Inovação é imperativo para o crescimento da indústria e do país, afirma CNI
O Brasil precisa investir na agenda de inovação para retomar o crescimento econômico e ser competitivo em meio à nova revolução que ocorre no setor. “A inovação industrial é a mola mestra para estimular o desenvolvimento das atividades econômicas”, afirmou o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, na abertura do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria. O Ceará participou do evento com uma delegação composta pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Beto Studart e empresários.
Promovido pela CNI e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nesta terça e quarta-feira (27 e 28), em São Paulo, o evento é uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e reúne mais de 60 especialistas brasileiros e internacionais para debater o futuro da indústria no mundo digital. São esperadas 4,2 mil pessoas nos dois dias de congresso.
Segundo Paulo Afonso, apesar da perda de participação no Produto Interno Bruto, que hoje é de 11,4%, metade do que era há 20 anos, a indústria ainda é uma das maiores fontes de riqueza e empregos do país. Representa, também, um elo entre os setores produtivos e o fortalecimento da base industrial repercute em todos os eixos econômicos. Ele lembrou que é justamente no ambiente desfavorável como o atual que é preciso dar condições para impulsionar os investimentos em inovação.
“É necessário, para tanto, que se criem mecanismos de estímulo à inovação e de desoneração do processo produtivo. Nesse cenário, inovar deve ser a obsessão das empresas brasileiras. Seu sucesso reside, hoje, no processo inovativo e nos seus diferenciais competitivos”, afirmou.
O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, lembrou do papel das micro e pequenas empresas, que representam 98% das empresas do país, e reiterou a importância de desfazer barreiras à inovação. “Para criar inovação, é preciso estar num ambiente favorável, sem tanta burocracia", disse.
COMPROMISSOS DA MEI – Líder da MEI e vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultrapar, Pedro Wongtschowski afirmou que o congresso é uma oportunidade de renovar os compromissos da MEI e da iniciativa privada em protagonizar a agenda da inovação. Sobretudo diante dos avanços tecnológicos que estão transformando a manufatura. “Uma nova e dramática revolução industrial está na nossa porta. Ela tem revolucionado a manufatura em muitos países. E nós não estaremos, para o mal ou para bem, alheios a ela. Se nada fizermos, ela irá corroer ainda mais nossa frágil competitividade e seremos condenados ao esquecimento”, destacou.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse que somente por meio da união entre poder público e privado o Brasil se tornará referência em inovação. “Nós, brasileiros, não devemos desanimar. Devemos estar unidos para que o Brasil, antes de 2022, esteja de novo direcionado para o desenvolvimento sustentável e para surpreender o mundo. O BNDES diz aqui em alto e bom som: contem conosco que estaremos sempre ao lado da inovação”, ressaltou.