FIEC lança 2ª edição do Índice FIEC de Inovação dos Estados

Nunca se falou tanto sobre inovação. O tema é recorrente na literatura econômica, seja nos relatórios do Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial ou Nações Unidas, e já se tornou um dos pilares de qualquer discussão sobre desenvolvimento. Com os efeitos da pandemia de coronavírus, a importância da inovação ganhou ainda mais corpo.

Alinhada com este momento de transformação nos modelos de negócio de todo o mundo, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria, lança a 2ª edição do Índice FIEC de Inovação dos Estados.

Trata-se de um verdadeiro raio-x de como cada Estado brasileiro se posiciona em diferentes aspectos do processo inovador. O Índice mensura aspectos multidimensionais do processo de inovação e traça um ranking nacional. O objetivo é identificar lacunas e direcionar políticas para a melhoria e desenvolvimento dos diferentes aspectos do ecossistema de inovação no Brasil.

Vale ressaltar que o Brasil está longe de estar entre os países que mais inovam no mundo. Em 2019, encontrou-se em 66ª posição no Índice de Inovação Global. Entre os países da América Latina, ocupou a 5ª posição, mesmo sendo a maior economia da região. Em termos nacionais, o Estado mais inovador é São Paulo. Já o Ceará, ocupa a 13ª posição no ranking. Ambos os resultados são os mesmos do ano anterior.

ENTENDA

O Índice FIEC de Inovação dos Estados está dividido em duas áreas – Capacidades e Resultados – e cada uma delas avalia tanto o ecossistema de inovação quanto a inovação em si. Os indicadores que formam o Índice representam os aspectos e as capacidades essenciais para o desenvolvimento dos Estados brasileiros, de modo que, quando postos em conjunto, constroem a base para o crescimento da competitividade e da produtividade estadual.

São Paulo é, atualmente, o Estado mais inovador do Brasil, tendo obtido as primeiras posições nos indicadores de Investimento em C&T, Infraestrutura e Competitividade Global. Ele lidera tanto em Capacidades, como em Resultados. Sob a mesma metodologia, para o ano anterior, o Estado de São Paulo já estava na primeira posição do ranking.

Em 2ª lugar, figura Santa Catarina, que liderou em qualidade de Capital Humano (Graduação) e Propriedade Intelectual, bem como apareceu entre primeiras posições em diversos outros indicadores. No ano anterior, o Estado estava em 3º lugar, demonstrando uma evolução nos últimos dois anos. Santa Catarina ficou em 2º tanto no ranking de Capacidades quanto de Resultados.

O 3º colocado foi o Paraná, que apesar de não ter ocupado o primeiro lugar em nenhum indicador, teve resultados altos em muitos (por exemplo, esteve em 2º lugar em Investimento em C&T, Propriedade Intelectual e Infraestrutura de Inovação). O Estado ficou em 3º no ranking de Capacidades e em 4º nos Resultados, o que reflete certa “capacidade ociosa” a ser melhor aproveitada para a inovação. No ano anterior, o Paraná se encontrava na 2ª colocação geral.

Os Estados menos inovadores atualmente são: Tocantins (27º), Roraima(26º) e Amapá (25º). No ano anterior, o Amapá encontrava-se na 26ª colocação, subindo, portanto, uma posição. Roraima, anteriormente como último, igualmente subiu uma posição. Por fim, Tocantins, anteriormente o 25° colocado, caiu duas.

A região com maior inovação é a Sul, cujos três Estados encontram-se entre as 4 primeiras posições do ranking geral. Já a região Norte apresentou, em média, os menores resultados nos aspectos avaliados. O Nordeste aparece como penúltimo lugar entre as regiões, sendo que seu representante melhor colocado aparece apenas na 11ª posição, no caso, Pernambuco. O Sudeste é a região com melhores potencialidades em Capacidades, porém o Sul tem os melhores indicadores na parte de Resultados.

O Ceará ocupa o 13º lugar atualmente, mesma colocação quando comparamos com os mesmos parâmetros do ano anterior. É o 3º entre os Estados nordestinos, ficando atrás apenas de Pernambuco (11º) e da Paraíba (12º). Nas Capacidades, o Ceará encontra-se em 11º, enquanto em Resultados figura em 13º. Essa discrepância demonstra uma aptidão ociosa - isto é, uma capacidade maior que seu real desempenho -  que poderia estar sendo melhor aproveitada para a efetividade de inovação.

SAIBA MAIS

O Índice de Capacidades mede quatro aspectos. São eles:
- Investimento público em Ciência e Tecnologia;
- Capital Humano;
- Inserção de Mestres e Doutores na Indústria;
- Qualidade das instituições.

Já o Índice de Resultados é formado por quatro indicadores:
- Competitividade Global;
- Intensidade Tecnológica;
- Propriedade Intelectual;
- Produção Científica;
- Infraestrutura de Inovação.

OBSERVATÓRIO DA INDÚSTRIA DA FIEC

O Observatório da Indústria da FIEC tem a missão de contribuir para o desenvolvimento industrial do Ceará por meio da geração, uso e disseminação de conhecimento especializado. Para tanto, disponibiliza plataforma com informações socioeconômicas, de mercado, tecnológicas e de comércio exterior, entre outros. O Observatório, junto com Serviço Social da Indústria (SESI Ceará), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará), Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) e Centro Internacional de Negócios (CIN) formam o Sistema FIEC.

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