Igor Queiroz publica artigo na revista da FIEC

A Revista da FIEC ganha  versão renovada em novembro. Confira o artigo do presidente do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz, Igor Queiroz Barroso, sobre os passos para o sucesso industrial.

Olhar do Industrial

Com muita honra escrevo as primeiras linhas desta coluna. Espaço para compartilhamento de conhecimento e que aborda um ponto que é intangível e transforma o mundo: o “Olhar do Industrial”.

Reduzir custos, otimizar recursos, produzir mais e crescer. Essa pode ser considerada uma equação de sucesso para o industrial. Mas para conseguir esse resultado é preciso entender que o mundo evoluiu, e as transformações contínuas são necessárias. Lembram da conhecida Lei da Seleção Natural, de Charles Darwin? Ela faz sentido para esse cenário que estamos vivendo, já que “os indivíduos mais bem-adaptados têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados”.

Aprendi desde cedo que as empresas precisam estar de olho nos investimentos em maquinários, um CAPEX permanente, de forma a manter a produção rodando a todo vapor. É preciso também participar de feiras e eventos em todos os cantos do planeta, a fim de trazer novidades para o negócio. Aliado a isso, é necessário aplicar o modelo de manufatura enxuta na indústria, que foi criado no Japão pelo engenheiro Taiichi Ohno, e tem como foco eliminar desperdícios e aumentar a competitividade.

Alguns acreditam no formato taylorista, que foca na organização da produção. Para mim, a manufatura enxuta é mais assertiva e atende melhor às necessidades do mercado e dos clientes. Afinal, estes são “reis”. Foi dessa forma que tiramos uma de nossas empresas de um prejuízo para um delta positivo de R$ 110 milhões, sem demitir ninguém, sem reduzir estrutura, só aplicando a manufatura enxuta. Isso em um curto prazo. Além disso, esse modelo resgata a motivação dos colaboradores na linha de produção, passando um sentimento de empoderamento, de melhoria contínua e de que nada é perfeito - sempre há espaço para ajustar.

Com a economia globalizada, é importante que o industrial tenha um olhar 360º, que fique atento às matérias-primas e use toda a sua "arte" para transformá-las. É preciso pensar que tudo faz diferença na hora de competir com o mundo. E isso tem que ser feito com maestria, pois se um concorrente estrangeiro entrar no seu mercado e tiver feito um bom “dever de casa”, isso pode ser fatal para o seu negócio. Digo e repito: no Brasil não há mais espaço para amadorismo. Aqui tem que ser profissional ao extremo.

O nosso industrial tem que estar sintonizado com o mundo. E a FIEC, com o direcionamento do presidente Ricardo Cavalcante, está se propondo a isso quando expõe no Observatório da Indústria dados e oportunidades nos mercados de todo o mundo. Com essa clareza, podemos fechar negociações sem intermediários e diminuir o custo industrial. Isso nos faz evoluir décadas como empresa, e em poucos cliques.

O industrial tem que ser vanguardista sempre, assim como foi meu avô Edson Queiroz, na década de 60/70 - seus feitos perduram até hoje. Tem que ter inovação disruptiva correndo nas veias.

Sei que não é fácil implementar tudo isso. Mas positividade e persistência no trabalho são necessárias. E não temos tempo a perder. Por isso, como nos diz a poetiza Cora Coralina: “O que vale na vida não é o ponto de partida e, sim, a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

Vamos olhar para frente!

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