CNI discute estratégias de negócio durante pandemia de coronavírus

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou hoje (18/3) uma live no Facebook com o especialista em desenvolvimento estratégico e empresarial e consultor do Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi), Rodrigo Carrijo. O assunto foi a sustentabilidade dos negócios durante a pandemia de coronavírus.

De acordo com o consultor, as dinâmicas de consumo devem mudar nesse período de prevenção ao coronavírus. Cerca de 43% dos brasileiros já compram pela internet e a tendência é aumentar o consumo digital. "As empresas precisam estar atentas ao novo modelo de negócio atual, que tem uma jornada do cliente diferente da jornada do cliente no meio analógico. É importante perceber a migração para os canais digitais. Quando o efeito do coronavírus passar esses canais permanecerão fortes", afirmou.

As dificuldades estão cada vez maiores, mas também há oportunidades, segundo Carrijo. "O momento de dificuldade exige que o empresário pare, pense várias vezes, reflita, planeje para que as pessoas fiquem bem, mas o negócio também fique bem", aconselhou. Dos momentos de crise podem surgir novas ideias e novas formas de atuar, acredita o consultor. Para ele, todos os setores da economia serão impactados. 

O cuidado com a saúde dos colaboradores foi destaque na live da CNI. Na opinião de Carrijo, o ideal é equilibrar os cuidados com a saúde e com a sustentabilidade da empresa. "Cuidar da saúde da empresa é tão importante quanto cuidar da saúde dos colaboradores", enfatizou. Cada empresa conhece bem seus colaboradores e deve agir e orientá-los da melhor forma para preservar a saúde de todos.

A superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará) e líder de apoio sindical da FIEC, Dana Nunes, compartilha a opinião do consultor. "Precisamos respeitar as diretrizes das autoridades e ter um olhar especial para as pessoas. Estamos vivendo um momento difícil, vamos viver um momento de pico, de turbulência, mas sabemos que vai passar. É necessário respeitarmos uns aos outros, ajudarmos uns aos outros", analisa. 

Na opinião de Dana Nunes, as ações da FIEC e das casas SESI, SENAI e IEL, de cuidado com colaboradores, são a melhor estratégia. Ela aconselha que as indústrias façam o mesmo. "Nosso bem maior é a nossa vida, é estarmos bem para trabalhar e produzir. É importante ter respeito pelo próximo, que as pessoas se ajudem e que ninguém olhe somente para o seu negócio, mas que olhe para o todo. Os impactos estão acontecendo e serão grandiosos, mas não tenho dúvida que se pensarmos assim vamos minimizar e superar da melhor forma", afirmou.

O momento também é para refletir, conclui Dana. "É do caos que grandes empreendedores criam negócios. Estamos vendo que existem outras formas de atuar, de trabalhar para fazermos negócios. Procuro sempre ver algo positivo de uma situação difícil", finaliza.

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