FIEC participa de fórum do Banco do Nordeste e da ABDE sobre financiamento para a transição energética justa

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) participou, nesta quinta-feira (10/10), do 4º Fórum Debate para o Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) em parceria com o Banco do Nordeste (BNB). Representando o Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, o Consultor de Energia da Federação, Joaquim Rolim, foi um dos convidados da abertura do evento, que debateu o financiamento para a transição energética justa e o potencial do Nordeste brasileiro.

Paulo Câmara, Presidente do BNB, e Márcia Maia, Presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN) e Diretora da ABDE, deram início às atividades do fórum, que tem a proposta de discutir temas relevantes para o desenvolvimento sustentável e a inclusão. Paulo Simplício, Responsável da Divisão Sistemas Financeiros na Agência Francesa de Desenvolvimento, e Ruben Delgado, Presidente da Softex, também integraram a mesa de abertura.

“É bastante oportuno o debate sobre o papel das instituições financeiras de desenvolvimento para acelerar a transição para fontes de energias sustentáveis com a devida e necessária inclusão social. Além disso, o evento de hoje procura dialogar com a adoção de tecnologias inovadoras e de energias renováveis, demonstrando a viabilidade de se financiar a geração de energia limpa”, afirmou Paulo Câmara, que também reforçou o papel de destaque do Nordeste no processo de descarbonização mundial e a necessidade de implantação de uma cadeia produtiva de hidrogênio verde na região.

Para o Consultor de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, um dos principais pilares da transição energética justa e inclusiva é a capacitação profissional, qualificando a população para os postos de trabalho que devem surgir com a “indústria verde”.

“Nesse sentido, a FIEC tem dado uma grande contribuição”, frisou Rolim, citando a inauguração do Centro de Excelência para Transição Energética Jurandir Marães Picanço Júnior e o projeto H-TEC, desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com o SENAI Ceará para formar profissionais da área de energias renováveis. 

“A FIEC e o Presidente Ricardo Cavalcante têm sido grandes impulsionadores do tema da energia renovável e da transição energética em prol do setor industrial, do Nordeste e do Ceará, por isso é muito importante participarmos de um evento como este do BNB e da ABDE, que é focado na transição justa e no financiamento para essa grande oportunidade que surge”, frisou Joaquim Rolim.

Márcia Maria, da ABDE, lembra que a transição para uma economia de baixo carbono é “um imperativo”, e que a experiência do Nordeste na geração de energias renováveis e, futuramente, de hidrogênio verde, colocam a região em lugar privilegiado. No entanto, ela ressalta que, embora a descarbonização possa promover grande crescimento econômico, “não é por si só capaz de garantir um justo compartilhamento de seus frutos”.

“Entre os diversos desafios que a transição energética apresenta para nós, está o de garantir que as populações potencialmente afetadas por empreendimentos energéticos renováveis sejam devidamente consultadas possam usufruir dos resultados econômicos produzidos por aqueles setores”, disse a Diretora da ABDE. “Outro aspecto é a necessidade de o Brasil em geral criar capacidades produtivas para satisfazer a demanda dos novos setores energéticos por componentes industriais e serviços complexos. A transição é também uma oportunidade histórica para revertemos a desindustrialização pela qual o país passou nos últimos anos”, completou.

Painel

Durante o fórum, Joaquim Rolim participou, ainda, de painel sobre sinergias e oportunidades entre instituições financeiras de desenvolvimento, no qual apresentou dados sobre geração de energias renováveis, linhas de transmissão e custos da produção energética no país. O Consultor de Energia da FIEC também elencou propostas para a transição energética justa, a exemplo do fortalecimento dos programas de capacitação, o desenvolvimento de novos mercados para energias renováveis e a ampliação dos sistemas de transmissão e distribuição de energia.

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