Até abril, exportações cearenses cresceram 3,3% em relação a 2017

As exportações cearenses no período entre janeiro e abril de 2018 totalizaram US$ 639,2 milhões, um crescimento discreto de 3,3% em relação a 2017. No âmbito das importações, foi percebido um incremento de 6,4% no comparativo com o ano anterior, resultando em um total de compras do exterior de US$ 797,4 milhões. Como resultado desses movimentos de entradas e saídas de mercadorias do território cearense, o déficit da balança comercial local aumentou para US$ 158,2 milhões, um aumento de 20,9% na comparação com 2017. Os dados são do estudo Ceará em Comex, do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

No mês de abril de 2018, as exportações atingiram a marca de US$ 150,1 milhões, o que representa um leve decréscimo de 1,4% em relação ao mês de março, mas um crescimento de 58,7% quando comparado ao mesmo período de 2017. As importações cearenses no mês foram de US$ 185,1 milhões, valor 10,3% maior que o mesmo período do ano anterior. Abril foi o mês de menor valor importado quando comparado com os outros meses ao longo de 2018.

No tocante à balança comercial do Nordeste, a participação das exportações cearenses no acumulado do ano foi de 11,95%, valor acima dos 11,54% registrados pelas importações. Em relação à participação na balança comercial brasileira, as vendas externas do Estado apresentaram queda, de 0,91% para 0,86%. As compras do exterior exibiram o mesmo comportamento, caindo de 1,60% para 1,47%.

O Ceará se posicionou como décimo quinto colocado no ranking dos estados exportadores brasileiros. Em termos de crescimento, no comparativo entre os quatro primeiros meses de 2018 e 2017, o Estado cresceu apenas 3,3% enquanto a média do crescimento nacional foi de 9,6.

O município de maior representatividade na pauta exportadora do estado é São Gonçalo do Amarante, com mais da metade do total das exportações cearenses (52%). A performance do município nas exportações do estado é reflexo principalmente da produção de placas de aço pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Sobral, Fortaleza e Maracanaú seguem como municípios de maior destaque, com participação respectiva de 9,2%, 7,3% e 6,1%. Icapuí, na produção frutífera, aumentou suas vendas externas em mais de 700% entre 2017 e 2018.

Setor mais significativo das exportações cearenses, “Ferro fundido, ferro e aço” teve um total exportado de US$ 335milhões, o que equivale a 52,4% do total vendido para o exterior. Vale o destaque para o setor de “Frutas; cascas de frutos cítricos e de melões”, com um crescimento de 86,1% em relação à 2017.

Quanto aos produtos exportados, os itens exportados pela CSP, classificados como “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado”, obtiveram um aumento de 5,8% em relação a 2017 e representam mais metade das vendas externas do Estado, totalizando US$ 322,5 milhões. “Melões frescos”, produto tradicional na pauta exportadora cearense nos últimos anos, voltou a exibir forte resultado, depois da estiagem de 2017, as exportações do setor subiram mais de 7 mil pontos percentuais, chegando à marca de US$ 20,2 milhões.

Principal comprador dos produtos cearenses nos últimos meses, os Estados Unidos mantiveram a liderança em abril e aumentaram sua participação no mercado exterior do estado, subindo de 23,3% para 24,1%, o que equivale a US$ 154,3 milhões, esse valor representa quase um quarto de tudo que o Ceará exporta. Turquia e México, fortes compradores do aço produzido na CSP, vem em seguida com US$ 64,4 milhões e US$ 51,4 milhões respectivamente. A Áustria surgiu, em abril, como o décimo maior destino das exportações cearenses, com US$ 19,8 milhões, um aumento bastante significativo, se comparado aos US$ 328,9 mil de 2017.

Verificando o ranking dos estados brasileiros importadores, o Ceará caiu uma posição em relação a 2017, alcançando a décima quarta posição em 2018. As importações do estado representaram 1,6% do total importado pelo país.
São Gonçalo do Amarante continua sendo o município com a maior participação (43%) no ranking dos municípios cearenses importadores, com um pequeno acrescimento de 0,2% nas compras externas em 2018 diante de 2017. Fortaleza, com um aumento de 7,4%, segue na segunda colocação no ranking, com uma participação de 18,1%. Ressalta-se ainda a cidade de Chorozinho, que em 2017 não realizava compras externamente e nesse ano, figura como o quinto maior município importador do estado, com um montante de US$ 32,1 milhões.

O setor de maior representação na pauta importadora cearense em 2018 é “Combustíveis e óleos minerais”, liderando com US$ 366 milhões, 13,9% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Outros destaques dizem respeito aos elevados aumentos nas importações de “produtos químicos orgânicos”, que mais do que dobrou em relação à 2017, e aos produtos pertencentes ao setor de “aeronaves e aparelhos espaciais, e suas partes”, que exibiu nesse primeiro quadrimestre do ano, um aumento de mais de 24 mil pontos percentuais, saindo de US$ 54,2 mil para US$ 13,2 milhões.

Em relação as importações cearenses por produtos (NCM) de janeiro a abril de 2018, “Hulha betuminosa, não aglomerada” é o principal item importado pelo Estado, apesar de ter sofrido uma queda de 2,9%. Pode-se destacar, entretanto, aumento nas compras do exterior de outros itens, dos quais quatro dos dez principais produtos relacionados não haviam sido importados no mesmo período do ano anterior.

Em 2018, a China e a Colômbia alternam a liderança das origens das importações cearenses, a primeira com US$ 131,3 milhões, 13,89% maior do que em 2017, a segunda com 100,1 milhões. Trinidad e Tobago (1.641,6%) e Holanda (2.125,3%) foram os países que mais aumentaram suas exportações para o Ceará em 2018, o primeiro já ocupa a quarta posição nesse ranking.

Acesse o estudo completo AQUI.

Centro Internacional de Negócios da FIEC
O Centro Internacional de Negócios auxilia as empresas na inserção no mercado internacional, promovendo a cultura exportadora no Estado do Ceará. O CIN faz parte da Federação das Indústrias do Estado do Ceará - FIEC, que junto com Serviço Social da Indústria - SESI Ceará, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Ceará e Instituto Euvaldo Lodi - IEL Ceará formam o Sistema FIEC.
 

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