Heitor Studart participa de reunião do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (CONERH) com estimativa para 2024

O Presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da FIEC, Heitor Studart, participou, nesta terça-feira (21/11), da reunião do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (CONERH), realizada na sede da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerg), no bairro Cambeba. O objetivo do encontro foi avaliar a situação hídrica das bacias hidrográficas do Estado do Ceará, abordar previsão e perspectivas para o aporte hídrico em 2024 e discutir outorga de água, além de apresentar obras estruturantes necessárias para o setor hídrico do estado.

A reunião contou com duas apresentações. A primeira, com o tema “Perspectivas das implicações do fenômeno El Niño no semiárido nordestino”, foi apresentada pelo presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio. A segunda abordou a “Situação do aporte hídrico no estado do Ceará” e foi apresentada pelo Diretor de Operações da Cogerh, Tercio Dantas.

“A gestão da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) nos garante que, em 2024, não teremos alteração em termos de consumo humano e do setor industrial (incluindo o Complexo Industrial do Pecém - CIP). Entretanto, também não haverá aumento na oferta de outorga de água para o agronegócio, a irrigação, a agricultura familiar e o setor industrial. Ou seja, todas as condições existentes de hoje deverão ser mantidas”, explica.

Normalmente, o ciclo do El Niño se estende por mais de um ano, logo, há uma preocupação visando o ano de 2025. Por isso, o governo do Estado decidiu reativar o comitê gestor de crise do estado para controlar as outorgas, ofertas de água e destinações prevendo o pior cenário para 2024.

Além disso, existe uma dedicação para tomar providências significativas para o Estado. Dentre elas, as prioridades são trabalhar junto ao governo federal na conclusão de obras da transposição do canal de São Francisco e para viabilizar a duplicação da oferta de bombas e equipamentos hidromecânicos que duplicariam a capacidade de água para o eixo norte.

Outras medidas importantes são a licitação do Ramal do Salgado — acesso mais viável tecnicamente e com menos perda d’água do canal do São Francisco para o açude do Castanhão — e a duplicação dos sifões do Eixão das Águas, que duplica a capacidade de transferência de água do açude Castanhão para a Região Metropolitana de Fortaleza.

“É preocupante, primeiro porque não há condições de expansão do agronegócio, do setor de irrigação e da agricultura familiar no ano de 2024. Por outro lado, é um conforto no sentido de que não faltará água para o consumo humano, de animais e para a manutenção do setor industrial. Mas precisamos trabalhar juntos — poder executivo, legislativo e setor produtivo — no sentido de viabilizar essas obras estruturantes, capazes de possibilitar uma redução desse problema e possibilitar um avanço no sentido de oferta de água para os próximos anos”, conclui o presidente Heitor Studart.

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