30° Energia em Pauta discute a regulação e os rumos da Geração Distribuída no Brasil

A regulação, a viabilidade e os novos modelos de negócio da Geração Distribuída (GD) de energia no Brasil foram debatidos durante o 30° Energia em Pauta, projeto realizado mensalmente pelo Sindienergia-CE, em parceria com a FIEC e o Sebrae. Reunidos na Cobertura da Federação, com participações online, especialistas abordaram os aspectos mais relevantes do segmento, na noite desta quinta-feira, 27.

Participaram do programa o advogado especialista em Energias Renováveis e diretor da Bao Ribeiro Advogados, Thiago Bao; o especialista em Regulação da Energo Engenharia, Felício Santos; e o diretor de Regulação do Sindienergia e Sócio na BVS Energias, Bernardo Santana.

Já a moderação ficou a cargo de Hanter Pessoa, diretor de Geração Distribuída do sindicato e CEO da H3 Solar. “O segmento da Geração Distribuída é muito dinâmico. Está sempre mudando, nos apresentando novos modelos e novas oportunidades. Por isso, é importante estarmos sempre atentos a esse dinamismo e buscando, de maneira constante, esse aprendizado”, destacou.

Na apresentação inicial, Felício Santos apresentou um panorama regulatório da GD no Brasil e detalhou a viabilidade dos modelos de GD I, II e III. “Podemos assegurar que todos são modelos de negócio viáveis, mesmo nas condições de compensação vigentes pós GD1. Alguns, porém, têm mais vantagens. Mas, se atentem sempre à construção dos modelos de investimento”, defendeu, ao apresentar os aspectos singulares de cada modalidade.

Já Thiago Bao traçou os aspectos burocráticos legais voltados à atuação no segmento e as perspectivas para a atuação no mercado. “O cenário em GD é de muita insegurança jurídica. E o conhecimento é fundamental em um setor extremamente regulado e que sofre a cada semestre uma mudança regulatória. Temos que estar sempre atualizados e atentos aos trâmites regulatórios que podem resultar em perda de investimentos”, analisou.

Já Bernardo destacou a potencialidade do Ceará na geração de energias renováveis e o surgimento de novos modelos de negócio no Estado, como os fatores de investimento na Geração Distribuída, de maneira remota, com baixo capital. Sobre as perspectivas do mercado, foi enfático: “Acredito que a próxima evolução da GD será o armazenamento em baterias”. Todo o programa foi transmitido e está disponível no canal do sindicato no YouTube (Sindienergia CE).