Gerson Camarotti destaca a importância de fortalecer os espaços institucionais
Em mais uma edição do Fórum Industrial Ideias em Debate, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), recebeu hoje (5/3) o jornalista Gerson Camarotti. Ao ser questionado sobre a atuação do setor empresarial em relação ao cenário político do Brasil, colocou ser fundamental fortalecer os espaços institucionais, dar legitimidade para exposição dos pensamentos em grupo, de modo a criar lideranças dentro das organizações, por ser o setor empresarial importantíssimo para a sociedade e não poder ficar omisso em relação aos rumos do país. O momento de debate foi mediado pelo integrante do Núcleo de Estudos Políticos da FIEC, Marco Penaforte.
Camarotti iniciou o Fórum destacando momentos do cenário político que vive o Brasil nos últimos anos, conduzido pela pergunta: “Como chegamos a esse exato momento?”. Entre os aspectos lembrados por ele, a eleição de 2002, a crise financeira internacional, a Operação Lava Jato, o impeachment, bem como o governo do presidente Michel Temer. O jornalista também falou sobre a questão da segurança pública no país. “Nós precisamos torcer para que isso dê certo, porque esse é um problema muito complexo para o país, minha grande preocupação é a utilização disso no ponto de vista eleitoral. Muita gente no Palácio do Planalto só pensa nos resultados eleitorais e isso pode acabar contaminando ações sérias na segurança pública”, destacou.
Diante das questões levantadas durante o momento inicial, Camarotti ressaltou a importância de estar vigilante ao cenário vivido em 2018, de muitas candidaturas pulverizadas, ao mesmo tempo em que não há uma liderança nacional aparente. “Está na hora de buscar formadores de opiniões por ser esse o momento de discutir discursos, de colocar em debate temas que necessitam de uma análise mais profunda, como das questões fiscais e orçamentárias. Isso que vai fazer o divisor de águas para o Brasil”, citou Gerson Camarotti. Ele acrescentou, ainda, que "muito mais que nomes, precisamos cobrar ideias e discursos. Nós ficaremos menos dependentes de um salvador da pátria".