Coordenador de Energia da FIEC debate potenciais do hidrogênio verde e de energias renováveis no Proenergia Summit 2023

Os potenciais de produção e exploração do Hidrogênio Verde no Ceará nortearam o painel de debates conduzido pelo Coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Constantino Frate, no primeiro dia de programação do PROENERGIA Summit 2023, nesta quarta-feira, 20/09. Considerado o maior do segmento no Brasil, o evento é realizado pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a FIEC e o Sebrae.

Além do Coordenador da FIEC, a discussão teve a presença do Gerente de Soluções Verdes Industriais da Neoenergia, Phyllipe Pinheiro Morais; do Diretor de Desenvolvimento de Negócios da BP, Adriano Burger; do Diretor de Operações da Qair Brasil, Gustavo Rodrigues Silva; da Vice-Presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da ABSOLAR, Camila Ramos; do Diretor de Transição Energética da América Latina da Air Liquide, Lucas Rodriguez Rosas; do Head of Business Development for Industries da Siemens, Valdeir Ribeiro Soares; e do Especialista Energy, Resources & Industrials e Gerente do GreenSpace Tech da Deloitte no Brasil, Breno Medeiros.

Em sua fala, Constantino Frate destacou o papel da FIEC como articuladora entre a indústria, o poder público, a Universidade e os demais atores que trabalham para promover a cadeia de suprimento de Hidrogênio Verde no Brasil e no Ceará. Segundo ele, é a interlocução entre esses diferentes segmentos que irá viabilizar o ambiente de negócios do H2V no cenário da transição energética.

“Essas instituições vão se articular não só para criar condições em termos de infraestrutura, mas em termos de políticas locais”, afirmou o Coordenador de Energia da FIEC. “São essas diversas iniciativas que vão permitir que o Brasil tenha condições de almejar uma reindustrialização, um novo período de crescimento que seja alavancado pelo alto potencial de energias renováveis”, acrescentou.

Durante o painel, os palestrantes abordaram experiências bem-sucedidas no exterior, além de projetos envolvendo o Hidrogênio Verde no Brasil. O Ceará, em especial a região do Porto do Pecém, foi visto como estratégico no mercado nacional, devido à grande disponibilidade de recursos naturais utilizados para a produção do combustível limpo.

“O Pecém está em posição de destaque quando a gente considera a capacidade local para essa produção. Trazer grandes empresas para estruturar isso aqui no Brasil é fundamental. Temos que pensar o Pecém como grande hub de energia renovável”, ressaltou o Diretor de Desenvolvimento de Negócios da BP, Adriano Burger.

A Qair Brasil, que assinou Memorando de Entendimento com o Governo do Estado para a instalação de uma planta de H2V no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, apresentou o projeto que pretende desenvolver em solo cearense. Gustavo Rodrigues, Diretor de Operações da multinacional, explicou que a empresa já começou o trabalho, fomentando o uso de Hidrogênio Verde no Ceará, e que a produção de fato deve ser iniciada até o ano que vem.

“Nossa intenção é terminar o ano que vem produzindo Hidrogênio Verde no Ceará, numa planta de 5MW”, afirmou o Diretor. “A Qair enxerga o Brasil de uma forma muito própria. Temos muita área e um potencial solar e eólico diferenciado, então aqui conseguimos fazer plantas de muitos GW”, completou. 

A Vice-Presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da ABSOLAR, Camila Ramos, ressaltou que, em todo o mundo, já foram anunciados mais de mil projetos de H2V, número que mostra a crescente preocupação internacional com a descarbonização e a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia limpas e renováveis.

Conforme ela, só o Nordeste brasileiro tem possibilidade de fornecer mais de 107GW em projetos a partir de energia solar e eólica. “Não é qualquer lugar do mundo que tem esse potencial, não só em termos de volume, mas de qualidade”, pontuou. “É iminente começar a investir, porque o Hidrogênio Verde oferece oportunidades muito diversificadas, seja na indústria, no setor energético, ou no agronegócio, por exemplo”.
 

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