11ª edição do Energia em Pauta aborda Mercado Livre como oportunidade de redução de custos para empresas

O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico (Sindienergia-CE) realizou, na tarde desta quinta-feira, 27/05, a 11ª edição do Energia em Pauta. Promovido em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o evento teve a seguinte temática: “Mercado Livre – oportunidade de redução de custos para empresas”.

O evento ocorreu em formato on-line e foi aberto ao público, formado, em sua maioria, por empresários, profissionais da área, estudantes e demais interessados no assunto.

Como palestrante, a edição trouxe o especialista da área, Paulo Siqueira, Diretor de Gestão Energética do Sindienergia-CE, CEO e sócio-fundador da Soma Energia, empresa de gestão energética que atua com questões regulatórias, comerciais e operacionais do Mercado Livre, Geração Distribuída e Eficiência Energética.

Em sua apresentação, o especialista destacou que reduzir o custo do insumo energético é o principal objetivo do Mercado Livre e que, no último ano, esse tipo de mercado teve um incremento de 31% no seu público, o que demonstra que as empresas estão mais atentas à essa possibilidade de redução de custos e maior competitividade para os negócios.

Hoje, para aderir ao Mercado Livre, a empresa precisa ter uma demanda mínima de 1500 Kw e, para ser um cliente livre especial, uma demanda igual ou superior a 500 Kw, bem como pertencer ao grupo A (ou seja, de alta tensão).

Siqueira esteve acompanhado na discussão pelos debatedores: Reginaldo Medeiros, Presidente Executivo da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (ABRACEEL); Bernardo Santana, advogado especialista na área de direito regulatório e ambiental com foco em energias renováveis e sócio da BBMA Advogados Associados; e João Henrique Lins, responsável pelas operações comerciais em todo o Nordeste do grupo Elétron Energy, com mais de 15 anos de experiência no setor elétrico. Todos foram unânimes em afirmar que o Mercado Livre ainda precisa ser mais explorado, sendo suas vantagens melhor difundidas.

Para explicar o quanto é mais vantajoso para os grandes empresários migrar do Mercado Cativo de energia (o usual, no qual recebemos a energia da distribuidora e não há negociação de valores e volume de energia), Paulo Siqueira fez duas analogias: “Assim como têm pessoas que ainda apostam na poupança como forma de investimento, ainda existem potenciais consumidores do Mercado Livre que ainda não migraram, ainda estão no Mercado Cativo. As distribuidoras são as ‘lojas de conveniência’ da energia e, como sabemos, comprar nesse tipo de loja é sempre um pouco mais caro. E o Mercado Livre é a opção mais barata para adquirir energia”, explicou o Diretor de Eficiência Energética do Sindienergia-CE.

O Presidente Executivo da ABRACEEL, Reginaldo Medeiros, por sua vez, destacou que existem muitos interesses alheios aos benefícios para o consumidor que ainda dificultam a expansão do Mercado Livre e citou que existe, há seis anos, um projeto de lei na Câmara Federal que defende a portabilidade da conta de luz. Já o advogado Bernardo Santana, lembrou outras duas grandes vantagens do Mercado Livre, que são a previsibilidade do gasto anual com energia das empresas e os custos de migração quase inexistentes.

Por fim, João Henrique Lins destacou a necessidade de esclarecer, cada vez mais, certas dúvidas ainda recorrentes dos empresários em relação ao Mercado Livre. Muitos, por exemplo, pensam que deixarão de ter “a quem recorrer”, a assistência de uma empresa responsável pelo serviço, quando, na verdade, o consumidor continua vinculado à distribuidora do seu Estado, contando com o mesmo suporte em questões relativas ao fornecimento.

O evento contou também com a participação do presidente do Sindienergia-CE, Luís Carlos Queiroz, e do Consultor da FIEC e Presidente da CSRenováveis/CE, Jurandir Picanço, que fez a moderação do evento.

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