colocado posiciona-se o município de Caucaia, com US$ 279,6 milhões, com destaque principalmente para produtos siderúrgicos.

Apesar de registrar queda de 9,1%, os combustíveis ainda são o grupo de itens mais importado pelo Ceará, com US$ 844,1 milhões no acumulado de 2019. Os cereais, que permanecem em 2º lugar, apresentaram uma queda de 4,7%. Na 3° posição do ranking de grupos importados estão os produtos de ferro e aço, um dos poucos que registrou aumento em importações dentre os dez principais analisados, com elevação de 18,8%. Plásticos e suas obras também apresentaram um crescimento de 28,3% no acumulado no ano, chegando a US$ 75,4 milhões.

No que se refere aos produtos importados destacamos os combustíveis sólidos, como as hulhas betuminosas, que são o principal produto adquirido pelo estado no mercado externo, apenas da queda de 32%. O produto, que já chegou a meio bilhão de dólares em importações em 2018, alcançou apenas US$ 384,8 milhões no acumulado de 2019. O maior crescimento em valor importado entre as compras cearenses é do grupo de combustíveis, que corresponde a gasolinas (exceto para aviação) que aumentou em 141,9% o consumo, atingindo o valor de US$ 153,6 milhões.

Com aumento de 46,8% em participação no consumo do estado, os Estados Unidos são também o principal fornecedor do Ceará. Entre janeiro e novembro, o país norte-americano acumulou US$ 645,4 milhões em oferta de produtos para o estado cearense. A China, em 2° entre os países que exportam ao Ceará, obteve queda de 23,9% em relação ao ano anterior. O fornecimento do mercado chinês ao estado cearense totalizou US$ 385,7 milhões, seguido pela Argentina, que forneceu o correspondente a US$ 161,5 milhões, posicionando-se em 3°. Destacamos que as importações provenientes do Reino Unido cresceram mais de 69,2%, atingindo o valor de US$ 48 milhões. Historicamente o melhor resultado do país no que se refere a oferta de produtos para o estado do Ceará.

Confira AQUI o estudo completo.

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