Especialistas apontam, no 25° Energia em Pauta, caminhos viáveis para a inovação no setor de energético

As alternativas existentes, possibilidades e caminhos viáveis para a inovação no setor de energia, com vistas ao processo de transição energética justa e eficiente, foram discutidas durante a 25ª edição do Energia em Pauta, evento mensal promovido pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE) em parceria com a FIEC e o Sebrae, realizado nesta segunda-feira, 28, no Observatório da Indústria da FIEC, na Aldeota.

Na ocasião, especialistas de diversos nichos relacionados ao contexto da inovação promoveram um debate, que foi transmitido por meio do canal do Sindienergia no YouTube (Sindienergia CE) e está disponível na plataforma. A discussão teve como moderador o CEO da Mareal Engenharia, Alan Batista, e como convidados o professor Ricardo Thé, engenheiro elétrico dedicado a temas como Planejamento Energético, Mercado de Energia, Mobilidade Elétrica, Gestão de energia (ISO 50001) e Eficiência Energética em força motriz, e Tarcísio Bastos, gerente executivo da Unidade de Inovação e Tecnologia do SENAI Ceará (Unitec).

Bastos iniciou a conversa apontando os desafios para o setor com relação às metas de sustentabilidade que se impõem. “Precisamos zerar a emissão global de dióxido de carbono até 2050, além da previsão do Acordo de Paris, de implementar, de forma massiva, todas as tecnologias de energias eficientes e limpas já existentes, fazendo isso até 2030”, apontou, ressaltando que, no Brasil, 48% da matriz energética é renovável, o que evidencia a necessidade de investimento na chamada transição energética.

O especialista destacou ainda que o investimento em fontes renováveis não deve se limitar à produção de energia, mas abranger toda a cadeia, considerando fatores como o meio ambiente, gestão de resíduos, digitalização, eficiência energética e tecnologias 4.0. “O caminho para atingir a neutralidade passa pela pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, com investimentos em hidrogênio, mobilidade elétrica e eficiência energética. Devemos buscar formas de promover projetos de ICTs públicas e privadas, inovação aberta, capacitação profissional, parcerias estratégicas e aquisições de tecnologia”, completou, citando cases de sucesso do Senai.

Já Ricardo enfatizou que a transição energética, na forma como é realizada hoje, tem como alvo necessário a sustentabilidade. “A transição energética ocorre desde que o homem dominou o fogo. Sempre existiu. Mas, ainda é um desafio, principalmente pelas possíveis implicações das mudanças climáticas, que afetarão a economia muito fortemente. Precisamos educar a sociedade para um consumo mais consciente e sustentável, de forma imediata. Ainda trabalhamos com a lógica do século passado de atender a demanda a qualquer custo, só que, agora, com uma nova matriz”, alertou.

Entre os caminhos para alcançar a sustentabilidade, o professor citou as inovações tecnológicas, a geração de emprego e renda, a revolução de sistemas econômicos tradicionais, a promoção de novos processos produtivos, inclusão social e os investimentos em novas matrizes energéticas, sistemas de transportes, indústria e mercado de energia.

O moderador Alan Batista finalizou destacando que a inovação é uma das novidades do Proenergia Summit 2023, que ocorrerá nos dias 20 e 21 de setembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, e que terá como foco a transição energética. Batista lembrou que o evento contará, pela primeira vez, com a participação de startups e a realização de hackathon, visando soluções para o setor de energia. “É um dos eventos mais importantes do setor no País, sobretudo pela abordagem de temas tão relevantes, como o da transição energética, ESG, Cidades Inteligentes, Hidrogênio Verde, entre outros”, disse.

O consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço, acompanhou e participou do debate, que também teve as contribuições da diretoria do Sindienergia, representada pela diretora de Meio Ambiente, Laiz Hérida; pelo diretor de Geração Centralizada, Luiz Eduardo Moraes; além do presidente, Luis Carlos Queiroz, que encerrou o debate antecipando que, durante o Proenergia, um gerador de hidrogênio verde estará exposto ao público no Centro de Eventos.

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