Sondagem Industrial de setembro mostra novo desaquecimento da indústria cearense

O volume da produção na indústria do Ceará registrou número abaixo dos 50 pontos em setembro, o que evidencia retração da atividade. Nessa direção, foi registrada redução na utilização da capacidade efetiva, com o indicador tendo, em setembro, o valor mais baixo desde 2010; por sua vez, o indicador do número de empregados atingiu o menor nível desde 2011, enquanto que, também de forma consecutiva, houve aumento dos estoques, evidenciando quadro de diminuição da demanda.

Os dados são da pesquisa Sondagem Industrial do Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa apresenta indicadores de difusão ligados ao volume de produção, utilização da capacidade instalada frente o usual, estoques e número de empregados.

Esse cenário guarda relação com a persistente crise econômica brasileira - e seus rebatimentos sobre a indústria cearense -, e pode ser sintetizado em retração da demanda, seguida de aumento dos estoques indesejáveis, provocando redução da produção e, consequentes diminuições na utilização da capacidade efetiva e nos empregos.

Dessa forma, as expectativas dos industriais do estado para os próximos seis meses sobre aumento da demanda, contratação de colaboradores, compra de matérias-primas e intenções de investimento foram negativas, com os indicadores atingindo os menores valores de todas as suas respectivas séries históricas. O único comportamento diferente foi observado no indicador perspectivas de exportações, o qual alcançou o maior valor dos últimos 12 meses. O resultado possui relação com a desvalorização da moeda nacional frente ao dólar.

Saiba mais:

O indicador de difusão da sondagem industrial varia entre 0 e 100 pontos. A linha de 50 pontos indica estabilidade. Predominância de respostas dos itens “aumento” e “aumento acentuado” levam o indicador acima dos 50 pontos. Por outro lado, indicadores abaixo desta linha indicam maior contingente de empresários apontando “queda” ou “queda acentuada” como respostas.

Acesse aqui o estudo completo.

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