[Discurso] Jorge Alberto Vieira Studart Gomes

Meus amigos,

Habitualmente, subo à tribuna deste auditório para dar boas vindas a pessoas especiais que utilizam a nossa Casa da Indústria para seus principais eventos. Nesta noite, porém, além do compromisso de lhes saudar, tenho a enorme alegria de receber, em nome da Federação das Indústrias, esta homenagem tão sublime.

Ao longo dos seus 65 anos de fundação, comemorados ano passado, a FIEC tem buscado contribuir para o avanço da indústria e para o desenvolvimento econômico e social do nosso estado. É para isso que existimos, é para isso que trabalhamos com tanto empenho, sabedores de que somos parte não apenas necessária, mas fundamental para o fortalecimento do Ceará.

Ter este reconhecimento público de uma instituição tão acreditada e relevante como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará é extremamente recompensador para todos que fazemos a FIEC. Nossos diretores, nossos 39 sindicatos filiados, nossas casas de serviços, SESI, SENAI e IEL, nossos gestores e colaboradores se deleitam com a distinção que recebo. Em nome de todos eles, muito obrigado!

Temos aqui ainda muitas razões para enaltecer esta solenidade. Por si só, a celebração dos 80 anos de fundação do CREA-Ceará seria um extraordinário motivo para uma festa tão glamurosa. Afinal, alcançar oito décadas com tanta credibilidade, honradez e os melhores registros de bons serviços prestados é um feito muitíssimo especial. Mas o CREA, hoje capitaneado pelo obstinado amigo Victor Frota Pinto e sua diretoria, composta de profissionais do mais alto gabarito, encorpou este evento, de modo que temos uma programação que é tão robusta e consistente quanto a própria Engenharia é abrangente e potente.

Como nós, o CREA demonstra que valoriza história e pessoas, e por isso, faz homenagens importantes a honradas personalidades, entre elas o nosso governador Camilo Santana, que é engenheiro-agrônomo e um grande parceiro da indústria do Ceará, e o engenheiro eletricista Jurandir Picanço, uma sumidade reconhecida internacionalmente, que pra orgulho nosso, lidera o Núcleo de Energia da FIEC.

Com especial interesse, teremos a satisfação de testemunhar a instalação da Academia Cearense de Engenharia, um sonho antigo da categoria que agora torna-se realidade.

O estabelecimento da Academia é muito significativo, não apenas para engenheiros e agrônomos, mas para toda a sociedade, porque cumprirá uma fundamental missão de fomentar discussões e estudos acerca de grandes temas sobre os quais são especialistas, mas que dizem respeito a todos.

Obras estruturantes certamente estarão em pauta para os mais qualificados debates, e a Academia contribuirá consistentemente para formulação, implementação e avaliação de políticas públicas em áreas diversas em torno do desenvolvimento da infraestrutura e da tecnologia.

Afinal, todos sabemos o quanto é importante termos mais e mais instâncias de acompanhamento e participação da atuação do ente público. O caminho que o Brasil tomou nos últimos anos nos trouxe até esta crise econômica abissal, e isso não é segredo. Ao contrário, fazemos questão de bradar forte que a indústria e seus respectivos setores produtivos tiveram um ano terrível em 2015 e toda a economia foi fortemente atingida pelos graves problemas políticos que desorganizaram o país e seguem desnorteando o nosso futuro.

Previsões indicam que os problemas econômicos seguirão agudos em 2016, com redução do PIB em torno de 2,5% ou mais, e queda similar para a produção industrial e consequente desemprego. É uma lástima. Essa é uma conta que dói, e dói muito, porque não a fizemos e vamos ter que pagar caro por ela.

Aqui na FIEC temos nos esforçado para trabalhar com mais energia ainda, focados na meta de retomar um ambiente positivo para podermos construir oportunidades de crescimento para a indústria em 2017.

Estamos certos de que a economia só voltará a crescer se o país adotar uma agenda que execute medidas de estabilidade macroeconômica, ajuste fiscal de longo prazo e melhoria do ambiente de negócios e da segurança jurídica.

Entretanto, medida como a elevação superior a 70% dos juros do FNE operado pelo Banco do Nordeste,  agora em janeiro de 2016, configura-se como uma agressão ao desenvolvimento do Nordeste, pois imobiliza o pensamento empreendedor e frustra o trabalho contra as desigualdades regionais. 

Como fica o governador Camilo Santana, que com tanto entusiasmo traça um Ceará rico e próspero? O atual momento, determinado pelo Conselho Monetário Nacional, é como um paredão à frente de suas grandes intenções, impedindo o nosso sonho em dotar o nosso estado de um desenvolvimento sustentável.

Mas vamos seguir firmes, unidos, sem perder a coragem e tratando a questão com racionalidade, porque esse é o nosso papel.

Por fim, meus amigos, a despeito dessa questão que ocupa grande parte dos nossos esforços, encerro essas palavras dizendo que me animo por estar entre vocês nesta data tão especial.

Confesso que uma das grandes satisfações que tenho ao conviver intensamente o dia a dia da nossa FIEC é ter, entre meus compromissos habituais, o de acolher, presenciar e prestigiar eventos como esse, em comemoração aos 80 anos do CREA.

Ocasiões assim, me dão oportunidade de receber, conhecer e aprender com pessoas excepcionais. Este é mais um dos inúmeros motivos para agradecer a Deus tudo o que ele me deu e tem me dado, e principalmente, para reforçar meu compromisso de seguir dando o máximo de mim para contribuir na construção de um Ceará melhor para todos.

Muito obrigado e boa noite.

Beto Studart

Componentes da mesa:

Governador Camilo Santana, Engenheiro Agrônomo
Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará, CREA-Ceará, Victor Frota Pinto, Engenheiro Civil
Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA, José Tadeu Meus
Presidente da Mútua Nacional, Paulo Roberto de Queiroz Guimarães
Presidente do Clube de Engenharia do Ceará, Luiz Ary Romcy, Engenheiro Metalúrgico e Industrial

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