Presidente da FIEC reflete sobre decisões do STF e juiz Sérgio Moro

Em artigo publicado sábado (7/4), no Jornal O Povo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Beto Studart, reflete sobre as decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo juiz Sérgio Moro. Confira:

Sentimento renovado de brasilidade

As decisões tomadas esta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo juiz Sérgio Moro, entram para a historia do Brasil como marcos históricos fundamentais no combate à impunidade. Estamos vivenciando um quadro político de muitas dificuldades com reflexos diretos na economia do País. Cenário este que surge a partir do apareIhamento estatal por gestores públicos, que ramificaram a corrupção em grandes empresas nacio nais. Isso tinha que acabar de maneira exemplar.

A descoberta dessas ilicitudes pela Operação Lava Jato, se por um lado mostrou o que de fato acontecia nos escaninhos do poder, também gerou no seio da sociedade brasileira uma descrença nos homens públicos e na política como instrumento de transformação. 0 resultado desse desmonte acabou por se espraiar por outras instituições, criando um sério risco de perda de credibilidade, o que seria desastroso para o nosso futuro.

Nessa linha, cito o Judiciário, poder montado cm uma cultura que ainda privilegia a morosidade e a complacência, situações que na maioria das vezes se tornam incompatíveis com os anseios do cidadão comum pelo cumprimento da justiça. É nesse sentido, que as decisões tomadas pelo STF e o juiz Moro, se colocam para nós, empresários preocupados com os destinos do País, como gestos paradigmáticos.

Nós, que trabalhamos com dignidade, posso dizer que nos sentimos renovados em nosso sentimento de brasilidade. Entramos de fato em um novo momento, que nos traz a esperança e a confiança de investidores por melhores dias para o Brasil. Temos a certeza de que essa luta contra a corrupção tem ainda um longo caminho a ser percorrido. Mas o ponto fundamental, e aqui a questão não se trata de fulano ou beltrano, é que retomamos a esperança da justiça equânime. Esse deve ser o nosso norte de agora em diante. Como empresários, sabemos o quanto é importante a segurança jurídica na aplicação da lei e para a chegada de novos investimentos ao Brasil.

Foram, portanto, dias históricos, nos quais a sociedade lavou a alma e renovou a crença no Brasil. Mas é preciso que continuemos vigilantes, pois as melhores lições se dão através dos exemplos, e muitos outros precisam ser dados.

No portal O Povo Online, o artigo pode ser acessado AQUI

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