Em coluna no jornal O Povo, Karina Frota analisa o conflito entre Rússia e Ucrânia e os impactos no comércio exterior
Confira o texto na íntegra da coluna, desta semana, da Gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, no jornal O Povo.
O conflito entre Rússia e Ucrânia completou a sua primeira semana. Há pouco mais de oito dias, o Presidente Vladmir Putin anunciou o começo da ofensiva de suas tropas em território ucraniano.
O preço do petróleo disparou, o mercado financeiro reagiu, o clima de incerteza e insegurança são predominantes. Desde a Segunda Guerra Mundial, é o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente.
O Estudo elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da FIEC, sinaliza os possíveis impactos no Comércio Exterior, já que as duas nações envolvidas no conflito geopolítico são nações exportadoras de energia, commodities agrícolas e algumas commodities industriais.
É possível que as sanções aplicadas à Rússia afetem as exportações e importações cearenses e brasileiras por conta do expressivo aumento das conexões das cadeias globais. Além disso, o citado Estudo sinaliza que a Rússia possui relevante reserva de moeda estrangeira, o que pode assegurar a curto prazo as compras do país. Se não forem aplicadas sanções mais severas, ainda assim são significativos os impactos negativos nas balança comercial do país e o PIB mundial.
A estagnação de ativos e bens de cidadãos russos em países estratégicos podem restringir o acesso ao financiamento e afetar a movimentação de setores da economia russa ou mesmo dos financiamentos à exportação e pagamentos das compras internacionais.
A Ucrânia é considerada “celeiro da Europa” e a Rússia tem papel de destaque na produção e exportação mundial de gás natural. Assim, é possível o comprometimento relacionado ao abastecimento dessas commodities para o mundo. Os produtos importados tendo como origem os dois países, podem sofrer declínio.
Importante e necessário acompanhar a retirada dos bancos russos do sistema internacional. Tal situação pode impedir o país de realizar transações comerciais com outras nações.
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Foto: ANDREY BORODULIN