Presidente do Sindlacticínios reúne IEL e representantes da UFC para seguir projeto inovador na pasteurização de leite

Na manhã desta quinta-feira, 10/08, o Presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios e Produtos Derivados no Estado do Ceará (Sindlacticínios-CE), José Antunes Mota, reuniu-se com Juliana Gasparin, Professora do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC, Luciana de Siqueira Oliveira, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFC, e o Especialista em Inovação do IEL-CE, Fábio Braga.

Em pauta, o seguimento do projeto que pretende criar um equipamento que vai baratear os custos de pasteurização de leite na indústria, atendendo a produtores de todos os portes, com o uso de luz ultravioleta. Os estudos também contam com a parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE).

“Estamos propondo o uso de uma tecnologia não-térmica para fazer a pasteurização que, hoje, utiliza temperaturas elevadas por algum tempo a fim de trazer segurança alimentar para o leite. Essa tecnologia, usando UV-C (luz ultravioleta de ondas curtas), não tem as alterações que a temperatura traz para o produto. É isso que vamos pesquisar, para criar um protótipo a ser validado na indústria de laticínios”, explica Juliana.

“Um equipamento de pasteurização térmica é caro. O de três mil litros custa, em média, R$150 mil. Com essa nova tecnologia, o leite e seus derivados vão chegar em boas condições de ser consumidos, pois vão passar pelo processo de pasteurização que vai evitar a transmissão da tuberculose, da brucelose, da febre aftosa, então é um trabalho espetacular. Isso vai marcar nossa passagem pelo Sindlacticínios”, explica o Presidente José Antunes Mota.

O projeto já foi submetido ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), através da chamada do Programa de Mestrado e Doutorado em Inovação, o MAI/DAI. A próxima fase é a garantia de recursos para a realização da pesquisa e a construção do protótipo, após estudos que envolvem graduandos e pós-graduandos. A ideia, segundo as pesquisadoras, é tornar viável e disponível uma tecnologia mais barata que ocupe menos espaço e proporcione menos custos aos produtores. “É uma oportunidade de buscar uma agregação econômica, em termos de tecnologia, e também social, por permitir que pequenos e médios produtores possam utilizar esta solução”, afirma Luciana.

FIEC e Academia juntos pela inovação

Segundo o Especialista em Inovação do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-CE), Fábio Braga, este projeto nasce em um contexto de pioneirismo do Sindlacticínios, ao reunir uma equipe de pesquisadores para desenvolver uma solução inovadora, na trilha da missão assumida pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará.

“Recentemente, a Diretoria de Inovação da FIEC direcionou o IEL como elo entre o setor produtivo e a academia. Quando temos uma ação como esta, que vai além do caráter básico da inovação, partindo de um projeto de pesquisa, a ideia chega com um nível de maturidade maior, mesmo em estado inicial. Uma atividade como esta, coloca o IEL, o Sindilacticínio, a UFC e o IFCE como ‘players’ de um desenvolvimento de inovação bem robusto que terá, além do impacto tecnológico, um impacto social espetacular. Com certeza, podemos, inclusive, tentar submeter ao Prêmio Nacional de Inovação da CNI".

 

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