Indústria cearense prossegue com dificuldade de recuperação

A Indústria cearense permanece sem apresentar sinais de recuperação, com os indicadores abaixo do desejado, determinando um persistente quadro de baixo dinamismo da atividade econômica. Essas são as principais conclusões da pesquisa Sondagem Industrial do mês de março, realizada pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria – CNI.


Nesse contexto de dificuldade em voltar a crescer plenamente, os indicadores relativos à utilização da capacidade instalada e ao número de empregados registraram queda, evidenciando retração na demanda e dificuldades no mercado de trabalho. Por outro lado, o indicador Evolução da Produção teve interrompida sua trajetória decrescente dos últimos meses, ficando estável nesse mês de março, e os estoques sofreram uma ligeira redução.


Análise
Esses resultados, contudo, não são suficientes para modificar o cenário de baixo dinamismo da atividade industrial no Estado, uma vez que não há sinais de recuperação da produção, com os estoques permanecendo acima do nível desejável. Além do atual quadro, os empresários também são afetados pela elevada carga tributária, demanda interna insuficiente e taxas de juros elevadas.


Cada um desses problemas foi citado por mais de 30% dos empresários como obstáculos para as indústrias do estado no primeiro trimestre de 2016. Nesse cenário, as expectativas do empresário industrial seguem pessimistas em relação à demanda e, principalmente, sobre a evolução do número de empregados e maior realização de investimentos, os quais registraram os menores valores de suas respectivas séries históricas. Relativamente, às exportações, o indicador manteve-se estável – guardando, naturalmente, estreita relação com o melhor desempenho recente do real frente ao dólar – enquanto que o de compra de matérias-primas continua com um valor abaixo do ideal.

Saiba mais:

O indicador de difusão da sondagem industrial varia entre 0 e 100 pontos. A linha de 50 pontos indica estabilidade. Predominância de respostas dos itens “aumento” e “aumento acentuado” levam o indicador acima dos 50 pontos. Por outro lado, indicadores abaixo desta linha indicam maior contingente de empresários apontando “queda” ou “queda acentuada” como respostas.
 

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