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[REVISTA DA FIEC] Estudos orientam a tomada de decisões mais estratégicas no mercado internacional

12/07/2019 - 14h07

                                                                                                                                                                                             

Quando se trata de comércio internacional, as empresas costumam ter muitas dúvidas sobre quais mercados podem ter interesse em seus produtos ou quais países são mais vantajosos para a estratégia da empresa. Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do Ceará, mas há outras possibilidades que muitas vezes passam despercebidas.

A União Europeia, por exemplo, tem um grande potencial para além de Portugal. Alguns produtos típicos do Ceará, hoje, são vendidos pelos Estados Unidos para países europeus. É o caso da castanha de caju que é importada pela Holanda de empresas americanas. É uma fatia de mercado que pode ser melhor aproveitada pelas indústrias cearenses. Mas, como identificar essas oportunidades?

O Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) desenvolve estudos que ajudam as empresas a se posicionarem melhor frente à globalização dos mercados. Um dos últimos trabalhos abordou a maior relação comercial do mundo, que envolve os Estados Unidos e a União Europeia. O estudo trata da política externa americana e do bloco europeu e compila dados das exportações e importações entre as duas potências econômicas e também com o Brasil, mostrando a evolução desse comércio ao longo dos anos.

De acordo com a gerente do Centro Internacional de Negócios, Karina Frota, a ideia do estudo, além de outros que são elaborados pela Federação, é identificar nichos de mercado para produtos cearenses de forma mais assertiva e conhecer quais são os concorrentes mundiais dos itens exportados pelo Ceará. “Elaboramos um radar e cruzamos as informações da pauta de exportação cearense com a pauta de importação da União Europeia, por exemplo. A ideia é identificar produtos que os integrantes do bloco econômico compram de outros países do mundo, mas que são produtos que existem no Ceará e com potencial para ganhar novos mercados”, explica.

Karina diz que, em geral, os empresários quando pensam em exportar para a Europa focam apenas em Portugal porque há um mito de que é mais fácil aportar os produtos cearenses em terras lusitanas, em especial pelo idioma em comum. Porém, ela argumenta que a legislação que vale para Portugal é a mesma que vale para todas as outras 27 nações participantes do bloco. “A gente quer sensibilizar o empresário para novas possibilidades”, argumenta.

Os estudos realizados pelo Centro Internacional de Negócios transformam dados brutos em informações estratégicas que geram conhecimento para o empresário, de modo a facilitar a sua tomada de decisão. Eles são baseados em sistemas estatísticos, de pesquisa e monitoramento do comércio internacional, pelos quais os dados são obtidos e analisados, transformando-se assim em informações importantes nas ações de promoção comercial e na estratégia das empresas.

Nesse sentido, o Centro Internacional de Negócios tem realizado cada vez mais estudos on demand. São estudos mais aprofundados, feitos sob demanda, para atender a uma necessidade específica da empresa ou de um setor. Os estudos podem analisar, por exemplo, um mercado alvo específico, levantando informações relevantes para que o empresário entenda a cultura e economia de um país de interesse.

                                                                                                                                                                                             

CEARÁ X ESTADOS UNIDOS

O Ceará em Comex é um dos estudos mais tradicionais, contudo ganhou uma roupagem nova na atual gestão, tornando-se referência no meio empresarial e na imprensa. O estudo traz uma análise na balança comercial do Ceará e mostra para onde o estado exporta, de onde o estado compra, qual o volume das exportações e das importações, a evolução das exportações e faz comparativos com outros estados do Brasil.

De acordo com o último Ceará em Comex, a parceria comercial entre o Ceará e os Estados Unidos tem-se mostrado cada vez mais importante para a economia local. As exportações cearenses para o país norte-americano mais do que dobraram (106%) nos primeiros quatro meses de 2019, em comparação com 2018. O volume exportado para o país neste ano (US$ 317,9 milhões, de janeiro a abril) representa o maior montante já enviado do Ceará para os Estados Unidos no primeiro quadrimestre.

A Itália, que se concretizou como importante destino das placas de aço produzidas no Ceará, ocupa a segunda posição com um aumento de 601% e um total de US$ 101,7 milhões. A República Tcheca foi quem exibiu maior crescimento (40 mil pontos percentuais), ocupando a sexta posição com US$ 26,8 milhões, também devido às fortes aquisições provenientes da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

Países tradicionais na pauta exportadora do estado como Alemanha, Holanda, Argentina, Reino Unido e China exibiram quedas no período ante o mesmo período do ano passado, o que demonstra certa concentração em determinados mercados. Outro índice que evidencia essa concentração é a redução do número de destinos das exportações cearenses de 130, em 2018, para 126, em 2019.

“Essas informações são importantes, mas também é preciso conhecer os produtos que o Ceará produz e os seus diferenciais para a exportação. Isso porque podemos buscar similares no comércio internacional e, sabendo para onde eles são vendidos, lançar luz em uma oportunidade até agora inédita para o produto cearense. Por isso, a necessidade de estudos mais aprofundados como esse das relações entre os Estados Unidos e a União Europeia”, justifica Karina.

Ela destaca, no estudo das relações comerciais entre Estados Unidos e Europa, a análise da política externa americana que suscita a reflexão sobre os impactos e benefícios para o Brasil da possível entrada do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “ É fundamental estar preparado para o acesso, caso o Brasil entre”, frisa. “O Brasil, historicamente, é um país de economia fechada. Nossa política externa é muito protecionista. E a nossa indústria não se desenvolve na velocidade ideal por conta disso. Estamos atrasados em termos de máquinas, equipamentos, tecnologia”, comenta.

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