Falta de insumos limita recuperação da produção industrial cearense, aponta Observatório da Indústria da FIEC

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do seu Observatório da Indústria, em parceria com a Condeferação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nesta quinta-feira (12/11) uma edição especial da Sondagem Industrial sobre insumos.

Segundo o levantamento, feito de 1 a 14 de outubro de 2020, com a participação de 81 empresas, a falta de insumos está limitando a recuperação da produção industrial cearense.

O objetivo da pesquisa era conhecer quais são os principais obstáculos e expectativas do empresariado com relação à oferta de insumos. "A pesquisa ajuda a destrinchar as particularidades da conjuntura para o Estado do Ceará, onde observamos grande maioria das empresas revelar falta de atendimento, parcial ou majoritária, da demanda por seus produtos", destaca David Guimarães, pesquisador do Observatório da Indústria. 

O levantamento identificou a dificuldade em adquirir insumos nacionais e importados, limitados principalmente pela falta de estoques dos fornecedores. Além disso, apontou o impacto deste problema no atendimento ao cliente, bem como os desafios de algumas empresas em atender sua demanda. Por fim, a Sondagem indica as expectativas do empresariado, que se encontra pessimista acerca do período para normalização da oferta de insumos.

ENTENDA MELHOR

A pandemia do novo coronavírus paralisou parte do setor produtivo do país durante o período de isolamento social adotado no Brasil. Desse modo, muitas indústrias venderam seus estoques e não conseguiram repor no período da suspensão das atividades. Esse processo, aliado à recuperação da produção industrial, trouxe o desafio da falta de insumos, que acaba freando uma recuperação mais rápida.

No Ceará, o setor da construção civil relatou dificuldade para a compra de insumos básicos, além de uma alta nos preços em algumas matérias primas. O tijolo, por exemplo, apresentou uma inflação acumulada no ano (até outubro) de 28,8% no Brasil.

A alta do dólar em conjunto com a recuperação econômica nos países que conseguiram controlar a COVID-19 tem favorecido as exportações. Por outro lado, tem dificultado ainda mais a compra dos insumos advindos do exterior em decorrência do custo maior em importar. Além disso, tem dificultado a produção de bens produzidos domesticamente, mas que têm seus custos e preços relacionados ao mercado internacional.

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