Workshop Reforma trabalhista enfatiza negociação coletiva
Para debater a reforma trabalhista e as respectivas negociações coletivas do trabalho foi realizado hoje (7/12), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), workshop com tema Reforma Trabalhista. O evento, realizado pelo Conselho Temático de Relações Trabalhistas e Sindicais (Cosin), contou com as palestras de Homero Arandas, gerente corporativo de Relações do Trabalho da Braskem S/A, conselheiro da CNI e presidente do Conselho Temático de Relações Trabalhistas da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e Alexandre Furlan, ex-vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI.
Para Homero, com a reforma trabalhista, em vigor desde 11 de novembro de 2017, abre-se um leque de oportunidades. Ele colocou que no eixo central da reforma está as negociações coletivas. “Precisamos ser fiscais dessa reforma e fazê-la valer”. Durante sua fala, também foram apresentadas as seguintes questões: o papel do sindicato dentro do sistema de organização sindical, limites estabelecidos pela lei, novos desafios às empresas e elementos da negociação.
Alexandre Furlan elencou pontos que justificam a necessidade da reforma trabalhista. Entre eles, um ambiente de negociação desfavorável, o excesso de conflitos e a alta informalidade e o fato de o Brasil estar na 80º posição no ranking de competitividade global. Então, conforme disse Alexandre, tornou-se prioridade modernizar a legislação trabalhista. “Desde 2012 o Brasil perdeu 32 posições no ranking de competitividade global, está em uma das piores posições dos últimos 20 anos. Com a reforma trabalhista nós acreditamos que vamos ter mais investimentos e melhorar esse ranking”. Ele reforçou, ainda, que acredita que o caminho vá mesmo ser a negociação coletiva, de modo a valorizar o diálogo entre trabalhadores e empresas e a reduzir burocracias desnecessárias.