Para FIEC, o pacote de crédito do governo federal não resolve problema, que é de natureza fiscal e tem relação com o pessimismo da economia

As medidas anunciadas pelo Governo Federal nesta quinta-feira devem ser vistas como positivas, no que diz respeito a uma certa abertura do diálogo com a sociedade, especialmente através da reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e, também, por sinalizar uma redução na passividade do governo federal frente à séria crise atual.

No entanto, apesar disso, as medidas apresentadas não atuam na essência do problema, que é de natureza fiscal e se relaciona com o pessimismo na economia.

Dessa forma, poderão causar alguma melhoria no mercado de crédito, mas ainda nos mantêm muito distantes da solução desejada. Por outro lado, o anúncio de ontem parece uma contradição diante, por exemplo, da elevação das taxas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), ocorrida em dezembro.

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará acredita que ações estruturais como as reformas da previdência e tributária deveriam ser prioridades na agenda governamental, assim como uma atuação com vistas a elevar nossa inserção internacional e no ganho de eficiência da máquina pública, o que tornaria possível a realização do ajuste fiscal sem elevação ou criação de tributos, proporcionando importantes avanços para a competitividade do país.
 

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