FIEC prestigia personalidades cearenses com a Medalha do Mérito Industrial
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Beto Studart, acompanhado do governador Camilo Santana e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, entregou na quinta-feira (21/3), no La Maison Dunas, a Medalha do Mérito Industrial, a mais importante condecoração da instituição. Receberam a comenda a empresária Elisa Gradvohl, presidente do Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca no Estado do Ceará (Sindfrio); o economista Edson Queiroz Neto, chanceler da Universidade de Fortaleza (Unifor); e o secretário da Casa Civil do Governo do Estado do Ceará, Élcio Batista.
Em discurso de abertura da cerimônia, Beto Studart lembrou que a Festa da Indústria marca o reconhecimento ao esforço daqueles que, por sua trajetória, contribuem para engrandecer o Ceará através da inteligência, capacidade de antever o futuro e poder de realização – características pessoais compartilhadas pelas personalidades homenageadas. Em seguida o presidente fez uma avaliação do atual momento político e econômico do Brasil e ressaltou a necessidade de atitudes que primem pela ética nas relações comerciais, que levem em conta o respeito às instituições e que sejam voltadas ao desenvolvimento do país.
“Precisamos estar cientes de que a transformação requer sacrifícios, e por mais dolorosos que possam ser, é preciso que tenhamos foco nos frutos que irão gerar. Nesse sentido, o Congresso Nacional tem um compromisso com o povo, que é aprovar a reforma previdenciária para pavimentarmos a estrada do desenvolvimento. Resolvido esse impasse, temos certeza que o país terá plenas condições de destravar amarras que nos atingem como empreendedores, como a questão tributária, por exemplo”, declarou.
Na avaliação de Beto Studart, além da cobrança excessiva, o empreendedor brasileiro enfrenta a tributação em cascata e o custo elevado para o recolhimento dos impostos, caracterizando o modelo brasileiro como complexo e caro. O presidente da FIEC defendeu a necessidade de simplificar esse sistema o quanto antes para que seja possível a criação de um ambiente de competitividade isonômico com outros países. “Sem essa mudança estrutural, o Brasil vai continuar marcando passo na história”, frisou.
Élcio Batista, em nome dos três homenageados, fez um pronunciamento enfatizando a responsabilidade da homenagem e disse que a comenda cobra um compromisso ético e social com as pessoas e as instituições. “Hoje, Elisa, Edson, assim como eu, ao recebermos esta homenagem, nos sentimos como Atlas. O peso simbólico desta medalha será carregado ao longo da nossa trajetória, pois que nossa responsabilidade foi exponencialmente aumentada. Agradecemos pela homenagem, mas também pelo que a própria FIEC tem feito para que continuemos avançando, gerando emprego e renda e prospectando dias melhores para todos os cearenses”, disse.
O governador Camilo Santana finalizou a solenidade ressaltando a importância do reconhecimento feito pela FIEC por meio da Medalha do Mérito Industrial e destacou o papel da educação na construção do equilíbrio entre justiça social e desenvolvimento econômico.
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Medalha
Entregue desde 1974 a cerca de 90 agraciados, a comenda presta homenagem a empresários e personalidades com atuação marcante no impulso do desenvolvimento econômico do Ceará por meio de relevantes serviços prestados ao setor industrial cearense. Em 2017, foram homenageados os empresários Carlos Prado, Everardo Telles e José Carlos Gama.
Conheça os homenageados
Edson Queiroz Neto
Nascido em 23 de maio de 1977, Edson Queiroz Neto é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Fortaleza (Unifor).
Já atuou como diretor superintendente das empresas Nacional Gás e Paragás por 10 anos e, atualmente, é diretor de Administração-Estruturação do Grupo Edson Queiroz e superintendente do Sistema Verdes Mares. Em 2017, foi nomeado chanceler da Unifor.
Na área associativa, faz parte do Conselho Consultivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) e é membro da Associação Ibero Americana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP).
É também filiado à Associação Novos Líderes do Ceará, titular da cadeira Nº. 9 da Academia Cearense de Cultura (ACECULT), e sucessor de Airton Queiroz na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ), bem como faz parte do Conselho Superior da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT).
Élcio Batista
Cientista social, mestre em Sociologia, Élcio Batista é secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Ceará e tem a incumbência de articular a política entre o governo e a sociedade. Viveu a infância entre Aiuaba, no sertão dos Inhamuns, e Fortaleza, onde cresceu e construiu sua trajetória profissional nos setores público e privado, iniciando a carreira pela docência.
Em 2012, participou da elaboração do plano de governo do então candidato à Prefeitura de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Entre 2013 e 2014, foi titular da Secretaria Municipal de Juventude de Fortaleza. Afastou-se da gestão municipal para trabalhar na campanha de Camilo Santana, que, quando eleito, convidou-o para função estratégica no governo. Pautado pela pedagogia do diálogo, diretriz da gestão de Camilo, Élcio costurou com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) uma relação produtiva e benéfica para a Indústria e o desenvolvimento do estado.
Elisa Gradvohl
Filha de pai com origem francesa e mãe cearense, Elisa Maria Gradvohl não deixa se render a nenhum estereótipo que possa se refletir na classe e elegância do pai, ou na firmeza nordestina da mãe. Aprendeu cedo que a vida não é para ser contemplada, porque os resultados não aparecem sem o esforço do trabalho. E é assim que faz o seu dia a dia desde o início da manhã, que já pode ser no café do Hotel Marina, até à noite.
Nessa rotina, é capaz de intercalar reuniões com gestores públicos ou resolver questões particulares de empregados do grupo, que atua nos ramos da pesca, hotelaria e da indústria naval. A vocação para a área administrativa começou na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde passou 15 anos como funcionária pública, ao mesmo tempo em que, em outro período do dia, auxiliava o marido na construção do estaleiro que viria a resultar na Indústria Naval do Ceará (Inace).
Hoje, diz ela, não consegue mais ficar sem trabalhar e, procurando aliar segurança e sensibilidade nas decisões que toma, afirma que continua uma eterna lutadora por aquilo que acredita, mesmo que em alguns momentos as dificuldades pareçam intransponíveis.