SENAI Ceará inicia nova fase de trabalho em Moçambique
O SENAI Ceará iniciou segunda-feira (27/11) mais uma etapa do Projeto para Fortalecimento do Sistema de Formação Profissional em Moçambique. Participam dessa fase a gerente da unidade de educação do SENAI Ceará, Sônia Parente; e os especialistas Carlos Neves, João Luiz Alcântara, Themis Vieira e Marcos Paulo Nogueira, representantes das respectivas áreas automotivas, construção civil, alimentos e metalmecânica. Os técnicos conduzirão a elaboração dos perfis profissionais e desenho de currículos para as quatro áreas do projeto (construção civil, soldagem, automotivo e processamento de alimentos). A ação tem apoio do SENAI nacional, da organização japonesa JICA e do governo moçambicano.
O projeto em Moçambique surgiu por meio da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), que representa o governo nipônico e foi responsável pela articulação. Em parceria com o governo de Moçambique, eles solicitaram o auxílio do Brasil, também falante de língua portuguesa. O SENAI Ceará foi selecionado pelo SENAI nacional e pela Confederação Nacional da Indústria(CNI) após apresentar os projetos mais representativos dentro das áreas de conhecimento. O objetivo é durante os próximos três anos e meio, implantar um sistema de aprendizado técnico profissionalizante, como forma de auxiliar os moradores a desempenharem funções que ajudem nas áreas mais necessitadas do país.
Três cidades moçambicanas são atendidas pelo projeto: a capital Maputo, Nampula e Nacala. Dois contratos já foram firmados, um de US$ 300 mil, que serão pagos pelo governo de Moçambique e outro de US$ 3,5 milhões, financiado pela JICA. O analista educacional Jonas Rolim ficará no país e será o representante da unidade de educação do SENAI Ceará em Moçambique. São desenvolvidos vários cursos distribuídos nas áreas de eletromecânica, construção civil, alimentos, tecnologia da informação e energias renováveis.
A escolha das áreas de estudo se deu com uma pesquisa acerca de quais setores estavam mais necessitados de profissionais. O processo funciona com técnicos brasileiros indo até o país para capacitar professores locais a reproduzirem o conhecimento para os alunos. De julho para cá, já foram mais de 43 capacitados nas turmas de mecânica industrial e eletricidade industrial. A meta é fechar os três anos de atuação com dois mil novos profissionais.