Relação entre mobilidade e hidrogênio verde é tema de discussões no auditório Waldyr Diogo

Na tarde desta quinta-feira, 04/08, no auditório Waldyr Diogo, as palestras do FIEC Summit 2022 – Hidrogênio Verde continuaram com dois painéis que tiveram como foco o “Hidrogênio Verde na descarbonização da mobilidade” e “Temas prioritários para o Hidrogênio Verde”.

O primeiro painel teve como moderador o Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC e Presidente da Câmara Setorial de Energias do Ceará (CSEnergias), Joaquim Rolim.

Francisco Magalhães, Diretor de Vendas da EV e FC Mobility, em Portugal, iniciou a primeira palestra pontuando algumas vantagens e desvantagens dos carros movidos a hidrogênio, frente aos combustíveis fósseis e eletricidade.

A CaetanoBus, empresa fabricante de veículos em Portugal, fechou parceria com a Toyota para que, nesta primeira fase, primeiro sejam produzidos ônibus e veículos de passeio e de mercadorias, movidos a hidrogênio, e posteriormente, evoluir para caminhões e carros mais pesados. “Sabemos das responsabilidades do setor de mobilidade e nosso objetivo é unir as tecnologias elétricas e de hidrogênio. Uma não irá substituir a outra e sim somar”, afirmou Magalhães.

Células de combustível

Em seguida, foi a vez de Silvano Pozzi, Diretor de Gerenciamento de Linha e Estratégia de Produtos da Ballard Power Systems falar. O executivo palestrou sobre a produção de energia, a partir de células a combustível. “Essa está sendo uma grande alternativa para as futuras gerações, por ser uma energia limpa e sem poluentes. O elétron será a fonte do momento e, por isso, o hidrogênio está no centro do processo.

Silvano apresentou como é um caminhão movido a célula de combustível, além de um motor, e as semelhanças com os motores a diesel. “Esse já é um produto comercial no mundo, o que precisamos melhorar são as infraestruturas, durabilidade e custos do hidrogênio, além de produzir em larga escala”, ressaltou Silvano.

A tecnologia das células de combustível já é uma alternativa, visto que a conversão de energia química em energia elétrica ocorre sem qualquer emissão de gases poluentes.

Carros elétricos

Seguindo as palestras, João Irineu, Diretor da Stellantis, apresentou os modelos de carros que são fabricados pelas empresas Jeep, Fiat, Peugeot e Citroen. Segundo o executivo, a Stellantis tem concentrado esforços no desenvolvimento local de veículos híbridos e a etanol, aumentando a produção de carros elétricos.

Mobilidade de hidrogênio na Califórnia

Finalizando a primeira rodada de palestras, Bill Elrick, Diretor Executivo da Califórnia Fuel Cell Partnership – CaFCP, falou sobre a mobilidade de hidrogênio na Califórnia. Bill destacou as dificuldades enfrentadas nos Estados Unidos para estabelecer a tecnologia de mercado sustentável no país.

Iniciando o segundo período de palestras do auditório Waldyr Diogo, o moderador do painel “Temas prioritários para o Hidrogênio Verde” foi Luis Carlos Queiroz, Presidente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE).

Financiamento

As palestras seguiram com a apresentação de Luciano Schweizer, Coordenador Sênior de Projetos da Agência KfW Brasil, que esclareceu os principais programas de apoio para projetos de produção ou utilização de hidrogênio verde.

Logo após, foi a vez do Alexandre Siciliano Esposito, Chefe do DEENE1 - Departamento de Energia Elétrica 1 do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O banco já vem trabalhando algumas linhas de créditos e financiamentos que possam viabilizar soluções que apoiem a produção de hidrogênio de baixo carbono e a exportação do combustível”, afirmou.

Dando continuidade, o Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, fez uma apresentação sobre as potencialidades do Ceará com relação a energias renováveis, solar, eólica e o hidrogênio verde. Além de apresentar o HUB de Energia do Estado que está em construção.

Lauro Fiúza Júnior, Presidente do Conselho da Servtec, apontou os desafios da energia eólica offshore no Brasil. “Os parques offshore estão evoluindo cada vez mais rápido no Brasil, e caminhando para ser uma das principais fontes de energia limpa do país. Já existem mais de 50 projetos, totalizando 133 GW (Gigawatts) de capacidade”, afirmou.

Complementando o tema, o Secretário Executivo de Energia e Telecomunicações da Secretaria da Infraestrutura (SEINFRA) do Governo do Estado, Adão Linhares, apresentou a expansão do Sistema de Transmissão para o hidrogênio verde.

Para fechar o último dia de palestras do I FIEC Summit, a Diretora de Licenciamento Ambiental da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Emanuelle Vasconcelos, apresentou as ações que estão sendo adotadas pela Semace em relação ao hidrogênio verde: parâmetros aplicáveis do licenciamento ambiental para empreendimentos de produção de hidrogênio verde no estado do Ceará; rol de atividades passíveis de licenciamento; elaboração de documentos padrões; treinamentos e a elaboração de instrução normativa.

Todo o material on-line, painéis e palestras, que foram apresentados nos dois dias do I FIEC Summit estarão disponíveis por 30 dias no site. (link)

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