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Noruegueses e industriais cearenses discutem sobre potenciais setores de cooperação

22/02/2017 - 17h02

Uma comitiva de noruegueses participou hoje (22/2), na Casa da Indústria, do workshop “Relações Noruega & Ceará – Oportunidades e desafios”, realizado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e a Embaixada da Noruega no Brasil juntamente com o Consulado da Noruega no Ceará, o Conselho Norueguês da Pesca (Norwegian Seafood Council) e a Innovation Norway.

O superintendente do Centro Internacional de Negócios, Eduardo Bezerra, abriu o evento destacando as muitas oportunidades de cooperação entre os dois países. “Mais importante do que vamos ouvir aqui hoje é o que faremos com as informações, as reais possibilidades de cooperar”, instigou. O cônsul honorário da Noruega em Fortaleza, Marcos Aurélio Soares de Castro, participou do encontro.

O ministro conselheiro da Embaixada da Noruega no Brasil, Jan Dybfest, relembrou que as relações entre Brasil e Noruega tiveram início em 1905, e desde então cresceram substancialmente, com muitas diferenças mas também muitas similaridades. “Estamos aqui fazendo história ao celebrar uma aproximação mais substancial do Brasil com a Noruega”, comemorou. O Brasil é o terceiro maior mercado para investimentos noruegueses, além da Europa e Estados Unidos, segundo Dybfest, e importante destino do bacalhau norueguês.

Para além do bacalhau, a Noruega é um dos 10 maiores investidores no Brasil, principalmente em Petróleo e Gás, embora a aquacultura seja o principal segmento de interesse mútuo entre Brasil e Noruega apresentado no evento. O diretor da Innovation Norway, Stein Gunner Bondevik, mostrou números de investimentos no Brasil e colocou a instituição à disposição para novas ideias de cooperação nesses setores. Bondevik ressaltou a similaridade entre os países quanto à utilização dos recursos naturais abundantes para geração de riqueza. Em 2016, a Noruega exportou US$9,6 bilhões de dólares em salmão e bacalhau.

“O Brasil é um dos principais mercados para as cinco principais empresas da Noruega”, reforçou Bondevik. 67% dos investimentos são feitos em Petróleo e Gás, mas os recursos noruegueses no Brasil também estão em áreas como mercado marítimo, energia e meio ambiente, bioeconomia, turismo e viagens. “Nosso objetivo é ir além do petróleo e gás e gerar parcerias com empresas e instituições brasileiras que gerem valor para todos os envolvidos”, revelou.

O conselheiro da NCE Aquaculture, Sigurd Rydland, apresentou aspectos detalhados da aquacultura do país, com informações sobre tecnologia utilizada, principais pontos fortes, desafios e oportunidades de cooperação. O diretor executivo da Aquabras, João Felipe Matias, que atuou por mais de 10 anos na área de aquicultura do Governo Federal, falou do cenário do segmento no país, destacando as potencialidades e desafios do Ceará. Os potenciais de cooperação entre Noruega e Brasil, segundo ele são: aspectos tecnológicos de produção (genética, reprodução e nutrição); experiência na área de concessão e gestão das áreas aquícolas; experiência na área de monitoramento ambiental; experiência na área de sanidade e controle de enfermidades; e investimentos privados na produção de peixes marinhos, micro e macro algas e novas tecnologias intensivas.

Estiveram presentes no evento o presidente do Conselho Temático de Cadeias Produtivas e Agronegócios, Bessa Júnior; e o presidente do Sindicatos das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos), André Siqueira. 

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