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Exportações no CE em novembro apresentam crescimento de 34,2%

13/12/2017 - 12h12

As exportações cearenses no mês de novembro de 2017 atingiram um valor de US$ 217,2 milhões, apresentando crescimento de 34,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho do mês é 15,8% superior no comparativo com outubro, quando fora exportado US$ 187,5 milhões. Já as importações cearenses em novembro exibiram uma queda de 15,9% em relação a outubro, totalizando US$ 166,3 milhões. Entretanto, ao comparar com o mesmo período de 2016, houve um crescimento de 3,6%. Observando o comportamento da balança comercial do Estado no acumulado do ano, as vendas externas cearenses alcançaram a cifra de US$ 1,87 bilhão - alta de 64,8% quando comparado com 2016. As compras do exterior atingiram US$ 2,1 bilhões, representando uma queda de 36,6% em relação ao ano anterior. O resultado final das trocas comerciais resultou em um saldo negativo de US$ 236,6 milhões na balança cearense em 2017. Apesar de negativo, o valor representa uma redução do déficit em 89,2% em relação a 2016.

No tocante à balança comercial do Nordeste, a participação das exportações cearenses no acumulado do ano foi de 12,2%, excedendo os 11,9% das importações. Trata-se de um comportamento inédito em relação aos últimos 5 anos do período em análise. Em relação à participação na balança comercial do Brasil, as vendas externas do Estado apresentaram alta, de 0,67% para 0,93%. Em contrapartida, a participação das compras do exterior regrediu de 2,64% para 1,53%. O Ceará posicionou-se na décima quarta colocação no ranking dos estados exportadores brasileiros em 2017, (Tabela 4). Em termos de crescimento, o Estado registrou a quinta maior alta percentual no país com 64,8%, bem acima da média nacional, de 18,2%.

No que tange aos dez principais municípios exportadores do Ceará, seis apresentaram queda nas vendas externas sobre o ano anterior. Entretanto, vale o destaque para o município de São Gonçalo do Amarante, que lidera a lista com US$ 986,9 milhões (aumento de 434,7%), representando mais da metade da pauta exportadora do Estado. As exportações da Companhia Siderúrgica do Pecém - CSP impactam diretamente no resultado positivo do referido município. Fortaleza vem em segundo no ranking, exportando US$ 143,3 milhões e Sobral em terceiro, com US$ 143,2 milhões. Examinando o ranking dos principais setores exportadores do Ceará, “ferro fundido, ferro e aço” segue liderando a lista, com US$ 948,8 milhões e com maior aumento percentual: 586,0%. Novamente constata-se a importância da CSP no perfil das exportações cearenses. Em contrapartida, “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos” registraram a maior queda, de 61,8%.

Os itens originários da CSP, classificados como “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular”, obtiveram um aumento de 614 pontos percentuais em relação a 2016 e representam quase a metade das exportações do Estado, totalizando US$ 924,3 milhões. Vale ainda destacar a participação de calçados, castanha de caju, e sucos (incluindo água de coco) na pauta exportadora do Estado. Principal destino dos produtos comercializados ao exterior pelo Ceará, os Estados Unidos, ainda que tenham perdido participação na pauta exportadora, avançaram em valores, passando de US$ 270,7 milhões para US$ 396,2 milhões. Vale ainda ressaltar os expressivos crescimentos nas exportações para a Coreia do Sul (1.789.9%), Turquia (892,1%) e México (415,9%).

Em relação às compras do exterior, o Ceará posicionou-se na décima quarta posição no ranking dos estados importadores brasileiros. O total importado pelo Estado foi de US$ 2,1 bilhões - redução de 36,6% quando comparado com o ano anterior. São Gonçalo do Amarante é o município de maior participação no ranking dos importadores cearenses (Tabela 10), com US$ 882,1 milhões no acumulado do ano. Apesar de ter sofrido uma queda percentual de 60,4% em relação a 2016, ainda representa 41,8% das compras externas do Estado. Em relação aos principais setores importados pelo estado em 2017, “Combustíveis e óleos minerais” lidera a lista com US$ 824,7 milhões – 82,8% acima do registrado no mesmo período do ano passado.  O setor de “Máquinas, aparelhos mecânicos e suas partes” registrou a maior queda (89,9%), em virtude, em grande parte, do início das operações da CSP e fim das importações de maquinários para a siderúrgica.

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