Capacete Elmo ganha Prêmio Euro de Inovação na Saúde

O Capacete de respiração assistida Elmo, desenvolvido durante a pandemia no Ceará, conquistou mais uma premiação, desta vez, internacional: o Prêmio Euro de Inovação na Saúde.

Em votação on-line, a iniciativa cearense foi eleita uma das 12 inovações tecnológicas mais relevantes da América Latina (AL). A escolha contou com a participação de médicos e integrou o cronograma de etapas do Prêmio Euro de Inovação na Saúde, iniciativa da farmacêutica Eurofarma, multinacional brasileira com presença em mais de 20 países.


Os vencedores serão premiados em 50.000 euros e o dinheiro será investido em pesquisas. Como forma de estímulo, as 12 inovações ganhadoras concorrerão a categoria iniciativa destaque. A definição também vai ser feita de forma virtual e o vencedor receberá o prêmio de 500.000 euros.

Participação da FIEC e do SENAI Ceará

O Elmo foi desenvolvido por meio de uma parceria público-privada, envolvendo gestores e pesquisadores da Secretaria da Saúde; da Escola de Saúde Pública, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap); da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC); do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará); da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade de Fortaleza, além da empresa Esmaltec.

A importância do Capacete Elmo na pandemia

O capacete foi fundamental no tratamento de pacientes com quadro leve ou moderado de Covid-19. As pesquisas constataram que o dispositivo melhorou a capacidade respiratória dos pacientes ao ponto de reduzir, em até 60%, a necessidade de internação, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No total, mais de 40 mil pessoas em todo o país utilizaram o equipamento, que também serviu para o tratamento de outras doenças respiratórias.
O instrumento foi desenvolvido pelo médico pneumologista e intensivista cearense, Marcelo Alcântara. “Eu me inspirei em um capacete italiano utilizado em 2016 que se mostrou útil para o tratamento de pacientes com condições parecidas as da covid 19. Com ele, nós conseguimos tratar os pacientes fora da UTI. Damos um suporte de oxigênio e pressão que evita a intubação em, pelo menos, metade dos casos e também é seguro, uma vez que o capacete fica vedado no pescoço e o paciente pode falar, tossir, espirrar, e não vai contaminar o ambiente”, disse.
O capacete foi produzido em larga escala, tendo aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (ANVISA). A patente da marca foi registrada no Instituto da propriedade industrial, (INPI).

Reconhecimentos

A iniciativa cearense também foi homenageada com a entrega da Medalha da Abolição, a maior comenda do Estado do Ceará, ao Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em março do ano passado. O capacete foi reconhecido ainda pelo Prêmio Nacional de Inovação da Indústria, também em março de 2022.
 

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